segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Conferência Municipal de Gravataí diz Não a proposta do governo de reestruturação do Ensino Médio.

Aconteceu nesta segunda – feira (31/10) na Câmera de Vereadores de Gravataí a conferência municipal. Depois de uma longa e monótona apresentação da proposta pela coordenadoria, dezenas de professores, alunos e pais fizeram falas contundentes de contrariedade ao projeto que o governo quer implementar a toque de caixa.

Diferente do que a coordenadoria queria encaminhar foi garantido que todos primeiro falassem para que ao final voltasse à palavra ao governo. Além da praticamente unanimidade das falas repudiarem o conteúdo e a forma como o governo esta fazendo, muitos denunciaram a situação de suas escolas, com falta de bibliotecas, laboratórios, falta de salas de aula, quadros estragados, etc...
Ficou evidente no debate que o que as escolas e os educadores precisam é de mais dinheiro. Precisam que o governo pague o piso aos educadores. Precisam que o governo destine 35% dos recursos do Estado para a Educação Pública.
Muitos colegas questionaram o caráter da conferência: se tínhamos poder de decisão ou se não passava de um faz de conta, uma verdadeira palhaçada só para respaldar, dar verniz democrático ao projeto do governo. Os colegas se referiam ao artigo do texto do governo que diz que não se pode alterar o projeto.
No final a coordenadoria se negou a encaminhar a proposta de votação para que se tivesse a posição da conferência de Gravataí. Diante da persistente negativa da coordenadoria de votar o encaminhamento, foi feito por professores do plenário a votação. A proposta do governo foi rejeitada quase por unanimidade, com apenas duas abstenções.
A negativa da coordenadoria de votar um mero encaminhamento para que se tivesse formalmente a posição do encontro de Gravataí, mostra mais uma vez o caráter anti democrático dos encontros e confirma que o projeto veio de cima pra baixo e querem fazer engolir de qualquer jeito.  Pode até se falar contra, mas não vai ter votação alguma em qualquer uma das etapas e muito menos estas votações irão ser consideradas na hora e implementar ou não as mudanças.
Ao perceber a grande contrariedade do projeto a coordenadoria tentou mostrar que se trata de pequenas modificações e ao final parecia que é só formalizar o que já esta sendo feito. Na verdade se trata de grandes mudanças que irão mexer com toda a vida nas escolas que passa pela ampliação da carga horária de aulas em 600hs nas que já existem e também modifica o critério para o concurso que será feito por área e não mais por  disciplina específica, conforme a faculdade dos professores.
O repúdio geral nas escolas, que se mostrou na conferência de Gravataí, deve se materializar na expansão da discussão na comunidade escolar,  repúdio a reestruturação em todos os espaços possíveis e engrossar a participação na assembléia geral convocada pelo CPERS para o dia 18 de novembro no gigantinho. Queremos o pagamento do piso salarial nacional já para professores e funcionários. Não ao decreto que altera os critérios de promoção. Abaixo a meritocracia. Não a forma e conteúdo de modificação do ensino médio proposto pelo governo Tarso e o Secretário José Clóvis.
No dia 09/11 na mesma câmera de vereadores de Gravataí  acontece a etapa regional. Mais uma vez vamos dizer não a esta reestruturação que só piora a situação da educação pública do Rio Grande do Sul. Como um pai falou: “devemos dar um não do tamanho do Rio Grande”.

terça-feira, 25 de outubro de 2011


 


