segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Fechando para balanço... temporariamente.

Boas festas e boas lutas em 2011!

É preciso sonhar, mas com a condição de acreditar no nosso sonho, de observar com atenção a vida real, de confrontar a observação com nosso sonho, de realizar escrupulosamente nossas fantasias. Sonhos acreditem neles. (Lênin)

Excelente novo ano e que a alegria seja uma constante nas suas buscas! Lembrando que os problemas que não tem solução, já estão resolvidos! Os demais devem ser encarados como desafios que dão sabor à vida! Um 2011 cheio de realizações do lado dos seus e de quem é especial pra você! Fiquem bem, fraterno abraço!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Autoritarismo em Gravataí

Readmissão Já!

Inaceitável a demissão dos funcionários da escola Santa Rita, a prefeita de Gravataí, Rita Sanco, demitiu, sem motivação aparente, um funcionário e duas merendeiras da escola, justamente quem mais participou das mobilizações em defesa da escola.
Qual o crime cometido pelos trabalhadores da escola?

Os funcionários foram demitidos por lutar por aquilo que acreditam, punidos por defender a escola de seus filhos. Lembre-se prefeita das famílias destes trabalhadores, que passarão por apertos, além da dificuldade destas pessoas de encontrar novos empregos.

Os trabalhadores não podem ser punidos por suas ações políticas, estavam exercendo seu direito de manifestação. Atitudes punitivas não se enquadram com a política que o PT sempre defendeu, partido que se construiu da necessidade de impedir o autoritarismo dos coronéis.

Reveja estas punições prefeita Rita Sanco, recontrate os trabalhadores e deixe a escola Santa Rita em paz.

Encaminhe seu protesto para o gabinete da prefeita é gabgravatai@gmail.com

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Nenhum banco no Adelaide

O projeto do Unibanco/Itaú, de intervenção nas escolas públicas, foi rejeitado no Adelaide. A diretora da escola não consultou o grupo de professores, sobre sua intenção de trazer o projeto para escola. Só apresentou agora no fim do ano, pois o projeto começaria em 2011. Inclusive veio na escola a coordenadora estadual, a pedido dos professores, para apresentar o projeto.

Depois de duas reuniões o grupo decidiu e o conselho da escola votou contra o projeto. 
Mas a luta esta só começando porque o projeto vai se instalar em outras escolas da região, escolas com histórico de participação nas mobilizações da categoria.

Parabéns colegas do Adelaide, pois souberam dizer não a privatização da escola pública.


quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

PROJETO DO UNIBACO/ITAÚ = VERBAS DO ESTADO PARA EMPRESÁRIOS.

Projeto Jovem de Futuro = desobrigação do Estado com a escola pública.

O chamado Projeto Jovem de Futuro, que foi criado pelo Unibanco, consiste em colocar dinheiro nas escolas, de acordo com metas a serem atingidas, durante os três anos do ensino médio.

O projeto esta fechando o primeiro ciclo em 23 escolas, começou em 2008 em 25 escolas, mas duas foram desligadas por não atingir as metas. O Unibanco foi comprado pelo Itaú, mas o projeto se mantém com a mesma filosofia por que foi concebido, desobrigar o Estado do investimento nas escolas públicas, pois as escolas que desenvolvem o projeto, passam a se organizar como entidades privadas e não veem mais o Estado como mantenedor do funcionamento da escola.

Só lembrando que os recursos que vão para uma determinada escola é o mesmo que deveria ser pago em imposto de renda, assim ao invés de fortalecer os cofres públicos com o imposto devido, o Itaú, novo dono do Unibanco, aplica em uma escola só, diminuindo os recursos para as mais de três mil escolas públicas, portanto o dinheiro que vai para uma escola não é investimento e sim a destinação do imposto, que seria dividido, mas fica concentrado em uma só escola.

A lógica mercantil e empresarial é o norte do projeto, os estudantes são avaliados por uma única prova a cada seis meses, que servirá como referência para a continuidade do projeto ou não. Os educadores e os estudantes, que tiverem boas pontuações, serão premiados, mas os que não conseguirem se afirmar durante o projeto serão excluídos. É a mesma lógica, que permeou o projeto do governo quem vai embora, à meritocracia que foi derrotada.

O projeto agora vai instalar-se em outras 25 escolas, que durante três anos foram escolas de controle, uma espécie de contraste, e agora passam a ser de intervenção, ou seja, aplicarão o regime de metas e premiação. Entre as 25 novas escolas está à escola Adelaide Lima, o querido Polivalente, que vai ter que mudar sua filosofia para se adequar ao projeto. Depois de duas reuniões a grande maioria dos professores expressou rejeição ao projeto, por vários motivos, alguns já expressos no texto, mas uma situação em particular foi bastante lembrada nas reuniões: o projeto nem bem chegou e já provocou fissuras no bom ambiente de trabalho. Ambiente que foi construído ao longo de vários anos pelos educadores e estudantes.

Isso porque, como este projeto faz parte da lógica neoliberal, o estímulo ao individualismo e a competição são inerentes, portanto a construção coletiva da busca de resultados será substituída pela lógica do confronto e exclusão. É preciso também entender que estes projetos de parcerias com iniciativas privadas fazem parte de planos bem mais amplos, que buscam diminuir o papel de indutor de políticas públicas por parte do Estado, sobrando recursos para investir em setores empresariais.

Trabalhar no Polivalente sempre foi uma satisfação muito grande, a direção atual é muito acolhedora, profissional e democrática, pelo menos foi até este momento.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Brasília de todos, com salários de 26,7 mil reais.

Em poucas horas, em regime de urgência, os deputados acabaram aprovando um aumento bem generoso, óbvio, pra eles mesmos. Os salários passarão de míseros 16,5 mil para 26,7 mil reais, um aumento de 10 mil reais, tudo isso assegurado em um decreto legislativo, o que significa que não precisa ser sancionado, pois só precisava, como foi, ser aprovado no congresso e senado.

Mas não foram só os deputados que tiveram reajustes, os ministros e a presidente também, e bem mais generosos, pois enquanto os deputados terão 61,8% acrescidos em seus salários, a presidente, seu vice e os ministros ficarão com 130% de aumento. A jogada foi igualar todos os salários aos dos ministros do STF, assim todos em Brasília, menos quem levanta cedo e trabalha, receberão 26,7 mil reais.

Enquanto isso a sinalização é de que o salário mínimo ficará mesmo em R$ 540,00. Isto só demonstra o distanciamento destes senhores da realidade da população, que vive de salário mínimo ou que ganha pouco, salários que terminam na primeira quinzena de cada mês, o final de cada mês é garantido com empréstimos e tantas outras formas de endividamentos.

Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), somente em outubro deste ano, a cesta básica teve expressivo aumento em 16 das 17 capitais brasileiras pesquisadas. Em São Paulo, o aumento foi de 5,27%, elevando a cesta básica no Estado para R$ 253,79, o maior custo de produtos alimentícios do país. O maior aumento foi em Curitiba (PR), de 5,78%.

Por isso, a proposta que precisamos defender é dobrar de forma imediata o salário mínimo, em janeiro de 2011 para R$ 1.020, como um passo importante para se garantir realmente um salário mínimo digno. Afinal, o mesmo Dieese, calcula que o salário mínimo deveria ser de R$ 2.132, já em outubro de 2010, para se garantir minimamente os gastos dos trabalhadores com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. Este valor equivale a 4,18 vezes o valor do mínimo atual.

Nossa tarefa é lutar não só por um salário mínimo digno, já no ano que vem como também impedir ataques previsíveis do novo governo aos trabalhadores, que já estão sendo anunciados pela grande imprensa, como por exemplo, a proposta de uma nova reforma da Previdência que aumentaria ainda mais a idade mínima para a aposentadoria.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Novo ministro da Previdência admite nova reforma

André Freire

• Garibaldi Alves Filho, senador pelo PMDB do Rio Grande do Norte, após pressão do vice-Presidente da República e Presidente do PMDB, Deputado Michel Temer, foi confirmado pela Presidente eleita Dilma Rousseff para o comando do Ministério da Previdência Social.

