terça-feira, 15 de março de 2011

Tarso tenta justificar o arrocho salarial.


Após mandar projetos para assembleia, que ajudam e muito os empresários e que criam novos CCs, além de reajustar o salário dos atuais, o governador escreve artigo onde faz criticas as medidas adotadas, por seus antecessores, para solucionar problemas financeiros, as criticas se referem principalmente a situação deixada e as soluções aplicadas, soluções erradas pois o diagnostico é outro, na sua avaliação bem mais preocupante.

Segundo o atual governador os antigos moradores do Piratini queriam tratar uma doença terminal com aspirina, se referindo as políticas para enfrentar os problemas financeiros do Estado, ou seja, o diagnostico correto requer remédios mais eficientes e amargos, sem os quais a paciente, finanças do Estado, não se recupera.   

Portanto o governador afirma que não se trata simplesmente de uma crise, uma gripe, mas sim de uma situação mais profunda, uma pneumonia, e portanto uma medicação mais eficiente e com recuperação a longo prazo. Então tá né?
  
No artigo, Tarso diz que as medidas para a situação de crise “isoladas de um contexto de crescimento”, ou seja, só se justificam se estiverem dentro de um plano de crescimento, assim se pode implantar o “arrocho salarial”, a “contenção radical dos gastos correntes”, note-se que as palavras são escolhidas a dedo, coloca a expressão radical para se referir à contenção, pois a contenção pode não ser radical adotada no seu governo, e também utiliza o termo “isoladas de um contexto..” para não atacar a companheira, pois a Dilma fez contenção radical e quer aprovar um arrocho salarial de dez anos aos funcionários públicos federais, além de preparar os argumentos para os ataques que ele mesmo fará ali na frente.

Depois a critica ao déficit zero, terminou a campanha avisem para ele, na verdade o ataque é para produzir um debate com a direita se apresentando de esquerda, permitindo aos companheiros argumentos para defender seu governo, pois não é crise, é uma situação que o estado atravessa há 30 anos, ou seja, a herança maldita. 

Depois rotula a situação vivida como “ desordem financeira estrutural”, promovida por duas situações, uma de origem federal, com a política da guerra fiscal, esqueceu os oito anos do companheiro? E outra de origem estadual, divida judiciária, os precatórios, o Olívio também contribuiu para isso, por certo! E, para espanto meu, entra ai a dívida com a união - discurso de esquerda-. Ajuda os companheiros na argumentação, mas sobre a divida não é só romper?

O que fazer?

A solução é a sua plataforma de campanha, como remédio para a herança maldita, exemplos: "adotar políticas ortodoxas com ações heterodoxas”. Claro, tudo isso passando pelo CDES, sua ampla base de apoio política e social.

Bem ao que tudo indica Tarso quer pautar as discussões em torno do tamanho da dificuldade que ele enfrentara no seu governo. E pede tempo, tempo para suas políticas começarem a melhorar a desordem financeira estrutural. Portanto preparando os espíritos para o arrocho salarial, claro que "dentro de um contexto de crescimento"... e blá, blá, blá.

Acho que o livro de cabeceira do Tarso é O Príncipe, de Maquiavel, e deve ter pego emprestado com o Lula.


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