 PARTIDOS ALIADOS NO GOVERNO DILMA
SE ENFRENTAM EM GRAVATAÍ
Não às eleições indiretas! Eleições Gerais,Já!
No dia 15, sábado, ocorreu a sessão na Camara de vereadores de Gravataí que cassou o mandato da prefeita Rita Sanco e do vice Cristiano, ambos do PT.
O motivo alegado para as cassações foram as dívidas com a CEEE e CORSAN, que após serem renegociadas saltaram de 9 milhões para 120 milhões a serem pagos em 300 parcelas, além da nomeação de um ex-sócio da filha da prefeita para a procuradoria do município.
O PSTU defende o não pagamento dessas dívidas, pois é um absurdo que empresas públicas(CEEE e CORSAN) e um banco público (Banrisul) pratiquem a mais pura agiotagem com o dinheiro dos gravataienses, ao multiplicarem 14 vezes o valor da dívida.
Também defendemos que todas as denúncias devam ser apuradas e os responsáveis devam ir para a cadeia e terem seus bens confiscados.
No entanto, o que está colocado na camara municipal é uma disputa pelo controle do aparato da prefeitura a revelia dos interesses da população e dos trabalhadores de Gravataí. É a antecipação do processo eleitoral de 2012.
O objetivo deste processo é promover a candidatura para prefeito do atual deputado estadual Marco Alba, o mesmo que no corrupto governo de Yeda, que desmontou os serviços públicos e desviou milhões de reais, era secretário e árduo defensor. Quem foi da turma da Yeda e é do partido de Sarney, Renan Calheiros, Padilha não defende os interesses da população.
Marco Alba possuí uma lista enorme de atitudes contra o povo e agora quer posar de bom moço, é a raposa velha com pele de cordeiro.
A RAPOZA NO GALINHEIRO
Mas quem são os algozes do PT?
A turma que cassou o mandato da prefeita tem suas credenciais. Não há escândalo neste país que não se veja políticos do PMDB, do DEM, do PTB, do PP, do PV ou do PSB envolvidos. Estes partidos todos nós conhecemos e sabemos que não possuem moral alguma para serem os defensores da moralidade pública.
Basta lembrar que estes vereadores são os mesmos que pretendiam aumentar em 100% os seus salários e só não aumentaram porque foram impedidos judicialmente.
Por fim, será que eles votariam pela cassação se a prefeita distribuísse mais cargos entre os vereadores?
DO PT DAS LUTAS PARA O PT DA COLABORAÇÃO DE CLASSES
O PT que hoje reclama ter sido vítima de um golpe é o mesmo que deu as costas para os trabalhadores e governou durante 15 anos a cidade a serviço da burguesia e de interesses próprios.
A SOGIL não tem nada a reclamar do PT, lucrou como nunca nestes 15 anos a custa dos usuários do péssimo transporte público, a GM agradece as benfeitorias e as isenções dadas pela prefeitura, obras que a prefeitura fez para a GM e nas vilas não são feitas. A prefeitura que é a quarta em arrecadação no estado não tem nenhum hospital público.
Mas, além de governar para os ricos o PT governa com os ricos. No governo Dilma, o PMDB ocupa a vice-presidência e vários ministérios, o PP, o PSB, o PTB também estão no governo, aliás o PSB e o PTB estão também no governo Tarso.
O escândalo do mensalão mostrou que o PT se adaptara ao velho estilo toma lá, dá cá, de negociatas e corrupção.
O PT de hoje não é mais a expressão da luta e das reivindicações do povo. É o partido da ordem e da política de gabinetes.
POR UM GOVERNO DOS TRABALHADORES
O PSTU defende que os trabalhadores é quem devem decidir sobre os rumos da prefeitura, não somos a favor do Impeachment, mas afirmamos que o principal responsável por isso é o próprio PT.
Somos a favor que os governos sejam depostos pela ação direta das massas, e por isso apoiamos o Fora Collor, o Fora FHC e o Fora Yeda, para citar alguns exemplos, mas o que se passa na camara de vereadores é a mera antecipação das eleições de 2012, sem nenhuma preocupação com os anseios e as necessidades dos trabalhadores.
Não é democrático que 14 vereadores elejam o novo ou a nova prefeita da cidade, defendemos que seja convocada uma nova eleição. Que a população decida, eleições, já!
Os atuais vereadores já demonstraram que o que os move são os interesses próprios, como aumento de salário, verbas da prefeitura e benefícios para os amigos. Essa camara não tem legitimidade para eleger ou cassar ninguém, nem moral para permanecer como vereadores.
O PSTU defende que a prefeitura deva assumir um programa a serviço dos trabalhadores e com os trabalhadores, através dos conselhos populares.

