quinta-feira, 29 de julho de 2010

ATIVIDADE DE CAMPANHA

Hoje foi a vez dos trabalhadores da REFAP conhecer as propostas e os candidatos do PSTU.





Atividade que proporcionou o debate sobre a matriz energética do país e da luta por uma PETROBRAS 100% estatal.

Matriz energetica
A matriz energética, além de ser uma questão de soberania é estratégica para o desenvolvimento industrial do país e de toda população.

Os combustíveis fósseis, além de muito poluentes (efeito estufa) estão ficando escassos e sua extração cada vez mais cara.

Precisamos construir uma matriz energética com fontes limpas e renováveis de produção de energia.

Está também comprovado que o modelo prioritário hidrelétrico não é energia limpa, pois emite metano, gás que tem contribui 20 vezes mais que o CO² para o aquecimento global. Sem falar nos problemas sociais e na agressão aos rios e meio ambiente.

Propomos a nacionalização de todas as empresas que atuam na área de energia, para podermos desenvolver uma matriz combinada, que tenha como uma das bases, por exemplo, a energia solar.



POR UMA PETROBRAS 100% ESTATAL

A PETROBRAS é a nona maior empresa do mundo, no entanto a maioria das ações fica nas mãos dos grandes especuladores internacionais. Em 2010, foram distribuídos R$ 8,35 bilhões em dividendos a estes senhores.

Restatização total da empresa

Nós defendemos uma nova PETROBRAS, uma empresa integrada em toda a cadeia produtiva: exploração, produção, transporte, refino, importação/exportação, distribuição e petroquímica.

Gasolina e gás mais baratos

Com o monopólio estatal e a PETROBRAS 100% estatal, poderemos acabar com o alinhamento dos preços ao mercado internacional.

Essa medida faria baixar o preço do combustível, principalmente para os meios de transporte coletivos e de carga. O preço da passagem de ônibus seria irrisório e os alimentos mais baratos, só para citar alguns benefícios dessa ação.

VII CONGRESSO ESTADUAL DO CPERS

CPERS: UMA TRAJETÓRIA DE LUTA E RESISTÊNCIA


Neste final de semana realizaremos o VII CONGRESSO ESTADUAL DO CPERS, atividade que vai reunir perto de 1800 pessoas, representantes da categoria irão discutir os rumos da nossa entidade, fazer avaliações, corrigir erros e preparar a categoria para os próximos desafios.
Temos 11 teses inscritas para o congresso, abordando conjunturas, balanço da entidade e plano de lutas.
Nós da Democracia e Luta defenderemos a tese 11- CPERS: UMA TRAJETÓRIA DE LUTA E RESISTÊNCIA. Partimos do descaso com a educação, por parte dos governos federal e estadual e para além disso abordamos os ataques recebidos por nossa categoria. Temos uma avaliação positiva sobre o balanço de nossa entidade, que enfrentou a Yeda e seus aliados e derrotou os planos da governadora de prejudicar ainda mais os educadores. O texto abaixo é um resumo da nossa tese, boa leitura!


CPERS: UMA TRAJETÓRIA DE LUTA E RESISTÊNCIA

No mundo existe uma ofensiva de políticas neoliberais que procuram retirar direitos da classe trabalhadora. Portanto, se faz necessário a construção de ferramentas da nossa classe na luta contra o capital e na defesa das conquistas históricas dos trabalhadores.
Por isso a necessidade de nosso sindicato de se manter independente do estado, governo e patrões, partindo disso, queremos discutir os problemas da nossa categoria, sua relação com os demais trabalhadores e construir saídas através da luta direta e das mobilizações.

CONJUNTURA INTERNACIONAL:

A crise cíclica da economia capitalista de 2008 continua com seus efeitos. A profundidade da crise se faz sentir na ofensiva de recolonização do Imperialismo e no brutal ataque à classe trabalhadora. A burguesia tenta se salvar com medidas como demissões, aumento da exploração, corte nos orçamentos sociais, redução de salários e direitos.
Para diminuir a extensão da crise na Europa o FMI e a União Européia socorreram com U$ 750 bi a Grécia, que em contrapartida terá que adotar uma série de medidas contra os trabalhadores, que reagiram com fortes mobilizações, greves gerais e massiva participação dos trabalhadores nos atos, que colocam em dúvida a capacidade dos governos de implementar os estragos causados pelos planos do FMI, que pode acirrar ainda mais a crise.
Esta análise é fundamental para armar nossa classe para o que vem por aí, pois ao contrário de estarmos vivendo novo ciclo de economia capitalista, estamos vivendo nova onda de aprofundamento da crise.
E somente a auto-organização e a luta independente da classe trabalhadora, aliada aos setores combativos dos movimentos e juventude poderá derrotar os ataques que virão.


 CONJUNTURA NACIONAL:

Completam-se oito anos de governo Lula. O crescimento econômico mundial pré-crise, o apoio da burguesia e das direções do movimento de massas e as políticas compensatórias sustentaram a popularidade de Lula.
Este governo continuou e aprofundou as políticas de FHC, como exemplo, lembremos da reforma da previdência, e nesta área dias atrás, manteve o fator previdenciário.
Manteve a realização dos leilões das reservas de petróleo e gás e para, além disso, mantém e amplia a participação de capital privado para as reservas do pré-sal.
A crise no final de 2008 mostrou para quem Lula governa, salvou as empresas com cerca de R$ 370 bi e se negou a conceder a estabilidade no emprego para os trabalhadores, que sofreram com as demissões, a precarização, o aumento do ritmo de trabalho e a redução de salários e o corte de recursos para educação, saúde e reforma agrária.
Políticas que contaram com a colaboração das principais direções dos movimentos sociais, em especial as centrais sindicais governistas, que limitou a luta da classe trabalhadora.
Mas por cima das direções traidoras a classe trabalhadora vem se reorganizando e promovendo importantes atividades de enfrentamento aos ataques dos governos.
Para as eleições deste ano, propomos uma plataforma dos trabalhadores, que parta da ruptura com o imperialismo e o não pagamento das dívidas externa e interna, entre outras propostas que farão parte do programa socialista e dos trabalhadores.

