quinta-feira, 29 de julho de 2010

VII CONGRESSO ESTADUAL DO CPERS

CPERS: UMA TRAJETÓRIA DE LUTA E RESISTÊNCIA


Neste final de semana realizaremos o VII CONGRESSO ESTADUAL DO CPERS, atividade que vai reunir perto de 1800 pessoas, representantes da categoria irão discutir os rumos da nossa entidade, fazer avaliações, corrigir erros e preparar a categoria para os próximos desafios.
Temos 11 teses inscritas para o congresso, abordando conjunturas, balanço da entidade e plano de lutas.
Nós da Democracia e Luta defenderemos a tese 11- CPERS: UMA TRAJETÓRIA DE LUTA E RESISTÊNCIA. Partimos do descaso com a educação, por parte dos governos federal e estadual e para além disso abordamos os ataques recebidos por nossa categoria. Temos uma avaliação positiva sobre o balanço de nossa entidade, que enfrentou a Yeda e seus aliados e derrotou os planos da governadora de prejudicar ainda mais os educadores. O texto abaixo é um resumo da nossa tese, boa leitura!


CPERS: UMA TRAJETÓRIA DE LUTA E RESISTÊNCIA

No mundo existe uma ofensiva de políticas neoliberais que procuram retirar direitos da classe trabalhadora. Portanto, se faz necessário a construção de ferramentas da nossa classe na luta contra o capital e na defesa das conquistas históricas dos trabalhadores.
Por isso a necessidade de nosso sindicato de se manter independente do estado, governo e patrões, partindo disso, queremos discutir os problemas da nossa categoria, sua relação com os demais trabalhadores e construir saídas através da luta direta e das mobilizações.

CONJUNTURA INTERNACIONAL:

A crise cíclica da economia capitalista de 2008 continua com seus efeitos. A profundidade da crise se faz sentir na ofensiva de recolonização do Imperialismo e no brutal ataque à classe trabalhadora. A burguesia tenta se salvar com medidas como demissões, aumento da exploração, corte nos orçamentos sociais, redução de salários e direitos.
Para diminuir a extensão da crise na Europa o FMI e a União Européia socorreram com U$ 750 bi a Grécia, que em contrapartida terá que adotar uma série de medidas contra os trabalhadores, que reagiram com fortes mobilizações, greves gerais e massiva participação dos trabalhadores nos atos, que colocam em dúvida a capacidade dos governos de implementar os estragos causados pelos planos do FMI, que pode acirrar ainda mais a crise.
Esta análise é fundamental para armar nossa classe para o que vem por aí, pois ao contrário de estarmos vivendo novo ciclo de economia capitalista, estamos vivendo nova onda de aprofundamento da crise.
E somente a auto-organização e a luta independente da classe trabalhadora, aliada aos setores combativos dos movimentos e juventude poderá derrotar os ataques que virão.


 CONJUNTURA NACIONAL:

Completam-se oito anos de governo Lula. O crescimento econômico mundial pré-crise, o apoio da burguesia e das direções do movimento de massas e as políticas compensatórias sustentaram a popularidade de Lula.
Este governo continuou e aprofundou as políticas de FHC, como exemplo, lembremos da reforma da previdência, e nesta área dias atrás, manteve o fator previdenciário.
Manteve a realização dos leilões das reservas de petróleo e gás e para, além disso, mantém e amplia a participação de capital privado para as reservas do pré-sal.
A crise no final de 2008 mostrou para quem Lula governa, salvou as empresas com cerca de R$ 370 bi e se negou a conceder a estabilidade no emprego para os trabalhadores, que sofreram com as demissões, a precarização, o aumento do ritmo de trabalho e a redução de salários e o corte de recursos para educação, saúde e reforma agrária.
Políticas que contaram com a colaboração das principais direções dos movimentos sociais, em especial as centrais sindicais governistas, que limitou a luta da classe trabalhadora.
Mas por cima das direções traidoras a classe trabalhadora vem se reorganizando e promovendo importantes atividades de enfrentamento aos ataques dos governos.
Para as eleições deste ano, propomos uma plataforma dos trabalhadores, que parta da ruptura com o imperialismo e o não pagamento das dívidas externa e interna, entre outras propostas que farão parte do programa socialista e dos trabalhadores.

