O mundo vive os efeitos da última crise capitalista. Na crise, os lucros das grandes empresas e bancos foram garantidos por governos através de gastos públicos e de endividamentos. São políticas que demonstram de inicio um alento, mas se transformam num constante tormento.
As saídas encontradas pelos países, para salvarem-se, são individuais, mas isso não é de se estranhar dada a concepção que norteia o capitalismo, a competição e o individualismo. A gênese do capitalismo é a busca desenfreada do lucro, que só pode ocorrer se alguém levar alguma vantagem sobre outro, não pode ser diferente. Por conta disso existe agora, com mais intensidade, a chamada guerra cambial, com países estabelecendo o valor de suas moedas. E quem tem tirado vantagens nesta guerra são os EUA que tem o dólar como moeda de reserva internacional.
Portanto o fracasso da reunião do G-20, que reuniu as principais economias do planeta, não é surpreendente. Na reunião em Seul, no máximo se chegou a boas intenções que, aliás, o inferno está cheio, como diz o filósofo ateu.
Na verdade, o desacordo entre os representantes da burguesia internacional, sinaliza para tempos difíceis para a classe trabalhadora, que sempre acaba pagando a conta do banquete, como já estamos presenciando nos países europeus.
A luta pelo protecionismo, isto é, com os países desvalorizando suas moedas para seus produtos encontrar mercados externos, levará a mais ataques à classe trabalhadora, não é a toa que já se começa a falar em desoneração da folha de pagamento das empresas, leia-se reforma trabalhista, para diminuir o “custo do trabalho”.
O resultado desta reunião, que não podia ser diferente, servirá para o futuro governo tentar legitimar reformas em nome da competitividade internacional. Esta será a desculpa que tentarão nos fazer aceitar: -"as reformas serão necessárias para colocar o país em pé de igualdade com outras nações".
Dirão: é um remédio amargo, mas necessário. Acontece que o remédio pode se transformar em veneno, dependendo da dose.
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