quarta-feira, 16 de março de 2011

Contra a farra com o dinheiro público.

Com uma ação popular tentamos impedir o aumento autoconcedido pelos vereadores de Gravataí. No fórum da cidade ingressamos com o que tínhamos: as matérias de jornal, já que não obtive nem da câmara nem da prefeitura os projetos que aumentaram os seus salários.

Matérias do jornal da cidade, que publicaram a decisão dos vereadores na primeira sessão do ano, onde por unanimidade elevaram em 75,8%, passando de R$ 5,7 mil para R$ 10 mil, os seus próprios salários, uma vergonha.

A sentença da magistrada não nos agradou, acredito que a ninguém, a não ser aos vereadores, ela não considerou suficiente, para sua decisão, as matérias do jornal, a partir disso e agora com a lei em mãos, lei 3078 de 9/02/11, com assinatura da prefeita, estamos pedindo que a juíza refaça sua sentença, pois agora estará diante da prova do lesivo fato.

Esperamos honestamente que nosso pleito seja atendido e que esta farra com o dinheiro público não prossiga, os vereadores avançaram o sinal e ultrapassaram os limites mínimos constitucionais, não tem direito de fazer o que fizeram e no mínimo deveriam ser notificados, pois a multa deve vir nas próximas urnas.

A população de Gravataí com certeza não aprova a farra com o dinheiro público, pois escutarão como alegação para falta de vagas em creches, para falta de atendimento médico e de remédios, para falta de saneamento básico e de uma política de construção de moradias, que faltam verbas. Faltou, pois foi parar no bolso dos vereadores, é de dinheiro público que estamos falando e de quem tem que, minimamente, criar leis para bem aplicá-los.

Pelo bem dos recursos públicos, que devem ser destinados com prioridade para tender as demandas da população que são várias e inúmeras, aguardamos com boa expectativa a decisão da magistrada, ou quem sabe uma declaração pública dos vereadores e da prefeitura, que devia ter vetado a lei, assumindo o erro anulando a lei e pedindo desculpas a população.

A maioria dos vereadores tem outras funções e negócios, as demandas do cargo de vereança não impedem que exerçam outras atividades. Temos médicos e empresários que vão as duas sessões por semana e depois seguem suas atividades profissionais. Portanto não dependem dos fantásticos salários de vereadores para sobreviver. Enquanto isso um trabalhador ao final de um mês, com jornada diária de oito horas, terá o salário mínimo de R$ 545 reais.

É a mesma historia de sempre, o trabalhador tendo que viver com as migalhas que caem da mesa dos banquetes dos políticos.  






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