domingo, 22 de janeiro de 2012

Alckmin suja as mãos de sangue: PM massacra moradores do Pinheirinho

preciso intensificar as ações de solidariedade e realizar protestos em todo o país. O governo do PSDB deve pagar pelo seu crime!


LUCIANA CANDIDO, DIRETO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS (SP)
 


• O massacre que aconteceu no Pinheirinho, neste domingo, dia 22, é de responsabilidade direta do governador Geraldo Alckmin. Toda a criminosa decisão foi tomada diretamente pelo governador do PSDB. A ação de despejo foi contra a orientação do Tribunal de Justiça Federal, que mandou suspender a desocupação, a Polícia Militar, cujo comandante em última instância é Geraldo Alckmin. Junto com a prefeitura do PSDB, Geraldo Alckmin colocou em curso um massacre a uma população de trabalhadores e crianças que ontem comemoravam felizes a decisão federal.

Em pleno domingo, por volta das 6h da manhã, a polícia invadiu o Pinheirinho com helicópteros, blindados, armas de fogo, bombas de gás e pimenta e, no mínimo, 2 mil homens vindos de 33 municípios. Até o momento, há informações de que existem pelo menos duas pessoas mortas e muitos feridos. Zé Carlos, presidente do Sindicato dos Condutores, foi baleado na cabeça com tiro de borracha. Toninho Ferreira, advogado do Pinheirinho, foi ferido com uma bala de borracha nas costas. Helicópteros borrifam gás pimenta sobre a população. Todo o entorno está cercado, e a passagem é proibida. Sinais de internet e telefone estão sendo cortados. Fora do Pinheirinho, a PM ronda o sindicato dos metalúrgicos, intimidando pessoas que chegam de todos os lados para se solidarizar.

A ação militar lembra a típica política dos tucanos que, diante de graves problemas sociais, envia suas tropas para massacrar o povo pobre e trabalhador. Foi assim em 1996, quando ocorreu o massacre de sem terras em Eldorado dos Carajás (PA). Na ocasião, 19 sem terra foram mortos pela polícia. Foi assim também no Massacre de Corumbiara, em 1995, quando pistoleiros (apoiados pela polícia) mataram 12 camponeses sem terra.

A velha política do PSDB se repete no Pinheirinho e agora o sangue escorre nas mãos de Geraldo Alckmin. O prefeito Eduardo Cury, também do PSDB, é responsável por sua negligência criminosa desde o início e recusa em negociar inclusive com o governo federal. A juíza Márcia Loureiro também é responsável, pois foi quem ordenou diretamente o massacre e manteve uma intransigência cruel
A arbitrariedade é tamanha que o senador da República, Eduardo Suplicy, o deputado Ivan Valente, o presidente do PSTU, Zé Maria, e sindicalista Luís Carlos Prates, o Mancha, sitiados, dentro de uma escola, impedidos de sair.

A operação é inquestionavelmente ilegal. Trata-se de uma verdadeira aberração jurídica. O judiciário federal já determinou que a operação fosse cancelada imediatamente, mas o judiciário estadual, aliado ao governo do Estado, insiste em manter o massacre. O comandante da PM que coordena a ação está acompanhado pelo juiz Rodrigo Capez, que o orientou a desobedecer a ordem federal, ou seja, o judiciário estadual acompanha pessoalmente a operação. Essa é uma clara demonstração de que o comandante segue apenas as instruções de Alckmin.

No momento em que o comandante recebeu notificação, o desembargador reconheceu que sabia da decisão do Tribunal Regional Federal, que reconhece o interesse da União no processo e, portanto, a reintegração não podia acontecer. No entanto, ele simplesmente bate pé e diz que não reconhece e não acata essa decisão. O judiciário estadual está tentando resolver em campo de guerra uma batalha que só poderia ser definida pelo Superior Tribunal de Justiça.

