segunda-feira, 18 de abril de 2011

A PROPOSTA DA GM AMPLIA DIFERENÇAS SALARIAIS!

Conter a defasagem salarial

As fábricas da montadora de veículos da General Motors - GM - estão em São Paulo e aqui no Estado. E, de acordo com os números apresentados pela própria empresa, a fábrica que mais produz e gera os maiores lucros é a de Gravataí, para se ter uma idéia a montadora tem em caixa R$ 30 bilhões.

Contudo, inversamente os salários pagos aos trabalhadores daqui são os mais baixos do país. O salário do trabalhador da montadora em Gravataí é a metade do trabalhador da GM em são José dos Campos. Cabe informar ou lembrar é que: é a metade do salário para executar a mesma tarefa. Assim, ou os trabalhadores vão para a montadora em São Paulo ou tentam melhorar seus salários por aqui mesmo.

Esta discussão é importante, pois há uma proposta da GM em Gravataí para o acordo salarial deste ano. A empresa esta oferecendo menos de 3% de aumento real, proposta que amplia ainda mais a defasagem salarial, entre os trabalhadores, da montadora no país. No ano passado os trabalhadores da montadora em São Paulo, conquistaram um aumento real de quase 5%. Assim, se o acordo salarial for fechado nestes patamares, por aqui, vai aumentar ainda mais a diferença dos salários dos paulista em relação aos dos gaúchos.

Na verdade a proposta da empresa é de 9%, mas descontada a inflação do período que foi de 6,31%, o aumento fica em 2,6%, além disso, oferece uma participação nos lucros da empresa também menor que o conquistado pelos paulistas.

Para conter a defasagem salarial a saída é lutar para aumentar a proposta da empresa, buscar o apoio do sindicato e realizar atividades que chamem a atenção da empresa e da sociedade, pois a imagem que a empresa tenta construir é de valorização do trabalhador, tem algumas iniciativas neste sentido, mas a principal delas é pagar um salário digno e que diminua a diferença com São Paulo.

Em assembleia a direção atual do sindicato, que tem responsabilidade direta nestas distorções salariais, questionou os trabalhadores sobre se eles valem menos que um paulista, reconhecendo a abismo salarial entre os trabalhadores da mesma empresa. Para ser coerente com sua provocação, a direção do sindicato deve continuar a mobilização, acampando na frente da empresa e organizando os trabalhadores para pressionar a empresa a melhorar sua proposta e iniciar a diminuição das diferenças entre paulistas e gaúchos. Portanto, quem precisa responder alguma coisa é a direção do sindicato. Começando por explicar: Por que aqui o salário é menor que o de lá?

A luta é por:

12% de reajuste salarial;

R$ 7.000 de PPR par a100%

Abono de R$ 2.200



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