 CONJUNTURA ESTADUAL:

A campanha FORA YEDA foi à expressão do poder de reação dos trabalhadores gaúchos, tendo a frente os funcionários públicos, aos ataques da governadora e contra a corrupção. Foi um momento histórico da resistência dos trabalhadores contra os projetos neoliberais da Yeda e de seus apoiadores.
Apesar dos acordos para diminuir sua crise, o governo Yeda não conseguiu aprovar as medidas que se comprometeu com o Banco Munidial, desta forma os trabalhadores em educação derrotaram as intenções de Yeda de acabar com os planos de carreira e implementar a meritocracia.
A conjuntura política e as eleições de 2010 no RS terão como pano de fundo, novos ataques a educação e aos direitos dos trabalhadores. A grande maioria de nossa categoria lutará contra a candidatura de Yeda, porém não se pode ter ilusões que as principais candidaturas estarão comprometidas com as reivindicações dos trabalhadores e sindicatos.
Por isso é importante que o CPERS mantenha sua autonomia frente aos governos e apresente uma plataforma programática com os interesses da nossa classe. E exigir dos candidatos compromisso com nossas reivindicações e armando a categoria para os novos enfrentamentos.


BALANÇO DO CPERS:

Nossa categoria elegeu uma direção combativa, composta por Conlutas, Intersindical e corrente de esquerda da CUT, que mudou a atuação do CPERS. Derrotar a Articulação significou colocar nosso sindicato no trilho das mobilizações independentes dos trabalhadores.
O governo Yeda, ao identificar esta mudança, desfere ataques ao nosso sindicato. Pois seus planos de retirar direitos estariam ameaçados, e o que se viu foi desde o começo a tentativa de intimidação e de enfraquecimento da nossa entidade.
No Conselho Geral do CPERS, ao contrário da Articulação que defendia negociações, a decisão sempre foi à mobilização para derrotar Yeda. Seguindo esta decisão, a direção organiza desde cedo à resistência, com uma campanha em torno de quatro eixos: reajuste salarial, defesa dos planos de carreira, implantação do Piso nacional e defesa do IPE. Preparando a categoria para a greve no início de 2009.
Greve que foi antecipada em resposta a proposta do governo de um falso piso salarial, que tinha como objetivo atacar os planos de carreira. Foram duas semanas de uma forte greve que derrotou Yeda, contudo o desconto dos dias parados gerou insegurança que poderiam se refletir nas lutas que viriam em 2009.
Diante desta possibilidade a direção do nosso sindicato, busca salientar a verdadeira face de Yeda e de seu governo envolvido em corrupção e de destruição do Estado. A campanha ganhou as ruas.
O ano de 2009 teve a marca desta luta histórica! Apesar de todas as dificuldades de mobilização e de repressão do governo Yeda, nosso sindicato e nossa categoria, junto aos demais servidores, sacudiram este Estado com uma luta grandiosa.
No final de 2009 Yeda tenta novamente aprovar seus projetos contra os servidores. Como a categoria viveu um ano de muitas mobilizações a resposta foi imediata, nossa campanha se unifica com os trabalhadores da brigada militar. Apostamos mais uma vez na luta e a direção defende a greve para os dias de votação dos projetos. O resultado foi uma vitória histórica de nossa categoria: nenhum deputado teve coragem de votar a favor do governo. Nosso plano de carreira foi mantido e a Yeda e seus projetos derrotados.

BOM CONGRESSO, AOS REPRESENTANTES DE NOSSA ENTIDADE!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

CONTRA A EXPLORAÇÃO DA JUVENTUDE!

O desemprego da juventude e a precarização e exploração dos estágios.

Segundo pesquisas, o desemprego atinge cerca de 60% dos jovens do país, ou seja, mais da metade dos jovens brasileiros estão desempregados. Essa massa de jovens e adolescentes tem esperanças de dias melhores, mas esbarram na estrutura do mercado de trabalho, na ganância dos patrões e no descaso dos governos.
Dados da ONU revelam que temos hoje, no mundo, mais de um bilhão de jovens. Quase um quinto das pessoas com idade entre 15 e 24 anos tem de sobreviver com menos de um dólar por dia e quase metade vive com menos de dois dólares por dia.
Os jovens constituem um quarto da população economicamente ativa, porém representam metade do total de desempregados no mundo. As demissões, a reestruturação produtiva e oportunidades insuficientes para trabalhar expõem os jovens a uma vida de desespero e miséria. Conforme a Organização Internacional do Trabalho (OIT), no mundo há cerca de 88 milhões de jovens na situação de desemprego, o que representa 45% do total de indivíduos desempregados no planeta, 195 milhões de trabalhadores, é quase a população total do Brasil.
Entre as causas do desemprego dos jovens estão à reestruturação produtiva, a adoção de novas tecnologias como robótica, informatização da produção, políticas de gestão como Kaizen, 5S, Just Time, etc. além de diversas formas encontradas pela burguesia de exploração da força de trabalho como trabalho informal, os contratos temporários bancos de horas e o programa de estágios.

A lei do estágio temporário... continua a exploração!
 
A lei do estágio aprovada por Lula pode parecer um avanço, mas na pratica mantém a exploração e a precarização, pois os estagiários executam as mesmas funções de um profissional, contudo não tem os mesmos direitos trabalhistas, neste sentido os jovens continuam sendo usados como mão-de-obra barata e qualificada aumentando os lucros dos patrões.

Conheça os principais itens da lei do estágio no Brasil

1)A carga horária está limitada a seis horas diárias/trinta horas semanais;

2) Estagiários têm direito a férias remuneradas - trinta dias após doze meses de estágio na mesma empresa ou proporcional ao tempo de estágio, se menos de um ano. A nova Legislação do estágio não prevê 13º salário;

3) O tempo máximo de estágio na mesma Empresa é de dois anos, exceto quando tratar-se de Estagiário portador de deficiência;

 
4) A remuneração e a cessão do auxílio-transporte são compulsórias, exceto nos casos de estágios obrigatórios;

 
5) Profissionais Liberais com registros em seus respectivos Órgãos de Classe podem contratar Estagiários;

 
6) O capital segurado do Seguro de Acidentes Pessoais, cujo número da Apólice e nome da Seguradora precisam constar do Contrato de Estágio, deve ser compatível com os valores de mercado;

 
7) Um Supervisor de estágio poderá supervisionar até dez estagiários;

 
8) A Legislação estabelece - exclusivamente para Estagiários de nível médio regular, 2º grau (colegial) - a proporcionalidade de contratações descrita abaixo:
 Art. 17. O número máximo de estagiários em relação ao quadro de pessoal das entidades concedentes o estágio deverá atender às seguintes proporções:
 I - de 1 (um) a 5 (cinco) empregados: 1 (um) estagiário;


II - de 6 (seis) a 10 (dez) empregados: até 2 (dois) estagiários;


III - de 11 (onze) a 25 (vinte e cinco) empregados: até 5 (cinco)estagiários;


IV - acima de 25 (vinte e cinco) empregados, até 20% (vinte por cento) de estagiários.