Logo em suas primeiras declarações já fica explícito os objetivos do novo governo para esta importante área. O Portal Terra divulgou declarações do novo ministro repetindo o mesmo discurso de que o grande problema da Previdência Social é o seu déficit e admitindo a necessidade de uma nova Reforma da Previdência.

Questionado sobre a razão do ministério não ter se mostrado capaz de resolver os problemas do setor, apesar de avanços na redução das filas e na resolução dos problemas de aposentadoria, Garibaldi afirmou: “Esse é um grande desafio porque o Ministério não tem se revelado capaz de enfrentar o problema da Previdência”, disse e ainda completou: “Mas o problema grave mesmo é o déficit da Previdência”, afirmou.

Ao Portal, o futuro ministro admitiu fazer a reforma da Previdência. “A reforma da Previdência será uma decisão da presidente, mas com todo governo. Esse será um assunto de repercussão no governo todo”, disse.

Mentiras

O que o novo Ministro não fala é que a Previdência Social é superavitária, ao contrário do que é afirmado pelo governo. Se os sucessivos governos fossem proibidos de desviar dinheiro da Previdência Social para outras áreas, este problema já teria sido resolvido há muito tempo.

Todos os anos se desviam verbas da Previdência Social para se garantir as metas de superávit primário, mecanismo criado para economizar dinheiro que seria fundamental para garantir um salário digno para os aposentados e pensionistas, para pagar “religiosamente” os juros e amortizações da dívida pública. É isso mesmo, mais dinheiros para os banqueiros e menos dinheiros para se investir em educação, saúde, habitação e saneamento.

Foi contra estas medidas anunciadas pela grande imprensa, que visam atacar ainda mais os direitos dos trabalhadores, que no último dia 25 de novembro se reuniram em Brasília várias entidades do movimento sindical e popular, como a CSP-Conlutas, FST, Cobap, MTL, MTST, Intersindical, entidades ligadas a outras centrais sindicais, entre outras, para começar a construir um plano de ação que resista aos ataques e defenda os direitos dos trabalhadores e do povo pobre.

No dia 27 de janeiro, este mesmo coletivo de entidades volta se reunir em Brasília para definir de forma mais concreta o calendário de atividades e mobilizações que ocorrerão já no primeiro semestre do ano que vem.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Wikileaks, Lula e os EUA Vazamento de documentos mostra tom conciliador de Lula diante do império

 Matéria do site do pstu.org.br


 


• O vazamento de documento da diplomacia norte-americana, publicados pelo site Wikileaks, não está produzindo apenas constrangimentos para os EUA.

Documentos relatando conversas entre representantes diplomáticos norte-americanos com o então staff do primeiro mandato do governo Lula, afirmam que o país estaria mais perto de Washington do que de Caracas e Havana.

Antes de assumir o primeiro mandato, em 2003, o então presidente eleito e seus assessores deram mostrar de que o futuro governo seria mais alinhado com os EUA, governado na época por George W. Bush.

O assunto de uma primeira reunião entre o então subsecretário de Estado para o Continente, Otto Reich, com Lula, José Dirceu (futuro ministro da casa Civil), Antonio Palocci (da Fazenda) e o senador eleito Aloizio Mercadante, realizada em novembro de 2002, discutiu, entre outros temas, as relações do PT com o Foro de São Paulo e com as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

Em seu relato do encontro, o diplomata norte-americano disse que não havia interesse do Brasil em se relacionar com as FARC, e que o plano era desempenhar uma diplomacia dura, inclusive com ameaças de retaliação à guerrilha caso atravessassem a fronteira. “As Farc precisam entender que, se cruzarem a fronteira e entrarem no território brasileiro, o governo Lula vai usar força militar e tratá-las como inimigas”, teria dito José Dirceu no encontro.

Já Mercadante teria dito que o Foro de São Paulo era composto por esquerdistas “ultrapassados” que poderiam “aprender com o modelo democrático do PT” . No entanto, logo após a reunião Merdadente teria dito outra coisa para a impensa. "Os americanos sempre jogaram duro, e agora vamos ter um governo que vai jogar tão duro como eles" , disse.

Naquele mesmo dia, Lula recebeu outros convidados, como William “Bill” Rhodes, vice-presidente do Citigroup. J[a na época ficou claro o objetivo do futuro governo: acabar com a as desconfianças dos setor financeiro e dos investidores estrangeiros sobre o futuro governo do PT.

Bill Rhodes, no final da reunião, a considerou como “muito positiva”."Mas não posso dizer por que foi muito positiva.", disse o banqueiro que ainda informou que o setor financeiro poderia ajudar Lula a cumprir seu programa de governo. Mas disse que não podia falar como ajudaria. Nem precisava. O tempo se encarregou de responder. Nunca da história desse país os banqueiros lucrariam tanto.

Nas próximas semanas, a presidente eleita Dilma Rousseff vai percorrer o mesmo caminho da equipe de Lula em 2002. Dilma já foi convidada a se reunir com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e também com empresários do país. Mas diferente do passado, não nenhum temor com o suposto “anti-imperialismo” do PT. É a vez de Dilma mostra que a confiança é total. 

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

AVANÇAR PARA FEDERAÇÃO

A unidade é o alicerce da nova organização.

O conjunto do funcionalismo público, representados em dez entidades, que organizaram a luta contra os ataques da Yeda, desde o inicio de 2009, esta buscando viabilizar a continuidade de um organismo comum de debate e de unidade para as lutas.

A continuidade da luta em torno da defesa de direitos tem que continuar, e agora voltar suas baterias para além das medidas mais imediatas, como salário e condições de trabalho, pois está em pauta a nova reforma da previdência, anunciada e exigida pela burguesia nacional e por organismos internacionais que gerenciam a economia mundial.

O FSPE, Fórum dos Servidores Públicos Estaduais, discute agora a possibilidade de se transformar em uma federação. O processo esta em curso, estatuto de funcionamento, ou seja, como serão as deliberações e sua organização, devem ser construídos coletivamente, pela base e com ampla democracia e respeito as diferenças metodológicas.

Um novo capítulo se abre na história da luta dos servidores públicos, a criação de uma entidade que permita o amplo debate e encaminhe a luta, contra os ataques dos governos de plantão, irá fortalecer a trincheira dos trabalhadores, todo avanço nas conquistas e na manutenção dos direitos ajudará de conjunto a luta da nossa classe trabalhadora.

A unidade que permitiu a criação do fórum é o alicerce para a constituição de uma federação.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Na meritocracia italiana, o verdadeiro significado!

Os governos da Europa estão adotando “planos de austeridade”, ou seja, planos contra os direitos dos trabalhadores, assim o custo da crise capitalista será pago com demissões, cortes de salários, aumento da idade mínima para aposentadoria, corte de verbas nas áreas sociais e sabe-se lá o que mais?

A população e os trabalhadores europeus tem se insurgido e provocado fortes manifestações, como foi na Grécia, França, Inglaterra, Portugal, Espanha e agora Itália, e na maioria dos protestos estão lado a lado trabalhadores e estudantes.

No entanto, na Itália as mais fortes manifestações são dos estudantes universitários que  estão em luta contra uma reforma que tenta instituir a meritocracia no serviço público.
Nas palavras da ministra da educação da Itália , Mariastella Gelmini, a reforma prevista  criará um “sistema mais justo, baseado nos méritos” do funcionalismo.

Na verdade o objetivo principal é a economia, como, por exemplo, com a não renovação dos contratos fixos de milhares de pesquisadores, pois, confrontado pela crise econômica, o governo do primeiro-ministro Silvio Berlusconi adotou várias leis que terão como efeito o corte de nove bilhões de euros e de 130.000 postos de trabalho na educação nacional até 2013.

“Bloccheremos questa riforma”



No âmbito da reforma contra a qual se grita nas ruas, os estabelecimentos mais pequenos serão alvo de fusões e nos conselhos de administração passarão a sentar-se peritos externos ao mundo acadêmico.

A luta dos estudantes italianos é justa e nos ajuda a entender a intenção de certos projetos, que trazem a questão da meritocracia como norte definidor de suas políticas.

