Em Gravataí a população perplexa, acompanha a antecipação das eleições municipais de 2012, isto porque existe um pedido de impeachment, para a prefeita Rita Sanco e seu vice, em tramitação na câmara de vereadores. O pedido tem por base sete acusações, que vão desde prevaricação até renegociações de dívidas mal feitas. Sem entrar no mérito das acusações e desconhecer todos os envolvidos, só resta avaliar os desdobramentos deste processo.
Processo que inclusive pode ter outro relator, uma vez que foi expulso do PT o relator que votou pela abertura do processo. Isso mesmo, o relator era do partido! Expulsou e agora quer indicar um companheiro mais afinado para relatoria, alguém tem dúvida do que pode acontecer?
Aliás, para ser aceito o pedido de impeachment, serão necessários os mesmos dez votos da abertura do processo, ou seja, é muito difícil a repetição do placar. Isso porque, fora o partido que pediu a abertura do processo, os partidos que votam são base do governo federal e, subtraindo mais uns partidos, estão também na sustentação do governo estadual. Assim serão centralizados pelo “financiamento da sua ideologia”, e serão chamados a refletir sobre seus cargos, quer dizer sobre sua postura frente a seu compromisso dentro da sua corrente de pensamento, blá, blá...
Agora se o processo seguir e for aprovado, quem assumirá a prefeitura é o presidente da câmara. Pertencente ao partido que indicou o vice da Dilma, mas que foi derrotado nas ultimas eleições no município. Situação utilizada pelo governo municipal para divulgar panfletos, destacar em carro de som pela cidade, que o que está acontecendo é um golpe, todo este processo seria uma desforra pela derrota. O que também, não se pode aceitar, uma vez que é do jogo o pedido de impeachment, faz parte do processo eleitoral e a saída é provar que as acusações não se sustentam, apresentando a legitimação de sua negativa.
O que se esconde mesmo, por traz desse processo é a antecipação do pleito de 2012, que começa em ritmo lamentável, onde os pólos se digladiam no terreno da moral e não dos projetos, em parte se compreende, pois as diferenças entre os projetos são muito tênues.
Se não fosse assim como explicar as composições feitas pela Dilma e por Tarso, que governam o País e o Estado sustentados por vários partidos, dirão: mas é em nome da governabilidade. Governabilidade para quem?
Para a população que a vida continua dura e sofrida, tendo que pegar ônibus caros e lotados e não conseguindo de atendimento médico, fora os problemas crônicos de desemprego e falta de moradia, o resultado deste processo não mudará em nada essa realidade. Mas é importante acompanhar o desenrolar , tirando daí lições para construir uma saída realmente sua, construindo uma alternativa política para resolver seus problemas, ou ficaremos novamente reféns dos mesmos candidatos nas eleições.
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