O governo Tarso quer alterar o ensino médio para atender aos empresários, o projeto já está pronto e para legitimá-lo promove reuniões com educadores e comunidade escolar.
Nas reuniões que aconteceram nos municípios que compõem a 28ª CRE as críticas ao projeto foram inúmeras, e vão desde o método como está sendo conduzido o projeto, pois as contribuições dos educadores não serão aceitas uma vez que o projeto não permite alterações, passando pela falta de estrutura das escolas e desvalorização dos educadores, até o conteúdo do projeto que além de reduzir de três para um ano e meio as aulas com os conteúdos curriculares atuais, retirando conhecimentos dos estudantes, o projeto só visa atender ao empresariado, que terá a sua disposição oferta de mão de obra semi qualificada.
Na reunião do dia 9/11 na câmara de vereadores, a 28ª CRE montou um circo para evitar contrariedades ao projeto. Levou para a câmara todos os CC’s da coordenadoria e convocou os colegas do partido para defender os projetos do Tarso.
Não bastasse isso, o secretário da educação, José Clóvis que vem tentando implementar a meritocracia através de decreto, tentou deslegitimar o sindicato. O ataque ao sindicato faz parte da estratégia adotada na reunião para desviar as atenções do principal debate, que os representantes do governo querem evitar, que o Tarso não cumpre a lei do piso e não investe em educação, mantendo ainda hoje as escolas de lata.
No CPERS discutimos questões pedagógicas, mas vamos além, o secretário sabe disso, só que hoje em dia o compromisso dele não é mais com esta entidade, que representa os anseios e as inquietações dos educadores, mas com um governo que não cumpre a lei, que não valoriza os educadores e que vem atacando direitos como foi com a privatização da previdência, o calote nos RPV’s, o aumento da contribuição da previdência, a tentativa de implantar a meritocracia e a implantação de projetos sem discussão com os educadores e a sociedade gaúcha.
O compromisso do CPERS é e sempre foi pela educação pública de qualidade. Se hoje ainda existe educação pública no Rio Grande do Sul, isso se deve a milhares de educadores e educadoras e a luta da categoria que, apesar dos ataques dos governos e que, infelizmente, Tarso tem se revelado como mais um governo a atacar a escola pública.
O compromisso do secretário é com um governo que dizia que não precisa da decisão do STF para pagar o piso e que depois recorre ao mesmo STF para ganhar tempo e enrolar os educadores. Este é de fundo o debate que os representantes do governo não querem encarar.
Se o governo estivesse de fato preocupado com a educação pública garantiria infra-estrutura necessária, com laboratórios, biblioteca, merenda de qualidade e remuneração justa aos trabalhadores em educação. Ao contrário o que o governo faz é, mais uma vez, não assumir suas responsabilidades jogando nas costas da categoria e da comunidade escolar o insucesso da escola pública.
Dia 18 de novembro vamos realizar nossa assembleia geral, debateremos nossa greve para exigir do Tarso o pagamento do piso salarial derrotar os ataques que vem promovendo na educação pública.
Nenhum comentário:
Postar um comentário