O que esta em jogo na Itália é redução de investimentos pra salvar a economia, se hoje, no Brasil, ainda não vivemos com intensidade os efeitos da crise que se avizinha, e já se fala em meritocracia, o que podemos esperar se a crise atravessar o Atlântico, já que o Brasil é parte integrante da economia mundial e caso a crise européia se estenda, seremos atingidos. Aliás, já esta em estudo no Brasil, mesmo antes de qualquer crise, uma nova reforma da previdência e já para 2011.

Os estudantes e trabalhadores europeus mostram o caminho, o da luta pela defesa dos direitos. É preciso encontrar outros meios de superar a crise, que não seja só os do aumento da exploração dos trabalhadores e  sucateamento da educação, além da retirada de verbas das áreas sociais.

Portanto, que os ricos paguem pela crise!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

E agora, José?

A festa acabou, a luz apagou... e foi anunciado o secretário da educação do futuro governo, é José Clóvis de Azevedo, tem no currículo passagem na direção do CPERS, participou de outros governos do PT e é da corrente Democracia Socialista.

O futuro secretário é sabedor que os educadores não concordam com a meritocracia, por várias razões, aliás, o próprio, em uma fala num encontro organizado pelo CPERS, reconheceu que este projeto só agrava os problemas da educação, na ocasião citou pesquisa recente da ex-secretaria da educação do Bush, que implementou a meritocracia nos EUA, e que apresenta dados e números da falência  que foi o projeto, uma avaliação que parte da realidade concreta.

O fato de ter sido dirigente do CPERS não significa muita coisa, lembremos a Mariza, mesmo que rapidamente, além disso, tivemos outras experiências com lideranças, saídas do sindicato, que assumiram postos em governos, mas tivemos uma colega que despertou uma forte ilusão na categoria, a Lucia Camini no governo Olívio, pois defendia 190% de reposição salarial, coisa que não cumpriu e a valorização no governo Olívio teve que ser arrancada na luta, na greve.

Este governo se elegeu e desperta esperança, mas entre os educadores está longe de ter a mesma  expectativa do que foi com Olívio, o que é positivo, pois mesmo que o futuro secretário tenha inclinação contrária à meritocracia, ele seguirá as diretrizes que o governo estabelecer, neste sentido criar ilusão que este tema não será retomado, pelo governo do Tarso, não permite a preparação necessária para o que vem pela frente.

Nossos desafios continuam, os educadores terão que manter acessa a utopia, que não veio, e exigir do José a sua coerência e lhe perguntar você marcha José, para onde?

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

SECRETARIA DE MULHERES DO PSTU

LUTA MULHER!
Boletim da Secretaria de Mulheres do PSTU – Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
Novembro de 2010

BASTA DE VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES!
25 de novembro: Dia Latino-Americano e Caribenho de Luta contra violência à mulher.

Em 25 de novembro de 1960, três irmãs que lutavam contra a ditadura na República Dominicana (país da América Central), foram assassinadas a caminho da prisão, onde iam visitar seus companheiros de luta. A repressão simulou um acidente de carro, matando as irmãs Mirabel.

Mulheres morrem todos os dias!

Os números da violência contra a mulher, baseados em dados do SUS, demonstram que em nosso país,  cerca de 10 mulheres são assassinadas por dia.
A estudante Geysa Arruda foi quase linchada na UNIBAN (Universidade Bandeirantes de São Paulo) por usar um vestido curto. Eliza Samúdio, assassinada de maneira cruel, após ter denunciado agressões por parte do goleiro Bruno, ex-companheiro e pai de seu filho.  Mércia Nakashima, assassinada por seu ex-namorado, após terminar a relação. Maria Crislaine, cabeleireira de Minas Gerais, assassinada após denunciar as agressões do ex-marido.  E, agora, estudantes da UNESP (Universidade de São Paulo) inauguram mais uma forma arcaica de atacar mulheres, o “ rodeio das gordas”. É um jogo de diversão no qual homens saem às ruas da universidade, aproximam-se de mulheres gordas e as seguram até que escapem. Ganham aqueles que mantiverem a “presa” imóvel por maior tempo.

A Violência nossa, de cada dia.
A violência física contra as mulheres é uma das faces mais visíveis do machismo. Mas a violência “invisível”, aquela que não deixa marcas à mostra, também atinge em muito as mulheres.  É a agressão verbal, a violência psicológica, a cantada mais grosseira ou o mais requintado machismo.
Mas o Estado também é violento.  A ausência de políticas estatais para assegurar melhores condições de vida para as trabalhadoras, a criminalização do aborto ao mesmo tempo em que inexistem garantias à maternidade, com hospitais gratuitos adequados para o pré-natal ou o acesso aos contraceptivos sem burocracia, a criminalização das que lutam e outras tantas formas revelam a violência promovida pelo sistema capitalista, que utiliza a “diferenciação entre homens e mulheres”  para aumentar a exploração.

A Lei Maria da Penha não é suficiente
A Lei Maria da Penha, em vigor desde 2006, não foi e não é suficiente para evitar e combater a violência contra a mulher.  É importante porque tipifica a violência contra a mulher, que até então não existia em nosso ordenamento jurídico, mas está longe de ser um instrumento eficaz para as trabalhadoras.  
Após quatro anos de sua promulgação, a Lei Maria da Penha não foi aplicada na íntegra. O governo sancionou a lei, mas não destinou recursos para sua aplicação, o que a transformou em letra morta.  Entretanto, mesmo que fosse aplicada não seria suficiente. Em muitos pontos a lei é falha, especialmente, porque não estabelece como obrigatoriedade a construção de casas-abrigo para as vítimas, bem como, não prevê a criação de um sistema integrado de atendimento às mulheres, com psicólogos, assistentes sociais, médicos, advogados e outros. As mulheres vulneráveis, após denunciarem, não têm para onde ir e acabam sendo vítimas fáceis dos agressores.
Outro problema da lei é que não prevê medidas de segurança por parte do Estado, especialmente porque são as trabalhadoras que mais sofrem. Muitas vezes, dependem economicamente do agressor, não podem abandonar seus empregos e ou abandonas suas casas para comprar ou alugar outra.  Acabam, portanto, se sujeitando.

Dilma não representa as mulheres trabalhadoras!
A eleição de Dilma para presidência resgatou a idéia falsa, difundida pelas elites, de que  o machismo foi superado. Infelizmente, não. As mulheres trabalhadoras continuam obedecendo a uma dupla jornada de trabalho, no emprego e em casa. São as que ganham menos para uma mesma tarefa executada por um homem. São as maiores vítimas do assédio moral e sexual.
A verdadeira igualdade entre homens e mulheres só será possível com o fim da sociedade dividida em classes. Dilma não tem como perspectiva de governo fazer isso. Mesmo sendo mulher, segue defendendo os interesses das elites brancas e machistas que sempre governaram nosso país. Só para se ter uma idéia, Dilma já fala em voltar a CPMF, aprovar uma nova reforma da previdência, para retirar direitos. Assim como, cogita aumentar seu próprio salário.
Por isso, dizemos que a eleição de Dilma, para as trabalhadoras, não significou uma vitória. Apesar de mulher, Dilma defenderá o projeto daqueles que financiaram suas campanhas, de uma parte da burguesia nacional.  Dará continuidade aos projetos de ataques aos trabalhadores, com a reforma da previdência já anunciada. Por isso, não podemos esperar nada de Dilma.
Exigimos o direito à vida e à liberdade!
Vamos às ruas lutar:
- Pelo fim da violência à mulher! Punição aos agressores! Construção de Casas-abrigo;
- Pelo fim da criminalização das que lutam;
- Por creches públicas, gratuitas e em tempo integral;
- Pela licença-maternidade de 06 meses, sem isenção fiscal, para todas as trabalhadoras e estudantes.
- Pelo fim da opressão e exploração. Salário igual para trabalho igual!
- Por uma previdência pública. Não à reforma da previdência.

domingo, 21 de novembro de 2010

TV PSTU - Zé Maria e a onda de protestos no Haiti

Acompanhe a TV PSTU.

Assista os vídeos e some-se na construção de uma organização revolucionária!


sábado, 20 de novembro de 2010

Ocupação ou invasão? Todo caso, nenhuma!

 Ao Haiti a verdadeira ajuda humanitária e nossa solidariedade de classe.