Neste momento, é fundamental que o governo federal da presidente Dilma se manifeste e faça valer as leis desse país. O governo federal precisa desapropriar o terreno do bandido Naji Nahas para que as famílias pobres do Pinheirinho possam continuar morando em suas casas. Fazemos um apelo a presidente Dilma Rousseff pra que intervenha no conflito e impeça que mais vidas sejam tiradas. O terreno tem de ser dos trabalhadores e não de um bandido, já mais de uma vez condenado por corrupção e lavagem de dinheiro.

Protestos em todo o país 
Neste momento, os moradores do Pinheirinho precisam de apoio e solidariedade de todos e todas, sejam ativistas, personalidades, políticos, artistas e qualquer pessoa que seja contra chacinar uma comunidade para favorecer o mercado imobiliário e negociatas. Por isso vamos às ruas em todas as cidades do país para denunciar o massacre de Geraldo Alckmin. Vamos ocupar a praças e realizar protestos contra a ação criminosa do PSDB.

Em São Paulo, será realizado um protesto às 17h no MASP, av. Paulista. Nesta segunda-feira, dia 23, serão realizados protestos
em Porto Alegre, Rio de Janeiro, Belém e Fortaleza. Vamos seguir esses exemplos e mostrar para todo o país as mãos sujas de sangue do PSDB! É preciso intensificar as ações de solidariedade em todo o país. O governo do PSDB deve pagar pelo seu crime!

sábado, 21 de janeiro de 2012

Tribunal Regional Federal suspende ordem de reintegração do Pinheirinho



HTTP://WWW.SOLIDARIEDADEPINHEIRINHO.BLOGSPOT.COM/
 


 
 
  Vitória da resistência popular do Pinheirinho

• Numa grande vitória dos moradores do Pinheirinho, uma decisão do Tribunal Regional Federal – 3ª. Região suspendeu, nesta sexta-feira, dia 20, a ordem de reintegração de posse da Ocupação, em São José dos Campos. A decisão foi tomada pelo desembargador federal Antonio Cedenho, da 5ª Turma do TRF.

O desembargador determinou que a União passe a integrar o processo por conta do interesse do Governo Federal na área. Assim, o processo será deslocado da Justiça Estadual (da juíza Márcia Loureiro) para a Justiça Federal.

Não cabe recurso às instâncias superiores, enquanto a turma de desembargadores do Tribunal não analisar a decisão.

A decisão revalida a liminar concedida, dia 17, pela juíza substituta Roberta Monza Chiari momentos antes da execução da reintegração de posse pela Tropa de Choque da Polícia Militar. Nessa liminar, a juíza Roberta Chiari reconhece o interesse da União no caso e cita ofício do Ministério da Cidade pedindo adiamento da reintegração.

A medida é em resposta ao Agravo de Instrumento impetrado pelos advogados dos moradores, em que pediam o reconhecimento do interesse da União no caso e que fosse deferida uma liminar impedindo a execução da ordem de despejo.

“Hoje é dia de festa na periferia. Continuamos insistindo que a solução definitiva não está no Judiciário, mas no Executivo. O prefeito Eduardo Cury tem a obrigação de negociar junto aos governos federal e estadual para que possamos encontrar uma saída pacífica que beneficie os moradores do Pinheirinho” , afirma o advogado dos moradores Antonio Donizete Ferreira. 

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012


Reintegração de posse no Pinheiro é suspensa por 15 dias 

É hora de intensificar a campanha e aumentar a pressão na prefeitura e nos governos Estadual e Federal


DA REDAÇÃO
 


 
 
  Moradores continuarão mobilizados contra reintegração

• A ordem de reintegração de posse do Pinheirinho foi suspensa por 15 dias na tarde desse dia 18 de janeiro. Emitida pelo juiz da 18ª Vara Cível, Luiz Bethoven Giffoni, que cuidava do processo da massa falida da Selecta, o pedido de suspensão (leia a petiçãoentregue à Justiça) foi prontamente levado ao presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Ivan Sartori.