§ 1º Para efeito desta Lei, considera-se quadro de pessoal o conjunto de trabalhadores empregados existentes no estabelecimento do estágio.


§ 2º Na hipótese de a parte concedente contar com várias filiais ou estabelecimentos, os quantitativos previstos nos incisos deste artigo serão aplicados a cada um deles.


§ 3º Quando o cálculo do percentual disposto no inciso IV do caput deste artigo resultar em fração, poderá ser arredondado para o número inteiro imediatamente superior.



Limites da lei

A nova lei do estágio parece progressiva justamente porque ela tenta minimizar alguns efeitos da precarização. O governo Lula tenta dar uma cara mais justa para o trabalho dos estagiários, reduzindo a jornada diária de trabalho, dando férias etc.
Não é só a redução da jornada de trabalho, uma das principais reivindicações da classe operária, que se resolve a discussão sobre o estágio, a solução é muito mais profunda, ainda mais na atual fase em que vivemos no capitalismo.
O trabalho precarizado é a marca do capitalismo. Seja no Brasil, seja na Europa, EUA ou Ásia, o conjunto da classe trabalhadora está cada vez mais sujeito a altos níveis de exploração. Um exemplo é o sistema quase de escravidão a que são submetidos os trabalhadores chineses.
Como já foi dito a burguesia usa vários artifícios para explorar mais os trabalhadores aumentando seus lucros. A terceirização, o aumento da jornada via banco de horas, as políticas de gestão como Kaizen, 5S, trabalho temporário e tantos outros são exemplos práticos vividos nos locais de trabalho. O trabalho dos estagiários, também pode ser incluído nessa lista. E por quê? Porque o estagiário nada mais é que um trabalhador temporário, porém com muito menos direitos trabalhistas.

                                       DEVEMOS LUTAR CONTRA A PRECARIZAÇÃO

Jovens trabalhadores, não se enganem. O trabalho do estagiário continuará precarizado. Temos de lutar para acabar com a rotatividade que as empresas fazem com os estagiários.
As empresas contratam o estudante e, quando vence o contrato, os mandam embora em vez de efetivá-los. Aí, colocam outro estagiário no lugar e, assim, mantêm sua margem de lucro pagando baixos salários.
Defendemos que todos os estagiários sejam efetivados e façam parte do quadro de funcionários da empresa. Que os trabalhadores-estudantes tenham uma jornada de trabalho menor para melhor conciliarem trabalho e estudo.
Para que de fato o estágio tenha o caráter de aprendizado prático, para que seja uma verdadeira relação entre teoria e prática, defendemos que o estágio seja ampliado e integralmente remunerado pelo Estado, como parte de uma verdadeira política de educação sociocultural para a juventude.
O fim da exploração dos estagiários só pode se dar de fato numa dura luta contra a precarização do trabalho. Precisamos derrotar o capitalismo para garantir trabalho digno e qualificação justa para todos. Qualquer mediação ou medida compensatória, por melhor que esta possa parecer, não resolverá de fato o problema da exploração do trabalho juvenil.
Os sindicatos, DCEs, e grêmios estudantis devem levantar essa bandeira e organizar uma campanha contra a precarização do trabalho do estagiário.

. Pela efetivação de todos os estagiários! Não à precarização do trabalho juvenil!


• Por uma educação pública, gratuita e de qualidade para todos!


• Não ao desemprego na juventude! Por mais emprego e cursos técnicos.


Texto escrito apoiado no artigo de Pedro Curi, do PSTU.



REDUÇÃO DA JORNADA PARA 36 HORAS SEM REDUÇÃO DE SALÁRIOS

Ao longo da história do movimento operário, os trabalhadores têm intensificado a luta pela redução da jornada de trabalho como forma de amenizar os acidentes e doenças ocupacionais e ampliar o tempo disponível para a convivência com a família e realizar outros afazeres. O aumento do desemprego trouxe mais um motivo para reforçar tal reivindicação: se os ocupados trabalharem menos horas por semana, é possível gerar novas vagas para que mais pessoas trabalhem. Reivindicação que deve somar-se na luta da data-base neste segundo semestre.

A bandeira pelas 40 horas semanais se constituiu em uma das principais reivindicações do movimento sindical do pós-guerra, sobretudo na Europa. Logo após, diversos países adotaram esse tempo de trabalho, sendo que hoje, em muitos deles, a jornada é inclusive menor.

Embora as leis trabalhistas vigentes nos países europeus determinem a realização de jornadas superiores a 40 horas semanais, grande parte das convenções coletivas firmadas pelos sindicatos de trabalhadores europeus estabelece uma quantidade de horas inferior àquele patamar . Um bom exemplo do processo que levou a uma dessas conquistas é o dos metalúrgicos alemães.

Em 1962, o IGMetall (Sindicato dos Metalúrgicos da Alemanha), obtinha a primeira vitória na luta pela redução da jornada de trabalho, que passou a ser de 42,5 horas semanais e, em 1967, reduziu-se para 40 horas. Em 1984, houve redução das 40 para 37 horas. Em 1990, após os trabalhadores terem realizado uma greve que durou seis semanas, o IGMetall assinou um contrato coletivo, que estabelecia a redução gradual da jornada de trabalho, de 36 horas, em 1º de abril de 1993, até atingir 35 horas semanais, a partir de 1º de outubro de 1995.

O IGMetall estima que, com a redução da jornada para 36 horas, a partir de 1993, foi possível manter 60 mil postos de trabalho para os metalúrgicos. Sem isso, as vagas teriam sido extintas.

Jornada de trabalho semanal na indústria

 
Países e jornada semanal (em horas):

Brasil  44,0

México 44,8

Uruguai  43,1

Chile 44,6

EUA 42,0

Japão 43,0

Suécia 37,8

Alemanha 38,0

França 38,6

Fonte: OIT. Anuário e Boletim de Estatísticas do Trabalho.