A discussão sobre o termo ocupação ou invasão é menor, mas necessária e ajuda a precisar a justeza da denúncia.

As tropas brasileiras estão no Haiti e comandam o exército da ONU, a Minustah, e a referência a esta situação parte do termo ocupação, termo que não traduz precisamente a realidade, o termo que deveríamos utilizar para nos referirmos as tropas que estão no Haiti deveria ser invasão.

Recorrendo a uma explicação cientifica, sobre a utilização do termo mais correto para demonstrar o que de fato ocorre no Haiti, podemos dizer que: pelas leis da física, dois corpos não ocupam o mesmo lugar, portanto se um território já é ocupado por um povo, como é que vai ser ocupado por outro?

A necessidade da utilização do termo invasão, para definir o que acontece no Haiti, ajuda evidenciar o verdadeiro objetivo da missão das tropas brasileiras naquele país. O termo invasão permite um entendimento mais próximo de uma conclusão, de que esta missão nunca foi humanitária. Pois a ajuda sempre é bem vinda e não provoca protestos e enfrentamentos, quem se propõe a ajudar será bem recebido e terá um espaço de atuação.

O papel lamentável que as tropas brasileiras têm no Haiti, nada mais é que a manutenção da ordem, é a garantia da tranqüilidade para o funcionamento das multinacionais que lucram alto à custa de baixíssimos salários pagos aos trabalhadores, com jornadas extenuantes e péssimas condições de trabalho.

A imprensa internacional e a nacional são obrigadas a apresentar as mortes que ocorreram, este mês (novembro) no confronto da população contra as tropas, de um lado tanques e blindados e forte arsenal e do outro a população lutando com as armas que tem: pedras.

Mas, já se vão seis anos que as tropas estão no Haiti e sempre houve confronto contra as tropas de invasão da Minustah, vários protestos foram reprimidos e se tem notícias, através da Batay Ouvriye ( Batalha Operária), de todo tipo de abusos contra a população.

A situação dos nossos irmãos no Haiti é gravíssima, após muitos anos de ditaduras terríveis, de seis anos de invasão, foram atingidos recentemente por catástrofes naturais e agora uma epidemia que já matou mais de mil pessoas e tem milhares infectadas.

É hora de intensificar nossas ações para ajudar o povo haitiano, primeiro uma campanha com a denúncia dos verdadeiros objetivos das tropas, fazendo cair por terra a farsa da ajuda humanitária, e assim exigir sua retirada e das demais e organizar a verdadeira ajuda, com envio de médicos, engenheiros, remédios e alimentos.

Esta na verdade é a discussão de fundo, ou seja, a solidariedade de classe.






Abaixo a ocupação do Haiti

José Maria de Almeida, presidente nacional do PSTU

• A onda de protestos que explodiu no Haiti envergonha todo o povo brasileiro. Neste momento, o povo haitiano está se enfrentando diretamente com a ocupação da Minustah, missão da ONU que é liderada pelo Brasil desde abril de 2004. No último dia 18, dois haitianos foram mortos em protestos contra a ocupação militar. Não é a primeira vez que as tropas brasileiras reprimem uma manifestação haitiana. O episódio atual apenas trás a luz o real caráter da Minustah.

A ‘ajuda’ fracassou

Estive no Haiti dois meses após o terremoto que devastou o país. Constatei de perto que não havia nenhuma reconstrução do país em curso, como diz o governo aqui no Brasil. Testemunhei situações degradantes. Milhares e milhares de haitianos vivem em condições subumanas nos acampamentos improvisados construídos após o terremoto. Um milhão de pessoas vivem nessas condições, com comida escassa, sem esgoto, sem água limpa.

A verdade é que a “ajuda” prometida pela ONU fracassou. Apenas 2% da ajuda foi enviada ao país. E hoje as pessoas estão vivendo em uma situação pior a que foram deixadas após o terremoto. Agora o país está sendo devastado por uma epidemia de cólera. A cólera é transmitida através da ingestão de água ou alimentos contaminados. É uma doença da Idade Média que surge com força no Haiti e já matou mais de 1.110 pessoas e infectou outras 18 mil. A epidemia era mais uma tragédia anunciada, pois é produto da precária situação na qual vivem os haitianos após o terremoto.

O pior de tudo é que a doença tem relação direta com a ocupação. O povo haitiano acusa Minustah por trazer a doença através de soldados nepaleses infectados. O que é bastante provável, pois a própria ONU divulgou que a bactéria causadora da epidemia no Haiti é a mesma encontrada no Nepal.

Uma ocupação colonial

Disfarçada como “missão de paz”, a Minustah exerce uma verdadeira ocupação colonial. Seu objetivo é manter a ordem no país sob as pontas das baionetas e garantir a aplicação de um plano econômico que significa a recolonização do país caribenho.

O plano consiste em na criação de zonas francas no Haiti, com multinacionais produzindo para o mercado norte-americano. Assim, as multinacionais se aproveitam do salário miserável pago aos trabalhadores haitianos, que garante uma taxa de lucro maior do que na China. É por essa razão que se explica a presença do ex-presidente americano Bill Clinton como “enviado especial da ONU para o Haiti”. Mas os empresários brasileiros também estão de olho gordo nessa oportunidade de negócios. Empresas do setor têxtil, como a do vice-presidente José Alencar, querem explorar a baixíssima mão de obra haitiana.

Nos últimos seis anos, todos os protestos ou greves realizados pelos trabalhadores, seja exigindo salário, contra a fome e a ocupação, foram duramente reprimidos pelas tropas da ONU. Além disso, a ocupação também coleciona inúmeras denúncias de violações contra os direitos humanos.

O terremoto foi um pretexto para reforçar a ocupação militar no país, sob a desculpa de “reconstruí-lo”. O governo Lula dobrou o número de tropas no país. Um contraste enorme diante do escasso número de médicos, remédios e alimentos enviados para a dita “reconstrução’.

Abaixo a Minustah

O governo Lula afirma que a permanência das tropas brasileiras é fundamental para a “retomar a democracia no Haiti”. Dilma Rousseff repete o mesmo discurso. Como pode existir democracia quando o direito de autodeterminação de um povo é reprimido pela força das baionetas?

A vergonhosa ocupação militar deve acabar. Os trabalhadores brasileiros não podem concordar que o governo mantenha soldados que mata e reprime o povo haitiano. Os soldados brasileiros devem ser retirados imediatamente do país. É preciso enviar médicos e medicamentos aos nossos irmãos haitianos, e não soldados. É preciso defender sua soberania e a dignidade, e não submetê-los a mais vil humilhação. Nessa luta, estamos ao lado do povo haitiano e com eles, atrás das barricadas, gritamos: “abaixo a Minustah!”


quarta-feira, 17 de novembro de 2010

G-20: A reunião sem lucro.


O mundo vive os efeitos da última crise capitalista. Na crise, os lucros das grandes empresas e bancos foram garantidos por governos através de gastos públicos e de endividamentos. São políticas que demonstram de inicio um alento, mas se transformam num constante tormento.

As saídas encontradas pelos países, para salvarem-se, são individuais, mas isso não é de se estranhar dada a concepção que norteia o capitalismo, a competição e o individualismo. A gênese do capitalismo é a busca desenfreada do lucro, que só pode ocorrer se alguém levar alguma vantagem sobre outro, não pode ser diferente. Por conta disso existe agora, com mais intensidade, a chamada guerra cambial, com países estabelecendo o valor de suas moedas. E quem tem tirado vantagens nesta guerra são os EUA que tem o dólar como moeda de reserva internacional.

Portanto o fracasso da reunião do G-20, que reuniu as principais economias do planeta, não é surpreendente. Na reunião em Seul, no máximo se chegou a boas intenções que, aliás, o inferno está cheio, como diz o filósofo ateu.

Na verdade, o desacordo entre os representantes da burguesia internacional, sinaliza para tempos difíceis para a classe trabalhadora, que sempre acaba pagando a conta do banquete, como já estamos presenciando nos países europeus.

A luta pelo protecionismo, isto é, com os países desvalorizando suas moedas para seus produtos encontrar mercados externos, levará a mais ataques à classe trabalhadora, não é a toa que já se começa a falar em desoneração da folha de pagamento das empresas, leia-se reforma trabalhista, para diminuir o “custo do trabalho”.

