segunda-feira, 26 de julho de 2010

TEMA PARA DEBATE

UM PROGRAMA SOCIALISTA PARA A EDUCAÇÃO!

Neste domingo li em um jornal, um questionamento sobre quais temas devem ser prioritários no Estado. No artigo os temas sugeridos como prioritários foram educação, previdência estadual e equilíbrio entre investimentos e arrecadação.

O processo eleitoral sempre faz a educação ressurgir como prioridade, nas eleições este tema é recorrente, até um analfabeto defende isso. É senso comum que a educação é prioridade, a questão é como resolvemos os problemas que cercam a escola pública estadual.

A educação vive uma situação que se agrava a cada momento. Existem planos amplos internacionais que tentam preparar a educação para a venda, ou seja, transformar a educação em uma mercadoria. Privatização que conta com ajuda do governo federal, teve o FUNDEF do FHC e agora o FUNDEB do Lula e no Estado Yeda seguiu estas diretrizes. Pois a meritocracia nada mais é que a tentativa de padronização do ensino, de esconder a falta de investimentos e de jogar a culpa da precarização da escola para os educadores.

Para, além disso, a redução de verbas destrói as carreiras docentes e condenam professores e funcionários a conviver com salários próximos a misérias, sem falar da violência cotidiana que nos deparamos nas escolas, professoras sendo assaltadas dentro da sala de aula e mortas na saída da escola, só para citar casos recentes.

Para enfrentar estes problemas propomos o não pagamento das dívidas externa e interna, passando pela estatização do sistema financeiro, investimento de 10% do PIB, piso salarial para professores e funcionários (piso do DIEESE por 20/aula e 50% de hora atividade) e bolsa para estudantes universitários.

Democracia total no interior das escolas, faculdades e universidades; liberdade de cátedra; a mais ampla liberdade de ensinar para professores e a total liberdade de aprender para os jovens; conselhos deliberativos e paritários formados por educadores, estudantes e pais e fim dos organismos de controle governamental ou inspeção escolar.

Estas são diretrizes que só um programa socialista para educação prevê, longe disso temos as já atuais soluções neoliberais, que são aplicadas pelos governos e defendidas por empresários que escrevem em jornais.

Quem recebe isenção de impostos, ou seja, não contribui para o financiamento da escola pública não tem legitimidade para escrever sobre o tema. Quem recebe Fundopen para modernizar a empresa e utiliza este recurso para demitir trabalhadores, sempre vai defender que se tenha equilíbrio entre investimento e receita, claro sobra mais para ele.

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