Explicações que não explicam nada!
No dia 24/02, a secretaria de educação, de Gravataí, esteve na câmara de vereadores para dar explicações sobre o fechamento de 14 turmas na escola Santa Rita. A desculpa para este desmonte da escola, utilizado agora com mais ênfase pela secretaria, já que tivemos alternância de desculpas, é uma só: o município não é responsável pelo ensino médio.
Utilizando-se de leis, que estabelecem as responsabilidades de cada ente federado, a secretaria anuncia a extinção da escola. Deixando a comunidade, presente na câmara de vereadores, perplexa com tamanha insensibilidade e arrogância.
A escola Santa Rita vai completar 24 anos em 2011, nestas duas décadas ofereceu ensino médio para comunidade da COHAB A e arredores, milhares de alunos tiveram formação do município até agora, mesmo não sendo obrigação. Por que não continuar formando pessoas? Por que não continuar contribuindo para o desenvolvimento intelectual e humano de parte da população da cidade? Essas perguntas a secretaria nunca vai responder, pelo simples fato de só olhar a letra fria da lei.
Este descompromisso da prefeitura com a educação é lamentável, ainda mais quando a presidenta Dilma, do mesmo partido da prefeita, anuncia um dia antes, que a educação será prioridade no seu governo. Será que a companheira maior aprova o fechamento de uma escola? Afinal deixar uma escola aberta, atendendo milhares de alunos, entra ou não como item, na relação que comporá a prioridade? As respostas são óbvias, mas até essas a secretaria tergiversaria.
A comunidade deve voltar às ruas!
Ao que tudo indica só tem uma maneira de fazer a prefeitura voltar atrás e reabrir as turmas fechadas a mobilização, a escola deve convocar novas assembléias, recrutar forças entre aqueles e aquelas que defendem a escola pública e mais diretamente toda comunidade que ficou sem escola. A comunidade já deu mostras que está disposta a lutar pelo seu direito a educação pública.
Novos tempos se desenham mundo a fora, na África a população árabe consegue derrotar ditaduras e nas ruas exigem novas condições de vida e maior participação nas decisões políticas. Este é um exemplo para guiar ação de todos os povos, guiar a ação de quem se sente prejudicado no seu direito: a educação publica.
Voltemos às ruas, exijamos a reabertura das salas fechadas e a manutenção do ensino médio no Santa Rita.
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