Elaboração: DIEESE.


Como mostra a tabela, o Brasil tem uma das maiores jornadas de trabalho do mundo. Somente esse fato já justificaria a luta pela sua redução, a exemplo do que acontece em outros países.



A luta no Brasil

No caso do Brasil, desde o início dos anos 80, houve uma intensa mobilização dos trabalhadores com o objetivo de reduzir a jornada de trabalho - até então definida legalmente em, no máximo, 48 horas - sem diminuição de salário. Em determinadas categorias, em conseqüência de movimentos com o mesmo propósito, houve redução das 48 horas semanais, através da realização de greves e posteriores acordos coletivos.

Os resultados foram diferenciados. Em alguns casos, chegou-se a 45 horas e, em outros até 40 horas semanais. A mobilização e as negociações em torno do tema acabaram resultando, em 1988, na alteração da legislação. Com isso, A nova Constituição estabeleceu a jornada legal em 44 horas semanais, ainda hoje em vigor.

Mesmo levando-se em consideração essa conquista, o tempo despendido pelo trabalhador brasileiro para exercer sua atividade profissional é, na verdade, muito superior ao determinado pela legislação. Provavelmente, se for computado o tempo que o trabalhador brasileiro gasta com transporte, a jornada individual pode superar 12 horas por dia.

Em outras palavras, esse é o tempo que diversos trabalhadores disponibilizam para a empresa, ficando assim impossibilitados de realizar qualquer outra atividade no período.

Isso ratifica, ainda mais, a luta pela redução da jornada, uma vez que essa conquista está diretamente associada à melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores, que passam a dispor de mais tempo livre para se dedicarem à família, à educação, ao aprimoramento profissional e ao lazer. Isso, sem contar que a redução tem estreita vinculação com as possibilidades de criação e manutenção de postos de trabalho. O objetivo é trabalhar menos para que mais pessoas possam trabalhar.

 Por estas razões é que, nós do PSTU, defendemos a diminuição da jornada de trabalho para 36 horas semanais sem redução de salários. Reivindicação que deve fazer parte na luta pela data-base.

terça-feira, 27 de julho de 2010

ATIVIDADE DE CAMPANHA

Hoje bem cedo, distribuímos nossos panfletos em mais duas fábricas de Gravataí, na Mundial e na Trafo.


A manhã fria não atrapalhou a conversa e a recepção dos trabalhadores, que em geral tem recebido bem nossas propostas.
Mas a principal preocupação, no momento, é sobre a data base. Há muitas dúvidas sobre o que vem por aí, mas uma coisa é certa, com organização e pressão se conquista mais do que a reposição da inflação.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

TEMA PARA DEBATE

UM PROGRAMA SOCIALISTA PARA A EDUCAÇÃO!

Neste domingo li em um jornal, um questionamento sobre quais temas devem ser prioritários no Estado. No artigo os temas sugeridos como prioritários foram educação, previdência estadual e equilíbrio entre investimentos e arrecadação.

O processo eleitoral sempre faz a educação ressurgir como prioridade, nas eleições este tema é recorrente, até um analfabeto defende isso. É senso comum que a educação é prioridade, a questão é como resolvemos os problemas que cercam a escola pública estadual.

A educação vive uma situação que se agrava a cada momento. Existem planos amplos internacionais que tentam preparar a educação para a venda, ou seja, transformar a educação em uma mercadoria. Privatização que conta com ajuda do governo federal, teve o FUNDEF do FHC e agora o FUNDEB do Lula e no Estado Yeda seguiu estas diretrizes. Pois a meritocracia nada mais é que a tentativa de padronização do ensino, de esconder a falta de investimentos e de jogar a culpa da precarização da escola para os educadores.

Para, além disso, a redução de verbas destrói as carreiras docentes e condenam professores e funcionários a conviver com salários próximos a misérias, sem falar da violência cotidiana que nos deparamos nas escolas, professoras sendo assaltadas dentro da sala de aula e mortas na saída da escola, só para citar casos recentes.

Para enfrentar estes problemas propomos o não pagamento das dívidas externa e interna, passando pela estatização do sistema financeiro, investimento de 10% do PIB, piso salarial para professores e funcionários (piso do DIEESE por 20/aula e 50% de hora atividade) e bolsa para estudantes universitários.

Democracia total no interior das escolas, faculdades e universidades; liberdade de cátedra; a mais ampla liberdade de ensinar para professores e a total liberdade de aprender para os jovens; conselhos deliberativos e paritários formados por educadores, estudantes e pais e fim dos organismos de controle governamental ou inspeção escolar.

Estas são diretrizes que só um programa socialista para educação prevê, longe disso temos as já atuais soluções neoliberais, que são aplicadas pelos governos e defendidas por empresários que escrevem em jornais.

Quem recebe isenção de impostos, ou seja, não contribui para o financiamento da escola pública não tem legitimidade para escrever sobre o tema. Quem recebe Fundopen para modernizar a empresa e utiliza este recurso para demitir trabalhadores, sempre vai defender que se tenha equilíbrio entre investimento e receita, claro sobra mais para ele.

ATIVIDADE DE CAMPANHA

Hoje distribuímos panfletos para os trabalhadores da Digicon/Pertos e da Taurus. Revi ex-alunos e quero agradecer mais uma vez as manifestações de apoio.

A próxima luta, dos (as) quase dez mil metalúrgicos (as), do distrito industrial se aproxima, a data base é o momento de reajustar os salários e não só de reposição da inflação. Lembremos que a GM teve um índice abaixo do que se arrancou lá em São José dos Campos/SP.

 

Portanto, precisamos pressionar o sindicato para preparar este momento, com assembleias que deliberem coletivamente os rumos desta luta, que as decisões não fiquem somente em acordos feito com os donos das empresas. Somos parceiros nesta luta, participamos das eleições também para divulgar as lutas que estão acontecendo.
Quando os trabalhadores se organizam e lutam, o resultado final das campanhas é outro.
Pois, só a luta muda a vida!

domingo, 25 de julho de 2010

ARRUMANDO A GAVETA DA MEMÓRIA

COMO DIZ O POETA: "LEMBRAR É VIVER DE NOVO"
Esta foto foi tirada na frente da coordenadoria de educação de Gravataí, no dia 27/05/09, nós reunimos perto de 900 pessoas, estudantes, professores e funcionários e metalúrgicos.
Ato que denunciou o descaso da Yeda com a escolas públicas e que ajudou a derrotar o projeto da meritocracia.