A medida foi articulada pelos advogados do movimento e parlamentares como o senador Eduardo Suplicy (PT) e o deputado federal Ivan Valente (PSOL). Também estavam presentes os deputados estaduais Carlos Giannazi (PSOL) e Adriano Diogo (PT).

O pedido inicial, uma trégua de 60 dias para que se avançasse nas negociações entre os governos municipal, estadual e federal, não foi aceita. O próprio presidente do TJ sugeriu então que se procurasse o juiz Bethoven, que acabou aceitando a suspensão de 15 dias. Surpreendentemente, a juíza Márcia Loureiro, que emitiu a ordem de reintegração, recusou-se a aceitar qualquer trégua, mas felizmente o desembargador recebeu e acatou o pedido.

Ao mesmo tempo em que se buscava a trégua no TJ, advogados do movimento entravam com recurso no Tribunal Regional Federal contra a reintegração. No recurso, os advogados buscam mostrar o interesse da União no processo e, assim, deslocar o caso para a Justiça Federal, terreno mais favorável a uma solução o problema do que está se mostrando a Estadual. Nesse dia 17, a Advocacia Geral da União (AGU) finalmente entrou no caso, o que ajuda a tirar o processo das mãos da juíza Márcia Loureiro.

A suspensão provisória foi recebida com alegria e alívio pelos moradores, que souberam da notícia durante uma assembleia com cerca de 2 mil pessoas, realizada ao final da tarde. Sabem, no entanto, que essa é apenas uma vitória parcial e que será preciso ampliar a mobilização pela desapropriação definitiva do terreno. “Nesses 15 dias vamos fazer muito ato, vai ter muita mobilização para derrotar de vez essa ordem de despejo” , afirmou Valdir Martins, o Marrom, um dos líderes da ocupação.

Intensificar a campanha
A trégua só foi conquistada por conta da mobilização do povo do Pinheirinho e de uma campanha de solidariedade muito forte que, durante dias, sensibilizou a opinião pública nacional e internacional. Os moradores estão conscientes de que essa vitória foi muito importante, mas é apenas uma trégua. Durante esses 15 dias, eles intensificarão a mobilização com atos, panfletagens, atividades culturais, abertura do bairro para visitação entre outras atividades. A organização interna elaborada nas últimas semanas contra qualquer tentativa de reintegração de posse que possa ser realizada pela polícia será mantida.

Enquanto os moradores do Pinheirinho travam uma batalha jurídica e resistem à desocupação, o prefeito de São José dos Campos (SP), Eduardo Cury (PSDB) continua ignorando o problema e se nega a assinar protocolo de intenções com os governos estadual e federal. É hora de intensificar a campanha e aumentar a pressão, inclusive exigindo que o próprio governo federal pare apenas de falar e intervenha de forma concreta contra a reintegração e pela definitiva regularização do Pinheirinho.


Atualizada em 19/01/2012, às 10h27

Opinião: O que é um sindicalismo combativo? O exemplo do CPERS e a resistência dos educadores gaúchos

O que é um sindicalismo combativo? O exemplo do CPERS e a resistência dos educadores gaúchos
Por Matheus "Gordo", diretor do DCE-UFRGS/ANEL e da Juventude do PSTU

Tenho certeza que é de comum acordo entre todos que acompanham o desenrolar da mobilização dos educadores, em especial os diversos capítulos do processo de negociação entre o governo e o sindicato, que essa disputa se trata do principal embate político que hoje ocorre em nosso estado. E não acredito que poderia ser diferente. Os fatos ocorridos durante o ano de 2011 provam que esse é um enfrentamento entre concepções distintas de educação, que por consequência influenciam diretamente na vida de milhões de gaúchos, em especial a nós, os jovens estudantes.

Diante da grande campanha do governo e da mídia, que tentam a todo custo desmoralizar o movimento dos educadores, senti a necessidade de escrever esse artigo para trazer a verdade de volta ao debate. É uma tarefa dura, pois hoje enfrentamos uma aliança até então desconhecida pelo movimento social gaúcho: a do PT e da RBS. A família Sirotky, que antes era a maior inimiga da Frente Popular, hoje é aliada do governo na disputa pela consciência da população.
Queima das cartilhas da reforma do ensino médio na Esq. Democrática. PT classificou a atitude como fascista.

