Os governos da Europa estão adotando “planos de austeridade”, ou seja, planos contra os direitos dos trabalhadores, assim o custo da crise capitalista será pago com demissões, cortes de salários, aumento da idade mínima para aposentadoria, corte de verbas nas áreas sociais e sabe-se lá o que mais?
A população e os trabalhadores europeus tem se insurgido e provocado fortes manifestações, como foi na Grécia, França, Inglaterra, Portugal, Espanha e agora Itália, e na maioria dos protestos estão lado a lado trabalhadores e estudantes.
No entanto, na Itália as mais fortes manifestações são dos estudantes universitários que estão em luta contra uma reforma que tenta instituir a meritocracia no serviço público.
Nas palavras da ministra da educação da Itália , Mariastella Gelmini, a reforma prevista criará um “sistema mais justo, baseado nos méritos” do funcionalismo.
Na verdade o objetivo principal é a economia, como, por exemplo, com a não renovação dos contratos fixos de milhares de pesquisadores, pois, confrontado pela crise econômica, o governo do primeiro-ministro Silvio Berlusconi adotou várias leis que terão como efeito o corte de nove bilhões de euros e de 130.000 postos de trabalho na educação nacional até 2013.
“Bloccheremos questa riforma”
No âmbito da reforma contra a qual se grita nas ruas, os estabelecimentos mais pequenos serão alvo de fusões e nos conselhos de administração passarão a sentar-se peritos externos ao mundo acadêmico.
A luta dos estudantes italianos é justa e nos ajuda a entender a intenção de certos projetos, que trazem a questão da meritocracia como norte definidor de suas políticas.
O que esta em jogo na Itália é redução de investimentos pra salvar a economia, se hoje, no Brasil, ainda não vivemos com intensidade os efeitos da crise que se avizinha, e já se fala em meritocracia, o que podemos esperar se a crise atravessar o Atlântico, já que o Brasil é parte integrante da economia mundial e caso a crise européia se estenda, seremos atingidos. Aliás, já esta em estudo no Brasil, mesmo antes de qualquer crise, uma nova reforma da previdência e já para 2011.
Os estudantes e trabalhadores europeus mostram o caminho, o da luta pela defesa dos direitos. É preciso encontrar outros meios de superar a crise, que não seja só os do aumento da exploração dos trabalhadores e sucateamento da educação, além da retirada de verbas das áreas sociais.
Portanto, que os ricos paguem pela crise!
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