O resultado desta reunião, que não podia ser diferente, servirá para o futuro governo tentar legitimar reformas em nome da competitividade internacional. Esta será a desculpa que tentarão nos fazer aceitar: -"as reformas serão necessárias para colocar o país em pé de igualdade com outras nações".
Dirão: é um remédio amargo, mas  necessário. Acontece que o remédio pode se transformar em veneno, dependendo da dose.



segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Pesquisa de Opinião em Gravataí.

Saiu pesquisa em Gravataí avaliando a administração da atual prefeita, Rita Sanco, do Lula e da Yeda, o resultado destes últimos não surpreende, ou seja, Lula ficou bem na pesquisa e a Yeda bem mal né!?

A boa avaliação do Lula é  resultado da combinação de alguns fatores, os principais são: os efeitos de um crescimento econômico mundial, aumento das políticas compensatórias e o atrelamento das organizações da classe trabalhadora, assim Lula não enfrentou os efeitos fortes da crise econômica, aumentou a dependência da população pobre com seu governo e teve CUT, MST e outras organizações impedindo o questionamento de sua administração, além de fazer a festa dos banqueiros, acenando para burguesia que não precisava se preocupar.

Três palavrinhas sobre a Yeda: já vai tarde!

Mas o que realmente impressiona na pesquisa, feita com trezentas pessoas, é que faltaram duas perguntas essenciais; uma sobre qual é a opinião das pessoas sobre o fechamento de uma escola - em questão a escola Santa Rita.

A outra pergunta deveria ser sobre habitação, a prefeitura não se preocupa com esta urgente demanda, a população de Gravataí cresce e não existe um planejamento consistente sobre a habitação na cidade, como não tem onde morar, as pessoas têm que se sujeitar a aluguéis caros, soma-se a isso a forte especulação imobiliária, pois a  cidade tem potencial econômico e  atrai cada vez mais trabalhador de outras cidades.

Se a pesquisa fosse feita a luz destas duas situações, fechar escola e falta de casas, provavelmente alteraria o percentual que Rita obteve na pesquisa, a saber, péssimo/ruim 31,2% e bom/ruim 32% sendo que regular foi de 36,8%, ou seja, desta vez, ficou em recuperação.

Estas demandas devem fazer parte das políticas da atual prefeita, pois ao fechar uma escola terá no seu currículo uma nota vermelha que fará parte do seu histórico, que ainda pode recuperar, só depende do seu esforço.

Sobre habitação temos que organizar na cidade a “minha casa, minha luta”, para além de exigir políticas de construção de moradias populares, a luta deve forçar desapropriações de imóveis vazios e medidas contra a especulação imobiliária e em defesa da reforma urbana popular.

Eu nunca tive a sorte de ser interrogado nestas pesquisas de opinião, se valer de alguma coisa, estou me candidatando. 

sábado, 13 de novembro de 2010

Parabéns Fabiana e Sassá!

A partida de vôlei feminino de sábado foi espetacular, foi à partida da superação, as atletas brasileiras deram mostra de um imenso talento, a participação de todas foi fundamental para a vitória, mesmo daquelas que estavam no banco, mas tem duas que se destacaram uma delas a Fabiana, que chamou para si a responsabilidade, pedindo
para a levantadora que a bola fosse para ela, a outra foi a Sassá que entrou no decorrer do jogo, e foi decisiva para dar tranqüilidade para a equipe vencer.
Duas atletas negras, que tiveram oportunidades e estão demonstrando toda sua capacidade e talento. Quantas mais “Fabianas e Sassás” podiam estar também emprestando seus talentos para fortalecer o esporte no Brasil?


Estamos no mês da consciência negra, onde precisamos lembrar que desde o fim da escravidão os negros não tiveram ainda sua recompensa nem indenização, pelo que fizeram por este país nas condições que lhes foram impostas. Foram arrancados de sua terra, trazidos como animais em navios “tumbeiros” e tiveram uma árdua luta pela sua sobrevivência na condição de escravos. Foram trezentos anos de lutas pelo fim da escravidão que ainda não teve o devido reparo.

A luta contra o racismo fortalece a luta dos trabalhadores.

O país deve muito para os negros e negras, que ainda sofrem porque não tiveram as mesmas condições de outras etnias que aqui chegaram. Os europeus receberam terras cidadania e algum subsídio para se estabelecer, já o povo negro foi jogado na rua, após o fim da escravidão, e nem freqüentar escola lhe era permitido.

A falta de condições mínimas após a escravidão, nem terra nem formação, é o que faz com que ainda hoje, após mais de 200 anos, do fim das atrocidades da escravidão, tenhamos um percentual maior de exclusão social composto pela população negra.

A população negra, segundo último censo já ultrapassa a metade da população deste país, e também é a que mais mora mal, quando tem alguma coisa que possa se chamar de casa, que recebe os piores salários e é a maioria da população que esta fora da educação básica e universidades, porque tem que ajudar no sustento da casa desde cedo e depois não tem condições de disputar as vagas nas universidades públicas.

No mês da consciência negra a luta contra o racismo se faz mais presente, precisamos pensar como reparar todo sofrimento e contribuição do povo negro neste país, adotar políticas de inclusão social é fundamental neste sentido, para formação do indivíduo  em toda sua plenitude, mas é uma luta que permanece, deve ser constante e diária  enquanto não derrotarmos o sistema que vive e se nutre da exclusão social e da divisão de nossa classe, o capitalismo.








terça-feira, 9 de novembro de 2010

O "X" do Tarso!

Nas escolas, os colegas estão muito apreensivos, pois ainda não foi anunciado o futuro titular da educação. Todas as reações decorrentes desta indefinição vão de torcer o nariz até coçar a cabeça, e as afirmações evidenciam muita preocupação com a demora.

O governo Tarso já foi quase todo escolhido, faltam poucos nomes. Apesar do aumento de secretarias, o futuro governador já apresentou inclusive o cara que vai ficar com a chave do cofre, o próximo secretario da fazenda será Arno Augustin, que foi secretario do Lula no tesouro nacional. A imprensa o chama de mão de ferro, mas ferro pode ser fundido.

O problema mesmo é alguém para assumir a educação, pois a tarefa que estará colocada será fazer os trabalhadores em educação continuarem aceitando as péssimas condições de trabalho e seus miseráveis salários, caso contrário, já  se teria um nome, os partidos iriam disputar a indicação, nomes seriam lançados para especulação, mas nada disso ocorre, só se escuta o silêncio...

A indefinição de Tarso, na educação, é decorrência de tentar sustentar uma imagem de esquerda, mas ter políticas de direita, para Yeda era fácil, assumidamente neoliberal, tentou aplicar a fundo seus conceitos, já Tarso terá iniciativas políticas muito próximas, foi assim durante sua passagem no governo Lula e sua composição de governo já aponta isso.

Para resolver o X da questão, Tarso precisa de alguém que reconhecidamente conheça os problemas da educação e que desperte alguma ilusão nos trabalhadores em educação, e que saiba dizer que é preciso de tempo para resolver os problemas seculares da educação. Alguém que conheça a solução e que se faça ouvir, dizendo que o caminho é mais comprido do que se pensa ,e também, tente convencer os educadores, que o menor caminho entre dois pontos não é uma reta.

domingo, 7 de novembro de 2010

u É NEM eu sabia!? Afirma o MEC

Erro no Enem deste ano é reconhecido pelo MEC, que afirmou que só ficou sabendo do erro quando abriu a prova, parece piada, mas não é. Ano passado, na véspera, o Enem foi adiado, pois a prova tinha vazado, desta vez parece que ninguém tinha conhecimento do conteúdo nem o MEC, ao menos é o que tudo indica, ou é o que nos querem fazer acreditar.

Neste ano no caderno de prova, os estudantes tinham de responder, em primeiro lugar, as questões de ciências humanas, cujas questões vinham numeradas de 1 a 45. Depois, vinham as perguntas de ciências da natureza, entre os números 46 e 90. Porém, a ordem estava invertida no cabeçalho do cartão-resposta, o que causou confusão entre os estudantes. O MEC criou um requerimento na internet para os estudantes pedirem a correção invertida. Mas o ministério também não sabia dizer a partir de quando essa possibilidade de correção estará disponível na internet.