  • NÃO Á ELEIÇÃO INDIRETA PARA A PREFEITURA - ELEIÇÕES GERAIS PARA PREFEITURA E CAMARA DE VEREADORES!
  • NÃO PAGAMENTO DAS DÍVIDAS COM CEEE E CORSAN!
  • PRISÃO E CONFISCO DOS BENS DE TODOS OS CORRUPTOS E CORRUPTORES!
  • MAIS VERBAS PARA SAÚDE, EDUCAÇÃO E HABITAÇÃO!
  • FIM DO MONOPÓLIO DA SOGIL – POR UM TRANSPORTE PÚBLICO MUNICIPAL!
  • FIM DAS ISENÇÕES PARA AS GRANDES EMPRESAS!
  • CRECHES PARA TODAS AS CRIANÇAS!
  • PELA REABERTURA DA ESCOLA SANTA RITA!

sábado, 8 de outubro de 2011

Cortina de fumaça

O governo Tarso jogou nas escolas estaduais sua proposta de alteração para o ensino médio, as alterações estão contidas em um documento com mais de 40 páginas e os educadores devem arrumar algum tempo, entre sua exaustiva jornada de trabalho, para conhecer e tentar assimilar as alterações. Uma vez que serão várias mudanças para iniciar em 2012, são alterações significativas sem a devida discussão que se exige.

Os educadores são surpreendidos mais uma vez com mais um projeto do governo Tarso, o que não surpreende é a falta de tempo hábil para assimilação e preparação, não pode ser sério um projeto educacional sem discussão, tempo e investimentos.

Resumidamente podemos dizer que as mudanças atingirão a dinâmica das aulas e dividirão os estudantes. Pois o que se pretende é que nas escolas, em vez das disciplinas atuais os conteúdos devem ser integrados, divididos conforme as áreas do conhecimento usadas na avaliação do Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem: Ciências da Natureza, Ciências Humanas, Linguagens e Matemática. Assim os professores vão ter que assumir disciplinas que não tem formação, exemplificando: ficará sob a responsabilidade do professor de História a aula de Geografia, Filosofia e Sociologia, uma pergunta: como um professor que trabalha no mínimo 40 horas semanal, vai arrumar tempo para preparar aulas de uma disciplina que não teve a devida formação?

Já os estudantes serão divididos em três blocos: os que buscam uma formação mais geral, os que desejam sair do Ensino Médio com uma profissão e os que desejam acrescentar a essa etapa da vida escolar uma formação técnica sólida, no papel é muito atraente a proposta.

Sem aprofundar muito a análise sobre a proposta do governo Tarso, o que está em jogo aqui é o desvio do verdadeiro debate que o governador não quer encarar: o pagamento do Piso Salarial para os educadores. O Tarso não só foge do debate sobre o piso como ainda não investe o mínimo constitucional previsto para a educação. Assim estas mudanças anunciadas servem como cortina de fumaça para esconder o principal debate que é a valorização dos educadores e os investimentos na escola pública.

O que queremos, antes destas surpresas de fim de ano, é a aplicação imediata do Piso Salarial para professores e funcionários, o investimento de 35% da receita estadual para a educação, e a exigência para que a Dilma destine imediatamente 10% do PIB para a educação pública. O debate sobre projetos do governo precisa de tempo, façamos envolvendo todos os segmentos da escola e a comunidade escolar, e não aos atropelos como estão sendo encaminhados. Encaremos os problemas sem subterfúgios senhor governador, pague o piso ou então a educação para!