Mas enfim, entendo que a intransigência parte de Tarso, basta ver as ações desse governo durante seu primeiro ano de gestão. Ficou claro que Tarso, o PT e a CUT rejeitam a forma do CPERS de fazer movimento sindical. Entendo que entre os diversos elementos que constituem essa diferença se destacam dois aspectos. O primeiro é a correta insistência da entidade em manter como princípio a independência política e financeira dos trabalhadores frente a governos e patrões. O segundo aspecto se assenta no fato de que hoje, aqueles que se construíram nos maiores processos de mobilização protagonizados pela classe trabalhadora e a juventude brasileira rejeitam os nossos métodos luta tradicionais, ou seja, não estão conectados com os movimentos que se espalham aqui e no mundo, que confirmam a ação direta como a ponte para as conquistas dos subjugados.

No primeiro semestre sem nenhum acordo com as entidades representativas dos servidores estaduais do Rio Grande do Sul, que, diga-se de passagem, foram fundamentais para sua eleição, o Governador apresentou o plano de sustentabilidade financeira que tinha como principal item a reforma da previdência dos servidores estaduais, que avança na privatização do IPE. O governo Tarso aprovou essa reforma em plena eleição do CPERS, a “toque de caixa”, sem nenhum debate na sociedade e muito menos ouvindo a opinião das entidades representativas que eram contra.

No segundo semestre apresentou e aprovou da mesma forma uma reforma no ensino médio, sem sequer avaliar de maneira séria a opinião de pais e estudantes. Felizmente, a surpresa da galera também se refletiu em mobilização e demonstrou que a tal unanimidade, propagandeada pelo governo e a grande mídia e, infelizmente, fortalecida pela falida UGES, não passava de conversa fiada. Mesmo diante da grande desinformação dos estudantes foram quase 30 escolas que registraram protestos em diversas cidades do estado. Além dos que eram contra o projeto havia aqueles que pediam apenas tempo para o governo, mas nem isso foi possível obter. Algumas manifestações aconteceram de forma espontânea mas a grande maioria foram organizadas e contaram com a participação de entidades importantes do movimento estudantil como a ANEL – Assembleia Nacional dos Estudantes Livre, o Grêmio do Julinho e o DCE da UFRGS.
Protesto organizado por diversas escolas da capital. Na ocasião, os estudantes invadiram a reunião da CRE.

Onde está a democracia no Governo Tarso? Cadê o diálogo do Governo na tomada de suas principais decisões? O que eles querem é um sindicalismo e um movimento estudantil cooptado através de órgãos laranjas como o “Conselhão” e o finado Codipe, que foi derrotado pela absoluta falta de capacidade desse governo em dialogar.

É mais do que dever de um sindicato independente ir à luta na medida em que o governo não sinaliza em cumprir a lei que define o nível de vida daqueles que cumprem umas das tarefas mais essenciais para o desenvolvimento de nossa sociedade. Além disso, o CPERS não lutou sozinho. Quem vive o cotidiano das escolas sabe que a categoria apoiava sim as reivindicações do sindicato, que, como todo movimento que busca referência na sua base, constrói e legítima suas ações em fóruns democráticos, que são as tradicionais assembleias.

Infelizmente, na hora de greve o governo se utilizou de seu poder de coerção para intimidar e tentar frear o movimento. Desrespeitou o direito de greve e cortou o ponto dos educadores, assim como fez Yeda. Além disso, as ameaças por parte da SEDUC aos professores grevistas e direções de escola eram rotineiras. Conversando com professores e estudantes era possível perceber que muitos dos que permaneciam no trabalho alegavam esses fatores como os principais motivos para não acatar a decisão da assembleia e não a política defendida pelo sindicato.

