domingo, 22 de maio de 2011

A LONGEVIDADE É UMA CONQUISTA DA HUMANIDADE!

Os avanços das técnicas e de novas descobertas não têm limites, a humanidade está em constante processo de inovações técnicas e científicas. Um dos resultados disso é a longevidade, estamos vivendo mais, ou seja, estamos construindo novas situações que estão permitindo o prolongamento da vida.

Mas não é só a expectativa de vida que aumenta. Dados concretos, oficiais, que também podemos constatar no resultado dos PIB’s de diversos países, dão conta de que nunca se produziu tanta riqueza no mundo, conseqüência também de novas técnicas, fontes de energia e por óbvio o trabalho humano.

Assim temos uma combinação: o trabalho humano tem produzido muita riqueza e permitido o prolongamento da expectativa de vida. No entanto existe uma espécie de construção ideológica, uma política deliberada de transformar essa conquista humana em algo ruim. Viver mais é a tendência que vai ser ampliada constantemente, as próximas gerações viverão cada vez mais.

A construção ideológica de transformar a longevidade em algo ruim só tem um objetivo: apontar mudanças nas regras previdenciárias. Estamos vendo isso no mundo, na França Sarkozy aumentou para 62 anos a idade mínima para alguém se aposentar. Aqui no país com a Dilma não é diferente, avança a passos largos a discussão sobre a mudança na previdência dos trabalhadores. No estado, a iniciativa do governo Tarso, vai ao mesmo sentido de punir quem está vivendo mais.

O governo atual quer aumentar a alíquota previdenciária dos atuais 11% sobre o salário para 16,5%. Além de criar um fundo para os futuros servidores que saberão quanto vão pagar, mas não saberão quanto vão receber, se é que irão receber, pois o fundo será aplicado no mercado financeiro, na bolsa de valores, e dependerão do rendimento e de sorte, pois é um investimento de risco, ou seja, podem não receber nada depois de quarenta anos de aplicação.

A solução inicial, para resolvermos coletivamente essa equação, de mantermos nossos salários na aposentadoria, passa por uma conclusão óbvia, mas delicada e impensável para o sistema capitalista: a divisão da riqueza que é produzida pelo trabalho humano.

O sistema capitalista concentra a riqueza produzida pelos trabalhadores, precisamos inverter esta ordem e construir outro sistema em que a lucratividade do trabalho humano seja repartida de forma mais linear, horizontal, pois os frutos do trabalho concentram-se nas mãos de poucos, na relação atual de produção.

Aqui está à solução para a humanidade: dividir melhor a riqueza produzida, desconcentrar a renda, não é possível pensar um mundo melhor para a humanidade, dentro do atual sistema concentrador e excludente, que vive da exploração do trabalho alheio.

Mas, por enquanto, nos resta acompanhar muito de perto estas contas apresentadas pelos governos, que se utilizam dos recursos da previdência para outros fins e não depositam sua parte, como manda a lei, sem contar os desvios dos recursos.
Viva a longevidade e não as reformas na previdência. 

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