 CONJUNTURA ESTADUAL:

A campanha FORA YEDA foi à expressão do poder de reação dos trabalhadores gaúchos, tendo a frente os funcionários públicos, aos ataques da governadora e contra a corrupção. Foi um momento histórico da resistência dos trabalhadores contra os projetos neoliberais da Yeda e de seus apoiadores.
Apesar dos acordos para diminuir sua crise, o governo Yeda não conseguiu aprovar as medidas que se comprometeu com o Banco Munidial, desta forma os trabalhadores em educação derrotaram as intenções de Yeda de acabar com os planos de carreira e implementar a meritocracia.
A conjuntura política e as eleições de 2010 no RS terão como pano de fundo, novos ataques a educação e aos direitos dos trabalhadores. A grande maioria de nossa categoria lutará contra a candidatura de Yeda, porém não se pode ter ilusões que as principais candidaturas estarão comprometidas com as reivindicações dos trabalhadores e sindicatos.
Por isso é importante que o CPERS mantenha sua autonomia frente aos governos e apresente uma plataforma programática com os interesses da nossa classe. E exigir dos candidatos compromisso com nossas reivindicações e armando a categoria para os novos enfrentamentos.


BALANÇO DO CPERS:

Nossa categoria elegeu uma direção combativa, composta por Conlutas, Intersindical e corrente de esquerda da CUT, que mudou a atuação do CPERS. Derrotar a Articulação significou colocar nosso sindicato no trilho das mobilizações independentes dos trabalhadores.
O governo Yeda, ao identificar esta mudança, desfere ataques ao nosso sindicato. Pois seus planos de retirar direitos estariam ameaçados, e o que se viu foi desde o começo a tentativa de intimidação e de enfraquecimento da nossa entidade.
No Conselho Geral do CPERS, ao contrário da Articulação que defendia negociações, a decisão sempre foi à mobilização para derrotar Yeda. Seguindo esta decisão, a direção organiza desde cedo à resistência, com uma campanha em torno de quatro eixos: reajuste salarial, defesa dos planos de carreira, implantação do Piso nacional e defesa do IPE. Preparando a categoria para a greve no início de 2009.
Greve que foi antecipada em resposta a proposta do governo de um falso piso salarial, que tinha como objetivo atacar os planos de carreira. Foram duas semanas de uma forte greve que derrotou Yeda, contudo o desconto dos dias parados gerou insegurança que poderiam se refletir nas lutas que viriam em 2009.
Diante desta possibilidade a direção do nosso sindicato, busca salientar a verdadeira face de Yeda e de seu governo envolvido em corrupção e de destruição do Estado. A campanha ganhou as ruas.
O ano de 2009 teve a marca desta luta histórica! Apesar de todas as dificuldades de mobilização e de repressão do governo Yeda, nosso sindicato e nossa categoria, junto aos demais servidores, sacudiram este Estado com uma luta grandiosa.
No final de 2009 Yeda tenta novamente aprovar seus projetos contra os servidores. Como a categoria viveu um ano de muitas mobilizações a resposta foi imediata, nossa campanha se unifica com os trabalhadores da brigada militar. Apostamos mais uma vez na luta e a direção defende a greve para os dias de votação dos projetos. O resultado foi uma vitória histórica de nossa categoria: nenhum deputado teve coragem de votar a favor do governo. Nosso plano de carreira foi mantido e a Yeda e seus projetos derrotados.

BOM CONGRESSO, AOS REPRESENTANTES DE NOSSA ENTIDADE!

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