Na verdade, toda essa campanha orquestrada pelo Governo Tarso, a grande mídia e o sindicalismo pelego tem a ver com a necessidade de descredenciar perante o público e os trabalhadores, a principal entidade que de fato enfrentou o governo Tarso e suas medidas contra os trabalhadores e a juventude. Acredito que o CPERS cumpriu seu papel e que é necessário seguir cada vez mais o exemplo de sindicalismo independente e combativo desenvolvido nessa e nas diversas entidades que, durante o ano que se passou, protagonizaram inúmeras lutas contra a política dos governos e os patrões, para melhorar a condição de ida daqueles que constroem de fato a riqueza de nosso país. A juventude do PSTU reivindica essa prática!





segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Urgente: Polícia Militar avisa que ‘reintegração será em breve’

“Só saio daqui num caixão do IML, porque não tenho pra onde ir com os meus filhos”, diz morador ao Portal.


LUCIANA CANDIDO, DIRETO DO PINHEIRINHO - SÃO JOSÉ DOS CAMPOS (SP)
 


• A Polícia Militar do estado de São Paulo jogou panfletos avisando os moradores do Pinheirinho que a reintegração de posse da área será em breve.

Os panfletos foram atirados nesta segunda-feira de um helicóptero da corporação. Detalhe: os policiais também atiraram pedras que provocaram danos em algumas casas. Felizmente, ninguém se feriu. Muitos policiais estão realizando rondas ostensivas nos arredores do bairro do Pinheirinho. Pela manhã, fracassaram as tentativas de um grupo de parlamentares que tentavam demover o comando da PM da decisão de desocupar a área. Participaram d reunião o deputado estadual Carlos Gianazi(PSOL), o vereador Tonhão (PT) e o advogado dos moradores, Toninho. O mandado de reintegração de posse permanece, e a ameaça de uma ação de despejo por parte da PM torna-se iminente.

“Tudo indica que a ocupação vai ocorrer nas próximas horas. É muito grande a tensão entre os moradores, mas todos nós estamos dispostas a resistir”, disse Valdir Martins, o “Marrom”, dirigente do Pinheirinho. Marrom também afirma que a operação pode terminar num verdadeiro massacre. “Toda a responsabilidade pela perda de vidas será do governo Alckmin, da Prefeitura e da Justiça”, denuncia.

No final da tarde desta segunda-feira, dezenas de sindicalistas estão realizando panfletagens no centro de São José dos Campos, denunciando a possível desocupação do Pinheirinho.

O Portal do PSTU entrevistou Reginaldo e Priscila, jovem casal que mora com seus dois filhos no bairro do Pinheirinho.

“Só saio daqui num caixão do IML, porque não tenho pra onde ir com os meus filhos”, diz Reginaldo. “Tô com vontade de chorar de raiva”, desabafa com seu filho de apenas um mês no colo.

“Vão tirar a gente daqui pra dar esse terreno para um ladrão”, questiona Priscila, ao lado de seu filho de 3 anos. “A gente gastou dinheiro aqui fazendo nossa casa. Agora eles não oferecem nenhuma condição”, afirma.

Neste momento, os moradores estão reunidos em assembleia para organizar a resistência. “Nossa coragem não está atrás de um escudo, não está atrás de uma arma. Está no rosto de cada um dos moradores do Pinheirinho”, disse “Marrom” a multidão reunida. 

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012


CPERS distribui outdoors na Capital, Região Metropolitana e Litoral Norte


O CPERS/Sindicato distribuiu no sábado (7) e no domingo (8) outdoors em Porto Alegre e nos municípios da Região Metropolitana e do Litoral Norte. Os cartazes começaram a ser instalados na manhã de sábado. Ao todo, foram instaladas 200 peças.

A campanha - a primeira ação do sindicato em 2012 - tem como objetivo denunciar a forma como o governo trata a categoria. Tarso governa com projetos em regime de urgência e decretos. É um governo sem transparência e autoritário.