O Enem- esta prova única que mede o conhecimento e que desconsidera o processo de ensino- soma-se ao conjunto de medidas que só atendem a lógica do mercado, pois quem teve o melhor ensino, quem conseguiu pagar por cursinhos preparatórios terão as melhores condições de ingressar nas universidades, muito parecido com o vestibular.

Vejamos as surpresas, que o dia de hoje reserva, para os quase 3,5 milhões que podem fazer a segunda etapa da prova, pois o MEC quem organiza já disse que não sabe.

Que nota o MEC merece?

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Sob Nova Direção

Sou diretor do 22° do CPERS, e ontem nós realizamos uma reunião que apresentou novos integrantes na direção do núcelo, o texto abaixo é de boas vindas a nova equipe!

Informo com satisfação que a direção do 22° núcleo recebeu reforço de novos (as) colegas.

Reformulamos e reforçamos nossa equipe de direção, com colegas de Alvorada e Cachoeirinha que vem contribuir com nossa organização e ajudar na nossa luta por uma escola pública de qualidade que tanto perseguimos.

Teremos muito que fazer na conjuntura que está se desenhando, portanto estamos fortalecendo nossa equipe de direção para os próximos desafios que estarão colocados.

Também queremos agradecer os colegas que deixam a direção do núcleo, sua contribuição foi muito importante para conduzirmos as lutas do recente período, sabemos que continuarão contribuindo, pois são pessoas valorosas que não se omitem na defesa d a escola pública de qualidade.

O 22° núcleo participou ativamente da campanha do Fora Yeda, desde o início nos jogamos a construir mobilizações que chamassem a atenção da sociedade para o descaso e desmonte da escola pública por parte do governo que sai derrotado, nas ruas e nas urnas.

Realizamos em Gravataí um ato histórico, onde colocamos nas ruas da cidade mais de doze escolas e perto de mil pessoas, sem dúvida o maior legado que construímos enquanto direção, além de nos fazermos presentes, sempre em bom número, nas mobilizações decididas pela direção central do sindicato, na campanha do Fora Yeda.


Portanto a nova composição de direção do núcleo deve, como principal tarefa, dar continuidade a este bom desempenho do 22° núcleo.

E aproveito para chamar a atenção da importância de nossa organização e do controle de sua direção, pois a direção central apostou, com nosso apoio, desde o início na mobilização direta, ou seja, não abriu mão de tentar dialogar, mas sabíamos que só seriamos ouvidos se fossemos para as ruas disputar as consciências, inclusive de colegas que nos diziam que nada mais podia ser feito, que nosso plano de carreira seria extinto por Yeda.

A realidade esta aí para dizer quem estava certo!

Mas a guerra só começou, vencemos a primeira batalha, há muito que fazer, por isso chegam em boa hora os colegas que se somam a direção do 22° núcleo.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Quem vai querer comprar bananas?

Quem quer a secretaria da educação?

Existem noticias que falam bem mais do que a matéria expressou, refiro-me ao que li em um jornal que trazia uma preocupação do governo Tarso, sobre uma área chave para o desenvolvimento do estado: a educação, e quem pode ser o nome da pasta?

A matéria abordou a dificuldade do futuro governo em escolher quem vai ficar com esta secretaria. Salientando os números que dispõem e as demandas já existentes.

A sociedade está exigindo melhorias na educação e os governos não respondem a altura o compromisso com as futuras gerações, deixando a excelência da educação a quem puder pagar.
A dificuldade em escolher alguém para assumir a tarefa se explica facilmente e aí reside o que a matéria trouxe para além das linhas escritas. Pois seria fácil escolher alguém se o compromisso fosse valorizar os educadores, colocar pesados recursos na área, implementar a formação continuada e fazer valer de fato os atuais planos de carreira, dos professores e dos funcionários.

Seria fácil escolher alguém se os planos de Tarso fossem pagar o piso salarial no básico do magistério, no entanto ao que tudo indica não é isso que veremos.

O Tarso vai tentar instituir um projeto que já foi derrotado aqui no estado e que onde foi gestado e aplicado não atingiu os objetivos e atualmente recebe criticas da própria formuladora. A tal da meritocracia, que foi derrotada, pois a Yeda não conseguiu aplicar e não deu certo nos EUA, sendo que a responsável pelo plano hoje é a mais feroz critica do projeto.

Portanto um plano que não encontra espaço, porque é atrasado e tem inúmeros problemas que a sociedade precisa conhecer com propriedade.

Afinal, lembremos que foi o próprio Tarso, quando ministro da educação que criou o PDE, um plano nacional que orienta a educação em todos os municípios e estados, onde a valorização por desempenho é o norte do plano.

E é por isso que está difícil arranjar alguém, porque estará colocado novamente este debate em torno da premiação para quem atingir as metas que o governo estipular, e este alguém terá pela frente uma missão espinhosa, vai ter que enfrentar uma categoria que já deu mostras do que é capaz para defender suas conquistas, quem não lembra é só perguntar para Yeda e no caso, também, para a Mariza Abreu.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Como será o governo Dilma?


O cenário político que se desenha não será bom para os trabalhadores, o quadro que se esboça é preocupante.
De um lado teremos, com a Dilma, a continuação de um governo que não reduziu o ritmo de trabalho e não aumentou o salário mínimo, na proporção necessária, além de manter o fator previdenciário que castiga o trabalhador no momento da aposentadoria.
Soma-se a isso a incorporação mais efetiva no governo, de setores da grande burguesia que sempre estiveram no poder, como o PMDB, que vão querer uma fatia grande do governo, além de influenciar nas decisões políticas.
Os contornos do cenário ficam a cargo da maioria que se consolidou nas duas casas legislativas, pois tanto no congresso como senado o governo terá folga para aprovar suas propostas.
Completa o quadro o desserviço das organizações construídas pelos trabalhadores, que estarão defendo o futuro governo como fizeram até agora, assim CUT, Força Sindical, MST e outros setores, que dirigem um setor importante da classe trabalhadora, serão cúmplices das reformas que virão.
Este é um cenário que se costuma dizer como: “O quadro da dor com a moldura da desgraça.”
O que nos resta é confiarmos nas próprias forças e intensificarmos a construção de organizações independentes dos governos e patrões, pois estará colocada já no primeiro ano de governo Dilma a reforma da previdência, um primeiro embate que vai exigir muita organização e disposição para luta.

sábado, 30 de outubro de 2010

NÃO VAMOS ESCOLHER O MAL MENOR

VALÉRIO ARCARY


Historiador, professor do Cefet/SP e membro do conselho editorial da revista Outubro

• Se uma pessoa te enganar ela merece uma surra.
Se esta mesma pessoa voltar a te enganar quem merece a surra é você.

Sabedoria popular chinesa

Poucos dias nos separam do segundo turno das eleições presidenciais de 2010. Pela quarta vez, desde o fim da ditadura, haverá segundo turno. A campanha pelo voto útil em Dilma Rousseff aumenta sobre os militantes e eleitores da esquerda anticapitalista. Sob a pressão de uma eleição ainda apertada, a direção do PT abraçou um discurso catastrofista que quer apresentar a disputa entre Serra e Dilma como um armagedon político. Serra seria do mal, Dilma seria do bem. Uma análise marxista abraça um método menos emocional: é uma interpretação da realidade orientada por um critério de classe. Muitas vezes na história os governos dos partidos operários reformistas foram mais úteis para a defesa da ordem que os partidos da própria burguesia: protegiam o capitalismo dos capitalistas. Não indicamos aos trabalhadores a escolha do carrasco menos cruel.

Em 1989 os militantes que se organizam na corrente histórica que constituiu o PSTU chamaram a votar em Lula e o fizeram novamente em 2002. Já em 2006 e agora, convocam ao voto nulo. Duas indicações de voto diferentes. Por quê? Votamos em Lula em 1989, e em 2002, apesar de nossa discordância do programa do PT, porque a maioria dos trabalhadores confiava em Lula e não queríamos ser um obstáculo à sua eleição. Não tínhamos qualquer ilusão em um governo do PT, mas acompanhamos no voto, e somente no voto, a vontade do movimento da classe trabalhadora de levar Lula ao poder, depois de uma espera de vinte anos, alertando que estavam iludidos aqueles que tinham esperança que o governo iria romper com o programa neoliberal de ajuste dos governos de Fernando Henrique. O brutal ajuste de 2003/2004 nos deu razão. A manutenção da taxa de juros mais alta do mundo em 2010, ou seja, a remuneração fácil das aplicações dos rentistas, continua confirmando nosso prognóstico.