"Que vivam os estudantes
 Que gritam como os ventos
 Quando lhes chegam aos ouvidos
 Botinas e regimentos
 Pássaros libertários!"

Violeta Parra
Tem mais fotos no orkut!
BOM DOMINGO!

sábado, 24 de julho de 2010

Atividade da campanha:




Panfletagem na Pirelli



COM OS TRABALHADORES, CONTRA A PATRONAL



Hoje à tarde, em Gravataí, distribuímos material da campanha e conversamos com trabalhadores da Pirelli.

O panfleto aborda inicialmente uma questão de fundo, trabalhador não deve votar em partidos e candidatos financiados por empresas e pelos patrões. Além disso, o material traz nossa defesa do aumento do salário mínimo de 100% emergencialmente, rumo ao mínimo do DIEESE e a defesa da redução da jornada de trabalho para 36 horas semanais sem redução de salários. Denunciamos por fim o ataque de Lula aos trabalhadores quando vetou o fim do fator previdenciário.

Entre as conversas teve um trabalhador que disse que conhece Zé Maria, nosso candidato a presidência e lembrou quando o Zé e o Lula organizavam as greves em São Paulo, mas apesar de lamentar o papel que Lula cumpre hoje a serviço da burguesia, se sentiu muito contente em reconhecer que o Zé Maria não mudou de lado continua defendo os interesses dos trabalhadores.

É por isso que nós começamos nosso material dizendo que trabalhador não deve votar em partidos e candidatos financiados pelos patrões, pela burguesia, pois depois de eleitos estes partidos e candidatos não irão defender os interesses dos trabalhadores.

Nosso partido estará sempre com os trabalhadores às lutas e a história tem provado isso.





sexta-feira, 23 de julho de 2010

Maus ventos o trazem...

Infelizmente ontem o estado foi sacudido por um tornado que desabrigou muita gente, minha solidariedade com estas pessoas.

Mas se ontem tivemos um tornado que destruiu parte da serra gaúcha, também tivemos a visita do Serra que será um tornado para os direitos dos trabalhadores.

O candidato do PSDB e da Yeda, que governava São Paulo, cidade dos alagamentos, do caos do transporte público e que na última greve dos educadores, mandou a policia bater em professores, divulgou um pouco mais da essência do seu projeto de governo.

Refiro-me a mudanças na previdência, que, aliás, não é só o PSDB que está comprometido com isso, à candidata do PT, a Dilma, também já anunciou sua disposição para uma nova reforma da previdência.

Desde 1991, quando o governo Collor impôs a desvinculação das aposentadorias do salário mínimo, elas vem sofrendo uma profunda defasagem. Quem ganhava dois salários mínimos na época da desvinculação hoje ganha apenas um. E para, além disso, o governo FHC criou o fator previdenciário, que obriga o trabalhador a adiar o pedido de aposentadoria, pois a conta diminui o valor da aposentadoria, conforme a expectativa de vida das pessoas, assim se aumentar a expectativa de vida diminuiu o salário da aposentadoria. E sempre é bom lembrar que Lula, recentemente vetou o fim do fator previdenciário que tinha sido derrubado na Câmara e Senado.

No entanto não se ouve nada destes candidatos no que diz respeito à aposentadoria dos ex-presidentes, que se aposentam com seu salário integral para o resto da vida, as aposentadorias dos ex-governadores, por exemplo, a Yeda, vai se aposentar com um salário de 21 mil reais. Acho que estas anomalias é que tem que entrar na discussão e não a aposentadoria de quem constrói este país de fato, os trabalhadores.

Nossas propostas são de duplicar as aposentadorias, relacioná-las com o reajuste do salário mínimo e acabar com o fator previdenciário.

Portanto se Serra será um tornado para os direitos dos trabalhadores, Dilma não será só uma marolinha, a ventania poderá derrubar muitas coisas.



quinta-feira, 22 de julho de 2010

O socialismo visto dentro de uma perspectiva histórica


Uma condição primordial para a vida em sociedade é a produção de gêneros que nos permitam sobreviver. Precisamos nos alimentar, vestir, morar, locomover, enfim precisamos de produtos que atendam nossas necessidades desde as mais básicas até as mais complexas. Pois bem, as sociedades resolveram isso, historicamente, com algo que denominamos sistema econômico ou modo de produção, ou seja, a forma como nós produzimos os artigos de nossas necessidades, enfim aquilo que resulta do trabalho humano.

E já tivemos distintas formas de produção e de distribuição destes gêneros ou artigos, vejamos sociedade tribal, sociedade escravagista, sociedade feudal, sociedade capitalista e sociedade socialista.

As primeiras formas de organização social denominaram-se tribos, a produção e a distribuição dos gêneros, nesta incipiente sociedade, era feita com base na necessidade de cada indivíduo, assim o fruto do trabalho era igualmente repartido, não havia alguém que acumulava ninguém ficava com uma parte maior de carne, por exemplo.

Surge a agricultura, descoberta de aproximadamente de 12 mil anos, com isso as sociedades fixam-se a um lugar específico, abandonam o nomadismo, processo que faz surgir a necessidade de produzir uma quantidade de gêneros bem maior, com isso vem as grandes obras e também surge algo novo, acima da organização das pessoas, o estado, que vai controlar a produção e distribuição dos gêneros. Esta fase histórica é caracterizada por escravismo, ou seja, a produção dos gêneros tem por base o trabalho escravo e a produção fica com o dono do escravo. Aqui já temos alguém que acumula, ou seja, tem a mais do que precisa, o escravocrata.

Na sociedade feudal, a produção dos gêneros, ou seja, o fruto do trabalho humano é feito em grandes fazendas auto-suficientes, os feudos, no entanto esta produção era toda controlada e acumulada pelo dono da terra, o senhor feudal, já o servo, o trabalhador, ficava com uma pequena parte para poder sobreviver e continuar trabalhando. O senhor feudal fica com a maior parte da produção só porque ele é o dono da terra, enquanto um grande contingente populacional passa fome e dificuldades.