É tudo feito às pressas e sem nenhum debate. O governo não tem agilidade nenhuma para garantir o que promete, como a lei do piso nacional, mas mostra-se ágil para atacar os direitos dos trabalhadores em educação.

Os cartazes destacam a frase Governo Tarso: mais um inimigo da educação. Também dizem porque o governo é inimigo da educação: não paga o piso nacional; não respeita o plano de carreira; desconta os dias da greve; quer desmontar o ensino médio.
Em novembro, o governador Tarso Genro foi retratado com nariz de Pinóquio em outdoors produzidos pelo sindicato. A categoria realizou entre os dias 18 de novembro e 2 de dezembro uma greve para cobrar o piso nacional e contra a reestruturação do ensino médio.

João dos Santos e Silva, assessor de imprensa do CPERS/Sindicato

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Tarso corta ponto dos educadores, mas a luta por investimentos na educação vai continuar!

Autoritário, governo corta ponto de quem participou da greve


Mesmo sabendo que os trabalhadores em educação que participaram da última greve recuperaram os dias parados, o governo do Estado decidiu cortar o ponto. Repete prática utilizada pelo governo Yeda. 
A greve foi realizada entre os dias 18 de novembro e 2 de dezembro,
Ao optar pelo corte de ponto o governo Tarso age com autoritarismo, uma vez que abonou as faltas das greves de 2008 e 2009.
Esse é mais um passo adotado pelo governador Tarso Genro no sentido de tentar impedir a luta dos professores e funcionários de escola.
Tarso segue exemplo do governo Yeda, que usou práticas semelhantes na tentativa de desmobilizar a categoria. O governador não conseguirá silenciar os educadores.
O CPERS/Sindicato aguarda decisão da Justiça em ação encaminhada com o objetivo de garantir o pagamento. 
A entidade cumpriu todos os requisitos exigidos de uma greve no setor público. Comunicou a sociedade com antecedência e o governo do Estado no mesmo dia em que a greve foi decretada.
João dos Santos e Silva, assessor de imprensa do CPERS/Sindicato
Mesmo sabendo que os trabalhadores em educação que participaram da última greve recuperaram os dias parados, o governo do Estado decidiu cortar o ponto. Repete prática utilizada pelo governo Yeda. 
A greve foi realizada entre os dias 18 de novembro e 2 de dezembro,
Ao optar pelo corte de ponto o governo Tarso age com autoritarismo, uma vez que abonou as faltas das greves de 2008 e 2009.
Esse é mais um passo adotado pelo governador no sentido de tentar impedir a luta dos professores e funcionários de escola.
Tarso segue exemplo do governo Yeda, que usou práticas semelhantes na tentativa de desmobilizar a categoria. O governador não conseguirá silenciar os educadores.
O CPERS/Sindicato aguarda decisão da Justiça em ação encaminhada com o objetivo de garantir o pagamento. 
A entidade cumpriu todos os requisitos exigidos de uma greve no setor público. Comunicou a sociedade com antecedência e o governo do Estado no mesmo dia em que a greve foi decretada.
João dos Santos e Silva, assessor de imprensa do CPERS/Sindicato

domingo, 1 de janeiro de 2012

O que os trabalhadores podem esperar do Governo Dilma em 2012 

Mais lucros para capitalistas... e ataques aos trabalhadores (texto publicado no Opinião Socialista nº 436)


EDUARDO ALMEIDA E JEFERSON CHOMA, DA REDAÇÃO
 


 
 
  Governo prepara mais ataques para 2012

• O governo Dilma é uma continuidade dos governos de Lula. Isso é verdade em muitas características essenciais, como a combinação entre a colaboração estreita com as grandes empresas e o apoio da maioria dos trabalhadores. Nesse momento é aplaudida pelos bancos e multinacionais instaladas no país e conta com apoio de 71% do povo brasileiro. Isso é possível pela combinação de crescimento econômico e o caráter desse governo que, aos olhos dos trabalhadores, aparece como "seu governo", quando na verdade governa para o grande capital.