E agora, como em 2006, porquê não votaremos em Dilma, se a maioria do movimento organizado dos trabalhadores deseja derrotar Serra? Porque nos últimos oito anos o PT governou o Brasil ao serviço do capitalismo. Os trabalhadores sabem, também, que Lula governou ao serviço dos banqueiros, mas acham que não era possível uma política de ruptura. Os trabalhadores, em situações políticas de estabilidade da dominação capitalista, não têm expectativas elevadas, ou seja, não acreditam senão em reformas nos limites da ordem existente. Não acreditam que é possível porque perderam a confiança em si mesmos, portanto, na força de sua união e de sua luta.

O papel dos socialistas não pode ser o de reforçar essa prostração político-social, mas, ao contrário, o de incendiar os ânimos, inflamar a esperança, e combater a perigosa ilusão de que é possível regular o capitalismo. A tarefa daqueles que defendem o programa socialista consiste em demonstrar para os trabalhadores que era e é possível ir além. Era e continua sendo possível desafiar a ordem do capital. Nas ruas da França milhões de pessoas estão nestes dias impedindo Sarkozy de governar, e provando que a força da mobilização popular pode derrotar o capital.

O argumento simples da direção do PT é o mais eficaz, mas, também, politicamente, o mais infantil: Serra e Dilma são diferentes. É verdade. São, também diferentes do que eram décadas atrás. Muito diferentes. A Dilma que se uniu à resistência armada à ditadura merece respeito. O Serra presidente da UNE que foi para o Chile viver o exílio, também. Mas mudaram e para muito pior. São hoje, cada um à sua maneira, irreconhecíveis com o que foram na juventude.

Nos dizem que, apesar de tudo, Serra e Dilma não são iguais. Não obstante, isso não demonstra que Dilma mereça confiança. Essa opinião não é somente nossa. Não pode ser ignorado que as diferentes frações burguesas financiaram os dois no primeiro turno. Os instintos de classe dos banqueiros, industriais, fazendeiros, rentistas são certeiros. Não por acaso foram, também, generosos com Marina. E nos ajudam a lembrar que não é um bom critério envenenar a polêmica política com a pressão dos curtos prazos. É sempre no tempo de um presente imediato, às vésperas de mais uma eleição, que se agigantam as diferenças entre os candidatos, para encorajar o voto no mal menor, encorajando uma amnésia coletiva.

Que sejam diferentes entre si, portanto, não prova que Dilma mereça um voto sequer de socialistas conscientes. Qual deve ser o critério para aferir as diferenças? A direção do PT e até os camaradas do MST argumentam que as posições sobre privatizações, ou sobre as políticas assistencialistas, ou sobre a repressão às lutas operárias e populares, ou até sobre a relação internacional com os EUA e as outras potências imperialistas justificam o voto em Dilma. Não estamos de acordo com estes critérios. Não entendemos porque é necessário escolher entre um projeto burguês mais estatista e outro mais privatista, se ambos são anti-operários. Esse é um bom critério para quem aposta em um projeto nacional desenvolvimentista, portanto, capitalista, mas não deveria orientar o voto de socialistas. Não entendemos porque é necessário escolher entre um projeto capitalista com mais ou menos políticas públicas assistencialistas. Esse é um bom critério para quem aposta em um projeto de reformas de estabilização do regime democrático-liberal em países de aberrante desigualdade social. Para socialistas inspirados no marxismo o critério na hora de eleições é um critério de classe. Isso não é maximalismo, nem doutrinarismo, é somente classismo. Não precisamos escolher quem será o mal menor. Podemos anular o voto.

É até paradoxal que haja tanta pressão por parte das direções do PT e PCdB e de uma parcela da intelectualidade porque no recente primeiro turno de 2010, os menos de 1% foram os piores resultados da esquerda radical desde o final da ditadura. Esse paradoxo merece uma explicação. Na verdade, os votos somados entregues ao PSOL, PSTU e PCB não farão diferença, e os defensores de Dilma sabem muito bem disso. A audiência conquistada pelas propostas da esquerda socialista foi muito superior aos seus menos de 1 milhão de votos, em especial, nas grandes fábricas e entre a juventude, onde o respeito pelo empenho da militância tem se expressado nos últimos anos em vitórias sindicais, que demonstram que está em curso nos movimentos sindical, estudantil e popular um processo de reorganização significativo, superando as ilusões no bloco PT/PCdB. Acontece que a maioria dos votos que poderiam ter sido entregues à oposição de esquerda já foram capturados pelo PT no 1º Turno. A pressão pelo voto para derrotar o retorno do PSDB ao poder entre os trabalhadores, e a simpatia pelas propostas de regulação ambiental nas universidades, deslocando votos para Marina, foram, eleitoralmente, devastadoras. Uma parcela importante da classe trabalhadora em setores estratégicos – como entre os metalúrgicos, petroleiros, metroviários, construção civil, professores, bancários, e outros - quer os revolucionários à frente dos seus sindicatos, mas ainda não sente segurança em votar nas eleições nos partidos anticapitalistas.

Votações em segundo turno foram sempre uma escolha tática difícil. Táticas são táticas, isto é, são opções conjunturais e somente isso. A mesma aposta estratégica pode traduzir-se em diferentes opções táticas, dependendo das circunstâncias. A maioria da esquerda socialista, por exemplo, chamou ao voto em Lula em 2002. Compreendemos, porém, que seria a melhor alternativa o voto em Lula, porque essa era a vontade da maioria da classe trabalhadora e, depois de duas décadas de lutas, não queríamos colocar qualquer obstáculo à chegada de Lula à presidência. Oito anos depois, o mesmo critério não faz qualquer sentido.

Não serão, portanto, os 1% que definirão quem será o próximo presidente. Na verdade, o que está em disputa não é o apoio eleitoral a Dilma, mas a atitude que a oposição de esquerda terá diante do novo governo: um voto crítico em Dilma sinaliza uma disposição de apoio crítico ao futuro governo da coligação PT/PMDB. Oxalá esse não seja o caminho daqueles, como os deputados eleitos pelo PSOL, que já anunciaram o voto em Dilma. Mas, esse é o perigo. Ilusões perigosas se disseminam nas bases eleitorais da oposição de esquerda quando se decide pelo mal menor. Por isso, tem muito valor a declaração de Plínio de Arruda Sampaio pela anulação do voto no segundo turno. Tem igual mérito a mensagem de Heloísa Helena. A esquerda anticapitalista não pode ter como estratégia ser uma fração externa do PT que exerce pressão pela esquerda. Sua estratégia deve ser a construção de uma oposição revolucionária ao governo Dilma.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Em defesa da escola Santa Rita.

Hoje realizamos o ato na frente da prefeitura de Gravataí, votado na assembleia de sábado, em defesa da escola Santa Rita.


Participaram da atividade, organizada pelo CPERS, estudantes e professores da escola e comunidade da COHAB A, que estão firmes na luta para manter a escola normalmente funcionando, pois a intenção da prefeitura é, gradativamente, terminar com o ensino médio primeiro e depois com o fundamental, colocando no lugar cursos técnicos federais.
Chegamos com quatro ônibus lotados e ocupamos a praça central que fica em frente à prefeitura, logo de inicio forçamos auto-agenda com a prefeita que foi obrigada a receber uma comissão.


Cobramos na reunião a abertura das vagas para o primeiro ano do ensino médio na escola, pois a prefeitura não está ofertando a escola Santa Rita, na lista da central de vagas. E o prazo para as matrículas termina nesta sexta-feira, dia 29/10.
Como a prefeita Rita mantém a política de fechar a escola, alegando que lá funcionará uma escola técnica estamos diante de um impasse, em que a solução passa por inicialmente reabrir as vagas normalmente, congelando temporariamente o processo de federalização da escola, e no próximo ano exigir mais recursos federais ou estaduais para resolver definitivamente a situação.