Ainda dentro da sociedade feudal, começa a surgir o germe de outra forma de produção, outra forma de produzir os gêneros e distribuí-los, aos poucos outro sistema econômico instala-se e começa ganhar seguidores, é o capitalismo.

O capitalismo, um sistema econômico que tem um impulso na primeira metade do século XIX, definitivamente assume a principal forma social de produzir gêneros para a necessidade das sociedades. No entanto a perversidade deste sistema, que tem por base acumulação do dono da fábrica, produz muitas contradições, a começar pela divisão da sociedade em classes sociais, divisão essa que coloca em lados opostos trabalhadores e os donos das fábricas. As primeiras fábricas tinham jornadas de trabalho de 16, 18 horas diárias, com castigos físicos para quem não fosse ao trabalho, sem contar no uso de crianças na produção. Bem, do início do capitalismo até os dias atuais o que vemos é uma luta para tentar diminuir esta exploração por parte dos donos das fábricas, luta que vitimou muito trabalhador. Se hoje temos algum direito isso é fruto da luta destas pessoas, a luta de classe, que está na ordem do dia, que se mantém viva. Portanto, a acumulação atualmente é feita pelo dono da fábrica, ou seja, a riqueza quem produz é o trabalhador, não é o dono da fábrica, mas é ele quem fica com ela, estranho não!?

O socialismo, dentro desta perspectiva, é a construção de uma nova forma de produzir e distribuir os gêneros, já tivemos uma experiência deste sistema econômico, mas não é disso que quero tratar e sim da necessidade de socialmente construirmos esta alternativa de como produzir o que a vida nos exige. A base deste modo de produção é que não exista a figura daquele que irá acumular, não haverá acumulação, a distribuição será feita conforme a necessidade das pessoas. Outro aspecto importante a ressaltar e obviamente este assunto não se esgota aqui, voltaremos como diz o cozinheiro, é o fato de podermos diminuir a jornada de trabalho, podendo dedicar mais tempo para a família e para podermos desenvolver nossas potencialidades.

Bem inicialmente acho que esta comparação histórica, entre os modelos econômicos, se fazia necessária, pois a defesa do socialismo faz parte de minha vida e este será um tema recorrente neste espaço de discussão.

Ou nós destruímos o capitalismo ou nós vamos à barbárie, e podemos viver momentos em que o nazismo poderá ser superado.

E como dizia Trotski: “Todas as revoluções são impossíveis até que se tornem inevitáveis.”

A despedida da escola
Fotos da despedida da escola Padre Nunes, preparada pela turma 102!






Essa turma me emocionou com essa homenagem, sem dúvida, como disse a eles, aqueles momentos ajudariam a reforçar esta tarefa que temos pela frente que é processo eleitoral e a defesa de politicas que partam da necessidade da nossa classe trabalhadora.

Obrigado 102 esta campanha também é para vcs!E agradecer também as manifestações que recebi e tenho recebido de estudantes e daqueles (as) que já sofreram com minhas aulas.
Como dizem, ou escrevem, vlv!!!!






quarta-feira, 21 de julho de 2010

 A segunda parcela=os governos dos bancos!

A governadora Yeda comemorou ao receber a notícia que o Banco Mundial vai liberar a segunda parcela do empréstimo. Empréstimo que a população gaúcha terá que pagar, pois este governo vai embora, mas a dívida ficará, as próximas gerações  é que vão ter que acertar a conta.
Os analistas associam a liberação da segunda parcela como um sínal de confiança do banco, com o atual governo.
Mas, uma pequena avaliação do governo Yeda, aponta para a "confiança" entre o credor e a criatura, vejamos. As obrigações exigidas, pelo banco, como contrapartidas ao negócio foram aplicadas pela governadora, foram três anos e meio de um corte brutal nos investimentos, nunca se alcançou o mínimo exigido pela constituição para educação, os números da saúde foram maquiados, incluíram nas contas da saúde por exemplo, investimentos com saneamento. Na segurança a mesma politica, enfim completo descaso com a população deste estado em matéria de serviços públicos. Portanto este governo, da dona Yeda, que só não conseguiu entregar os planos de carreira dos educadores, pois se deparou com uma forte resistência dos educadores a sua politica de desmonte do estado, demonstrou que é sim de confiança do Banco Mundial, aliás seu governo foi voltado para atender os interesses deste setor. Comemorar uma dívida que será paga pelo povo gaúcho, é mais uma demonstração de compromisso deste governo com o sitema financeiro.
Já o governo Lula, também demonstrou nestes oito anos que também é de confiança dos banqueiros, o próprio chegou a afirmar "que os banqueiros nunca lucraram tanto em um governo". Mas para além de manter em dia os lucros dos banqueiros, a sangria do nosso país mesmo está na dívida pública, que consome um percentual do PIB três vezes maior do que se aplica em educação e saúde juntas neste país.
Nós defendemos a estatização do sitema financeiro deste país e o fim do pagamento de dívidas que já foram pagas há muito tempo. Só assim teremos recursos para educação, saúde, geração de empregos, enfim para podermos atender a necessidade da nossa classe trabalhadora.
Sabatina do Zé Maria

O candidato a presidência Zé Maria, do PSTU foi sabatinado ontem pelo R7. A entrevista do Zé Maria é interessante para quem quiser conhecer um pouco mais nosso partido e nossas concepções. Vários temas foram abordados e a partir deles foi possível apresentar nossa politica e para afirmar, com elementos, porque não dá mais para vivermos em um sistema capitalista, que concentra riqueza nas mãos de poucos e distribuí miséria e violência para muitos. A saída para nossos problemas passa pela construção de uma outra sociedade, o socialismo, que nada mais é como diz o Zé: " ...a distribuição equitativa da riqueza e dos recursos do país e de outro lado um regime democrático em que o povo possa governar o país...".

 Assista a sabatina do Zé Maria no R7

terça-feira, 20 de julho de 2010

Eleições 2010, a primeira vez!

