sábado, 16 de junho de 2012

Ser radical é ter princípios e defendê-los? Então sou radical!



Os conceitos utilizados definem algo literalmente, quando querem expressar a definição exata do que se está tratando, ou metaforicamente, quando se faz analogia com algo é do senso comum. Ser tratado como radical pode ser um bom conceito, ao referir-se a quem nunca abandona seus princípios, defende intransigentemente suas idéias.

No processo eleitoral, que se avizinha, seremos radicais em nome da nossa classe trabalhadora, nossos princípios nortearão nossa conduta e nossas posições não serão moderadas em relação a nossa independência política frente aos patrões. Assim, aceitar dinheiro de empresas e de patrões é abandonar um conceito para nós muito caro, o classismo. O classismo é a definição que trata da independência dos trabalhadores frente à burguesia. O surgimento do PT se deu em base ao classismo, na década de 1980 havia um grande ascenso do movimento operário e era preciso organizar um partido, que no seu interior não houvesse nem patrões nem empresários. Na década de 1990 o PT chega a inúmeras prefeituras e mais tarde ao governo de alguns estados. Começou aí um processo de adaptação à ordem burguesa. O classismo foi sendo abandonado. Os métodos e princípios do antigo movimento deram lugar a uma única estratégia: a eleição de Lula à Presidência da República. O PT se adaptou e abandonou seus princípios, deixou de ser classista e adotou a estratégia da colaboração entre as classes. Hoje é mais um partido da ordem que defende os interesses da burguesia e os patrões.

 Os patrões quando financiam campanhas de partidos de esquerda, fazem para forçá-los a abandonar suas posições radicais e adotar um programa mais moderado. Mas, em médio prazo, com seguidos financiamentos, cria-se uma relação de dependência, e a burguesia acaba dobrando essas organizações. O PT é a expressão disso em sua forma mais degenerada.

Por isso, somos e seremos radicais em defesa do classismo, para nós é um guia para a ação, um princípio que simplesmente nunca deveria ter sido abandonado. 

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