A comunidade e a cidade querem a escola técnica federal, mas sem prejuízo nenhum para os atuais e futuros estudantes da escola Santa Rita.

A luta vai continuar, a comunidade não vai aceitar assim, sem lutar, o fechamento de uma escola de 23 anos que tem mil e quinhentos estudantes.

Parabéns aos estudantes e comunidade que realizaram um ato em defesa da escola pública para os filhos dos trabalhadores.

domingo, 24 de outubro de 2010

A comunidade pode derrotar a Rita e manter aberta a escola Santa Rita!

Derrotamos a Yeda é possivel derrotar a Rita.


Nós trabalhadores da educação estadual, realizamos nestes últimos quatro anos uma guerra contra um governo muito ruim para educação e demais serviços públicos, a Yeda foi à representante maior dos ricos e poderosos deste estado e colocou os recursos do estado a atender estes senhores.

Para, além disso, tentou retirar mais dinheiro das áreas sociais para sobrar, ainda, mais saciando a ganância da elite deste estado. Na educação tentou acabar com os planos de carreira dos professores, tentou de diversas formas e métodos, utilizou a mentira para enganar a população e a força para tentar calar os trabalhadores em educação, fomos recebidos todas às vezes na frente do Piratini com tropa de choque, cachorro, cavalos e até bomba.

Temos que lembrar também que a Yeda tinha uma base grande na assembleia legislativa, PMDB, PP, PTB além do PSDB e DEM, podia, portanto aprovar todos os seus projetos.

E por último teve ao seu lado os grandes grupos de comunicação, olhando este quadro parece que não tinha alternativa, uso da força, mídia, confusão da população e apoio no parlamento, uma combinação favorável a Yeda.

Só que tinha um componente que não foi bem avaliado pelo governo Yeda, a disposição para lutar dos trabalhadores em educação, que não mediram esforços para derrotar uma representante do pior da política deste estado e país que estava destruindo a educação pública.

A Yeda foi derrotada por uma categoria organizada por uma direção combativa. A direção atual do CPERS conduziu a luta no sentido de que para além da construção de apoio institucional era preciso colocar em marcha, nas ruas a defesa da escola pública.

Esse pequeno relato é só para dizer que mesmo nós tendo as dificuldades que tínhamos, mesmo tendo pouco tempo para organizar a luta e não tendo muitas vezes o apoio da comunidade, vencemos! Derrotamos um governo e seus planos contra população.

O Santa Rita é nosso! Tire sua mãos dona prefeita.

Portanto a luta em defesa da Santa Rita parte de um quadro favorável para a manutenção da escola. Apesar de a dona prefeita recorrer a métodos semelhantes à Yeda, tentando enganar a população com panfletos e tendo apoio da mídia local, tem do outro lado a disposição de luta dos professores e funcionários o apoio forte da comunidade escolar. Este último é um componente de qualidade, se nós trabalhadores da educação estadual, na nossa luta contra a Yeda, tivéssemos a comunidade ao nosso lado, como hoje pode contar a escola Santa Rita, já teríamos varrido a Yeda há mais tempo deste estado.

O apoio da comunidade fundamental para legitimar a luta justa dos colegas do município, aqui não se trata de defender a permanência de quem quer que seja na direção da escola, este argumento é rasteiro e sem sentido, nossa luta é pela permanência da escola atendendo os mil e quinhentos estudantes da comunidade.

Estamos do lado da comunidade contra esta insanidade da Rita e imbecis de plantão!

Sem ilusão no governo Tarso!
Uma palavrinha inicial sobre o futuro governo, nós não achamos que o governo Tarso será bom para educação, e não só pela composição de seu governo, nem por ser da ala mais direita do PT, mas mais por duas situações concretas, a primeira é por já ter dado diversas declarações comprometendo-se com agendas e propostas  de empresarios, como a agenda 2020, outra situação é que Tarso já foi ministro da educação e escreveu o PDE, que entre outras coisas instituiu a meritocracia como parâmetro para ajustar os planos de carreiras dos trabalhadores em educação, nos municipios e estados.



Ato público na quarta-feira, dia 27.

Nesta quarta, ao meio dia, participe do ato na frente da prefeitura, vamos mostrar nossa indignação contra a atitude da dona Rita de querer fechar uma escola!

sábado, 23 de outubro de 2010

Assembleia do Santa Rita decide: ato público na quarta!




A assembleia deste sábado na escola Santa Rita, que reuniu perto de quinhentas pessoas, definiu, entre outras deliberações, realizar um ato público na próxima quarta-feira, dia 27 às 11 horas na frente da prefeitura.

A comunidade não aceita o fechamento da escola e vai demonstrar isso mais uma vez, agora diretamente
para quem precisa ouvir a prefeita Rita Sanco.


É um absurdo o que a prefeitura do PT quer fazer, utilizando um argumento que precisa economizar quer fechar uma escola.

Não existe argumento que se sustente nada justifica fechar escola, a prefeita tem rever sua atitude.

Não dá mais para enrolar, primeiro era a vinda dos cursos federais e agora diz que faltam recursos para as series iniciais.

Chega! Todos ao ato público de quarta-feira!

Vamos demonstrar nossa indignação e derrotar esta política tresloucada da prefeitura do PT.

O recado já foi dado, mas vai ser reforçado na quarta-feira:

O Santa Rita é nosso, dona prefeita tire as mãos da escola!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Pela manutenção do ensino médio no Santa Rita

A atual prefeita da cidade e professora aposentada Rita Sanco quer economizar fechando o ensino médio do Santa Rita!
É a única escola do município que tem ensino médio, perto de 1300 estudantes ficarão sem escola inchando ainda mais as já superlotadas escolas estaduais do entorno.
Entenda o caso e some-se na manutenção do ensino médio da escola Santa Rita.

Prefeitura admite: quer se livrar do ensino médio

Na quarta-feira, dia 20, houve uma reunião, entre representantes da escola, do governo federal e da prefeitura com o promotor público de Gravataí.
O encontro permitiu fortalecer a verdade sobre a intenção da prefeita em relação à escola Santa Rita, que é, e sempre foi, de se ver livre da única escola de ensino médio do município e com isso fazer economia na educação.
O argumento inicial, para fechar o ensino médio, era a vinda da escola técnica e para isso precisava do prédio do Santa Rita para instalação dos cursos, inclusive foram distribuídos panfletos com os possíveis cursos, enganando a população. Na reunião desta quarta-feira o representante do governo federal salientou que nunca estiveram confirmados os cursos e se viessem seriam só para 2012. A Rita sabia disso, e utilizou este argumento para tentar dividir a comunidade e implementar a política parecida com a Yeda, de fechamento de escolas.

Que feio Rita, mentindo para a população!

Fechar escolas é um retrocesso, é uma lógica das políticas neoliberais, que buscam retirar recursos das áreas sociais para garantir lucros de empresas por meio de subsídios e investimentos, políticas combatidas desde sempre por um PT das antigas, que não existe mais, infelizmente.

A reunião e a verdade sobre a escola

Na reunião a representante da Rita deixou evidente a intenção da prefeitura: ECONOMIZAR COM A EDUCAÇÃO!

Isso foi à própria representante da prefeitura que disse, reproduzindo a nova versão para tentar legitimar o fechamento da escola Santa Rita, ou seja, na nova versão os recursos que iriam para escola seriam utilizados para atender séries iniciais.

Todos e todas a asssembleia, é no sábado às 18 horas!

É preciso comparecer a assembleia de sábado na escola Santa Rita na Cohab A, para que possamos definir novas estratégias de pressão sobre a prefeitura, juntamente ao dialogo é preciso demonstrar a insatisfação com esta medida nociva aos interesses da população de Gravataí.

Esta na hora de botar o bloco na rua, realizar um grande ato público em conjunto com outras escolas que serão atingidas pelo fechamento da escola e pensar seriamente em um acampamento na frente da prefeitura.

É preciso dar dimensão ao crime que será cometido contra a educação no município pela prefeitura do PT, chamar a atenção da comunidade da cidade e do estado, até que Rita reveja sua posição arrogante.