As pessoas me preguntam e já cobram de que se eu me eleger eu vou mudar e vou esquecer das minhas origens, isso é compreensível, visto que a maior altenativa eleitoral que os trabalhadores construíram, o PT, já não responde mais suas esperanças. E também os eleitos pela sigla, esqueceram suas origens e acabaram defendendo outros interesses que não são os da classe trabalhadora. Um exemplo disso foi a reforma da previdência do Lula. Além do envolvimeto em escândalos de corrupção, mensalão, dólar na cueca e por aí vai!
Essa é referência que as pessoas tem, portanto não é de se estranhar estes questionamentos. Nós do PSTU, combatemos estes desvios com lições do marxismo, ou seja, entendemos que a condição material é fundamental para condicionar sua consciência de classe, portanto alguém que um dia foi trabalhador, se é que algum dia algum trabalhador conseguiu se eleger, for eleito, e este passar a viver do salário de parlamentar, sua condição material será supeiror da que tinha antes, ele terá um salário que lhe possibilitará, ter casas, carros, sustentar luxos e caprichos, que quando "era trabalhador" não tinha acesso. Ou seja, esta pessoa passará a viver de outra forma e consequentemente vai defender outros interesses, pois ela não é mais trabalhadora. Portanto, nós do PSTU, além de só apresentar nas eleições pessoas que foram testadas nas lutas de suas categorias e movimentos, também condicionamos ao eleito que do salário do mandato ele retirará só o valor correspondente ao seu salário anterior a eleição. Assim sua condição material continuará a mesma e sua consciência social não mudará.
E para além disso, outro fator que influencia os mandatos é o financiamento, tem uma analogia que sintetiza bem isso: " quem paga a banda escolhe a música". O que significa isso? Simples, as grandes empresas e empresários financiam os candidatos e partidos politicos que depois de eleitos tem uma dívida com seu financiador da campanha, não é a toa que as grandes empressas dão dinheiro para vários partidos, ampliando seu leque de comprometidos. Nó do PSTU, não aceitamos e nem queremos dinheiro de empresas nem de empresários, nossa campanha será financiada pelos trabalhadores, pela militância e por atividades de arrecadação. Isso garante nossa independência politica, não temos que prestar contas com nenhuma empresa e podemos denunciar os abusos destas empresas, durante a campanha, coisa que só nós faremos.
Bem estes são alguns argumentos que ajudam a entender como funciona um partido revolucionário e de como nossa militância não vai se perder por aí!
Grande abraço!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Porposta de Panfleto para educação!!!! Aceito sugestões!


A luta contra Yeda



O professor Manoel participou, mesmo em estágio probatório, das greves e lutas que ocorreram nos primeiros anos de sua trajetória na educação. E como oposição no 22° começa a organizar os colegas, para resgatar o potencial de luta dos educadores. Eleito diretor-geral do 22° em 2008, continua sua dedicação na luta em defesa da escola pública de qualidade. Os ataques a escola se intensificam com o governo Yeda, que para implementar seus planos, tenta fragilizar o CPERS perseguindo as lideranças do sindicato.

O governo Yeda vende para o Banco Mundial os planos de carreira dos educadores, só que não entrega a mercadoria, pois a luta que se organizou neste estado, durante os últimos anos, pelos educadores, não permitiu. Somando-se a esta luta o professor Manoel organiza atividades nas cidades da região, com destaque para o ato histórico do dia 27/05/09, em Gravataí.

O ano de 2009 foi de marcado por muita mobilização, além dos professores e funcionários, os estudantes da região participaram com bastante entusiasmo das atividades e contribuíram para derrotar a politica de Yeda e seu governo na tentativa de destruir os planos de carreira dos educadores.



Não a meritocracia!



A educação vive uma situação que se agrava a cada momento. Existem planos amplos internacionais que tentam preparar a educação para a venda, ou seja, transformar a educação em uma mercadoria. Os governos de plantão, Lula e Yeda, seguem a risca esta lógica. Os planos pedagógicos nacionais e estaduais tem por base a meritocracia, em sintonia com cartilhas que tentam padronizar a educação. Os governos ao não investir em educação precarizam o ensino, e estes mesmos governos querem jogar a culpa disso nos professores e funcionários, que estão sobrecarregados de trabalho.

Nós do PSTU entendemos que a meritocracia só serve para os governos encobrirem seu descaso com a educação pública e para reforçar a propaganda de que a culpa da queda da qualidade na educação é dos educadores.



Lutar também é educar!

O professor Manoel procura associar a sua prática pedagógica a certeza de que lutar também é educar. Pois lutar é buscar melhorias no processo ensino aprendizagem. E também porque a construção de uma nova sociedade vai depender da organização dos trabalhadores e dos seus filhos, os estudantes.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Professor Manoel inicia campanha com jantar em Gravataí.


Neste último sábado (10) ocorreu a primeira atividade de campanha da candidatura a Deputado Federal do Professor Manoel, em Gravataí. A atividade reunião apoiadores, amigos e familiares.

Em sua fala, Vera Guasso – candidata ao Senado – explicou um pouco dos desafios da esquerda NBA atual conjuntura. Fez um balanço dos 8 anos de governo do Presidente Lula e demonstrou as semelhanças entre o mandato de FHC.

Vera Rosane candidata a Vice-governadora, denunciou a situação que vive as comunidades quilombolas e o descaso com a educação pública em nosso Estado.

Já Julio Flores, candidato a Governador, denunciou as políticas aplicadas durante o governo Yeda (PSDB). Defendeu a suspensão do pagamento da divida com a União, que consome 18% do orçamento estadual, e mostrou a importância de apoiar a defesa de um governo socialista, radicalmente democrático e controlado pelos trabalhadores.

Andrea candidata a Deputada Estadual, falou da importância das lutas estarem representadas nas eleições.

A última fala foi de Manoel, que ficou muito emocionado. É a primeira vez que Manoel é candidato pelo partido. Agradeceu a presença e o apoio de todos, convidando os presentes a estarem na linha de frente desta campanha eleitoral. Denunciou a exploração que as multinacionais operam em nosso país, citando o exemplo da própria GM de Gravataí, que explora os trabalhadores e nossas riquezas.

Logo após foi servido o jantar. O sentimento de alegria e emoção tomou conta dos presentes, mostrando que é possível fortalecer um partido socialista sem abandonar suas bandeiras e sem o financiamento privado de campanha.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Quem é quem?

Nove programas, apenas dois caminhos

O que dizem os programas dos candidatos apresentados ao TSE?