Mas pode ser que Dilma represente um ataque aos trabalhadores bem maior do que seu antecessor. Tudo vai depender em que medida a economia brasileira vai ser afetada pela crise mundial. E é isso que vai afetar em maior ou menor medida a vida dos brasileiros em 2012.

O que mostra o primeiro ano do governo Dilma
Dilma já deu mostras do que é capaz: termina seu primeiro ano de governo acumulando alguns recordes nos ataques aos trabalhadores e favorecimento às grandes empresas.

Já nos primeiros dias, Dilma aplicou todo o receituário neoliberal para supostamente “combater a inflação”. Fez um corte de R$ 50 bilhões de reais do orçamento federal, o maior de toda a história. Nem FHC tinha conseguido fazer isso, e o maior corte dos governos Lula tinha sido de R$ 21,8 bilhões, em 2010. Esses cortes foram sentidos nos gastos sociais, com redução de 3,1 bilhões na educação e R$ 5 bilhões no programa de habitação Minha casa Minha vida.

Logo depois, impôs um arrocho no salário mínimo. Pela primeira vez, desde 1997, o mínimo foi reajustado abaixo da inflação (-1,3%). Ou seja, pior que na maior parte dos governos FHC e que nos dois mandatos de Lula. E fez isso exatamente quando os deputados tinham dado um reajuste a si mesmos de 62%, e quando a própria presidenta teve um reajuste de 132% no seu salário.

Por outro lado, Dilma impõe um comprometimento de toda a economia brasileira para o pagamento da dívida pública, o que é também inédito na história recente do país. Nada menos que 49,15% de todo o orçamento em 2011 foi destinado ao pagamento dos juros e amortização da dívida, segundo a Auditoria Cidadã da Dívida. Ou seja, cerca de metade de tudo o que se arrecada em impostos e taxas no país é entregue aos banqueiros para pagar uma dívida que já foi paga inúmeras vezes. O dinheiro que seria destinado à saúde, educação e reforma agrária alimenta os lucros dos banqueiros internacionais como nunca foi feito no país.

O orçamento de Dilma para 2012 repete a mesma situação. O governo vai gastar R$ 1,06 trilhão, ou seja, 48% de todo o orçamento com o pagamento aos banqueiros. Ou seja, o governo gastará muito mais com a dívida pública do que com o funcionalismo (R$ 203 bilhões), investimentos (R$ 165 bi) e Previdência Social (R$ 308 bi) juntos.

Não por acaso, os lucros dos bancos no país não param de crescer. Só nos últimos 14 anos cresceram 1.575%, uma média de 112% ao ano. Em 2010 os lucros dos bancos brasileiros cresceram 28,7%, quatro vezes mais que o PIB. Não é por acaso, a candidatura de Dilma recebeu mais dinheiro dos banqueiros do que a do próprio Serra.

As privatizações de Dilma começaram
As privatizações voltaram a cena neste ano. Apesar das promessas de campanha, o governo Dilma anunciou a entrega dos aeroportos ao capital privado. Os argumentos utilizados são os mesmos utilizados pelo governo FHC para privatizar as estatais. Ou seja, de que o setor público seria sinônimo de ineficiência e incompetência, ao contrário da iniciativa privada.

Como se não bastasse, o governo privatizou a Empresa dos Correios e Telegráficos, por meio da criação da Correios S. A., através da Medida Provisória 532. A medida ameaça o chamado monopólio postal, ou seja, a exclusividade na prestação de serviço de postagem e entrega de cartas, telegramas e correspondências em malotes. Também põe fim a universalização dos serviços postais. Associada ao capital privado que apenas visa o lucro, as regiões mais distantes do país poderão deixar de ser atendidas pelos Correios. Por fim, a privatização dos Correios também é uma ameaça aos mais de 107 mil funcionários contratados em regime celetista, que poderão enfrentar uma degradação das condições de trabalho e salários.