O dia 5 de julho foi o prazo final para o registro das candidaturas à presidência da República. Após algumas desistências, o quadro da disputa para o Planalto fechou em 9 candidatos, contando com a nossa candidatura do PSTU.

A grande imprensa tenta reforçar a falsa polarização entre PT e PSDB, tachando as demais candidaturas como “nanicas”, à exceção de Marina Silva que vem cumprindo um papel auxiliar dos tucanos. Por trás desse termo se esconde um esforço de estigmatizar as candidaturas que fogem do eixo dos grandes partidos, dando-lhes um aspecto “folclórico”, ou seja, de que não deve ser levado a sério.

É uma forma de se desviar a atenção para o que deveria ser de fato discutido nessa campanha eleitoral: o programa político de cada candidato. Qual o programa que está por trás de Dilma, Serra ou Marina Silva? No registro, cada candidato é obrigado a apresentar um resumo de seu programa político. Embora seja algo meramente formal, uma rápida análise nos diferentes programas submetidos ao TSE ajuda a indicar o caráter de cada candidatura.

Duas candidaturas, um só programa

O programa apresentado por José Serra expressa bem qual será a principal dificuldade de sua campanha. Na verdade, o candidato tucano não apresentou nenhum programa de governo. O PSDB se limitou a transcrever dois discursos do então pré-candidato em eventos de campanha e registrá-lo como se fossem diretrizes de um futuro governo tucano. Sem ter como se diferenciar politicamente da candidatura Dilma, Serra dedicou algo como dois terços desses discursos para falar sobre suas qualidades pessoais de “bom gestor” e de como teve uma “infância pobre”, que superou com “trabalho e suor”.

Já a candidata do governo, Dilma Roussef, apresentou na manhã daquele dia o programa aprovado pelo congresso do PT. Após polêmicas com alguns pontos do texto, como a defesa da redução da jornada de trabalho para 40 horas ou a restrição aos grandes monopólios de mídia (que o congresso havia aprovado a fim de satisfazer as correntes de “esquerda”), o PT simplesmente cortou esses pontos e apresentou um outro documento editado ao final do dia, mostrando que mesmo esses pontos limitados não passavam de medidas cosméticas num programa de governo essencialmente neoliberal.

O documento da petista se limita a defender o governo Lula e pregar a sua continuidade. Citando apenas promessas genéricas do tipo “ampliar e melhorar” tal coisa, a candidata petista faz a defesa explícita do setor que é visto pelo governo como prioritário. “Continuar e aprimorar as políticas de fortalecimento do agro-negócio”, afirma um trecho do programa, que também prega a ampliação da política de subsídios a bancos e empresas, através de uma profunda reforma tributária que desonere os empresários. Ou seja, em bom português, continuar transferindo recursos públicos em prol do lucro de um punhado de empresários e banqueiros.

As duas candidaturas majoritárias se limitam, então, a brigar entre si para ver quem é o legítimo sucessor do governo Lula. Nenhuma medida para resolver o problema do desemprego crônico do país ou mesmo para acabar com a miséria e pobreza que fazem com que 35% das famílias brasileiras passem fome (pela recente pesquisa POF do IBGE). As propostas se limitam a continuar e aumentar o Bolsa Família. Ou seja, “nanica”, na verdade, é a diferença entre Dilma e Serra. Ou o salário e perspectivas dos trabalhadores.

E Marina?

Marina Silva tem tido uma repercussão na imprensa desproporcional à sua intenção de votos. O programa apresentado ao TSE deixa claro o porquê de tanta boa vontade. Justiça seja feita, o seu programa é bem mais detalhado do que o de Dilma ou Serra. Mas nem por isso melhor. O programa apresentado pela candidata do PV é tão ou mais neoliberal que os outros dois.

O programa “verde” faz rasgados elogios à política econômica dos governos FHC e Lula. Mais que isso, o programa fala abertamente de uma nova reforma da Previdência. O seu programa ainda propõe “separar os benefícios previdenciários da Seguridade Social”. Isso significa oficializar uma manobra que os defensores da reforma já fazem hoje, a fim de “criar” um déficit da previdência e impedir reajustes aos aposentados ou medidas como o fim do fator previdenciário.

Um programa socialista

Nossa candidatura apresentou diretrizes que propõe uma clara ruptura com o imperialismo como pré-condição para que sejam possíveis medidas como emprego, saúde e educação para toda a população. Desta forma, ao invés de pagar a dívida pública aos grandes especuladores internacionais, por exemplo, investiríamos massiçamente em serviços públicos e na geração de empregos.

Infelizmente, mesmo a candidatura do companheiro Plínio se mostra bastante limitada, propondo apenas a “auditoria e suspensão da dívida”, ao invés de propor concretamente a ruptura com o pagamento da dívida e o imperialismo.

Nossa candidatura apresenta um conjunto de medidas como uma reforma agrária ampla, a estatização das grandes empresas e a nacionalização e estatização do sistema financeiro como formas de se garantir o pleno emprego, o fim definitivo da pobreza e miséria, rumo a uma sociedade mais justa e igualitária. É a única forma de se ter mudanças profundas, estruturais para os reais problemas do nosso povo.

Na próxima semana publicaremos uma edição de nosso jornal, Opinião Socialista, especialmente dedicado ao nosso programa. Ele trará uma síntese de um seminário que realizamos recentemente e que discutiu questões como reforma agrária, emprego, o problema da moradia e a luta contra as opressões.

Por Zé Maria, candidato a Presidente pelo PSTU.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Primeira atividade de campanha

Planejamento e reuniões com apoiadores marcam o início de campanha


O PSTU começa a campanha eleitoral dando continuidade ao planejamento de atividades e reuniões com apoiadores. As reuniões que estão ocorrendo têm como objetivo convidar os simpatizantes, de nossas candidaturas, para participarem das atividades de campanha e para arrecadar recursos financeiros para dar início à produção de materias e do programa de TV.

No primeiro dia de campanha, Julio Flores – candidato a Governador - visitou escolas estaduais e esteve solucionando pendências acadêmicas.
PERFIL DOS CANDIDATOS – Também iniciou a gravação de reportagens, que vão abordar os temas relacionados às candidaturas do PSTU. Com esse material será produzido vídeos de 10 minutos que estarão disponíveis neste blog e nas mídias alternativas de cada candidato. Além disso, 90 segundos desse material será disponibilizado no portal de notícias da Zero Hora.