terça-feira, 22 de novembro de 2011

Os educadores e a população respeitam as leis.

Nós educadores em greve iremos cumprir com nossas obrigações, como sempre fizemos, assim garantiremos a efetivação dos 200 dias letivos da LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), nenhum estudante será prejudicado no seu direito de ter suas 800 horas de aulas.

Os educadores cumprem as leis, aliás, como toda população que trabalha que sai bem cedo de casa, que pega às vezes dois ônibus para chegar ao emprego, nós trabalhadores cumprimos nossa jornada de trabalho, pagamos nossos impostos e contas, observamos os regramentos que estabelecem os parâmetros mínimos de convivência social, e se por ventura esquecemos algo, somos lembrados com penalizações e muitos juros.

O mesmo não acontece com os candidatos eleitos, um exemplo é o atual governador dos gaúchos o Tarso Genro, que não cumpre duas leis, só para começo de conversa, uma delas é a Constituição Estadual que no seu artigo 202 reza: 
“O Estado aplicará, no exercício financeiro, no mínimo, trinta e cinco por cento da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino público.”

O Estado está descumprindo esta lei anualmente: em 2010 teria que ter gasto com Educação o valor de R$ 6,2 bilhões para cumprir os 35% das Receitas Líquidas de Impostos e Transferências, no entanto gastou R$ 4,3 bilhões (24,4%, bem abaixo da norma constitucional estadual). Os R$ 2 bilhões não gastos com educação poderiam resolver os problemas principais da educação no Estado, além de garantir o pagamento do Piso Nacional.

 A segunda lei que o Tarso não cumpre é a lei do Piso Salarial Nacional, lei que foi criada, quando o próprio governador era ministro da educação, como resultado da luta de vários anos dos educadores no país, lei que foi questionada pela Yeda, mas confirmada pelo STF como constitucional, por tanto lei que não fere a lei maior deste país e que, além disso, foi promessa de campanha do candidato Tarso.

Nós educadores em greve exigimos que o atual governador dos gaúchos cumpra as leis, e queremos lembrar que seu primeiro compromisso deve ser com aqueles e aquelas que constroem este Estado, seu compromisso deve ser com os trabalhadores, com a população pobre que depende da escola pública de qualidade para seus filhos.

Nosso movimento se legitima por essas  situações e que Tarso discuta de fato as mudanças na escola pública, com quem esta na linha de frente da escola, que vive todos os dias as dificuldades do exercício da profissão. Quinta dia 24/11 realizaremos em frente ao Piratini nosso ato público, convidamos a comunidade escolar e todos que se importam com a escola pública a participar.

Tarso não cumprir a lei é grave e o fim da greve só depende de você!

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

AGORA É GREVE



Reunidos em assembleia geral nesta sexta-feira (18), no Gigantinho, em Porto Alegre, os educadores aprovaram a realização de uma greve por tempo indeterminado a partir de hoje. A categoria exige a implementação do piso salarial para professores e funcionários de escola.
A categoria também cobra a retirada dos projetos de reforma do ensino médio e de alterações nos critérios de avaliação dos professores.

A greve foi aprovada por ampla maioria, o que mostra a disposição dos educadores de lutar por uma importante conquista da categoria, pela manutenção dos planos de carreira e por uma educação de qualidade para os filhos dos trabalhadores gaúchos.


Após a assembleia geral, os educadores realizaram uma caminhada até o Palácio Piratini, no centro da capital gaúcha. Na sede do governo estadual foi entregue um documento oficial comunicando a decisão da categoria e os motivos da greve.

Em frente ao Piratini foi lembrado que os governos, invariavelmente, dão às costas para os trabalhadores. Durante as campanhas eleitorais fazem promessas e, depois de eleitos, usam de inúmeros artifícios para não atender as reivindicações apresentadas pelos trabalhadores.

Foi lembrado também que o final do ano letivo está nas mãos do governador Tarso Genro que deve garantir o pagamento do piso salarial e retirar os projetos que atacam a educação e os educadores.

Assim como os trabalhadores são obrigados a cumprir leis, como a que regra o número horas aula por ano, o governo também deve cumprir leis, como a do piso salarial.


A mobilização começa imediatamente. No sábado (19), às 9h, na sede do sindicato em Porto Alegre, acontece a primeira reunião do Comando de Greve. Comandos também serão instalados nos núcleos da entidade. Uma nova assembleia geral será realizada no próximo dia 24, na Praça da Matriz, em Porto Alegre.
João dos Santos e Silva, assessor de imprensa do CPERS/Sindicato
Fotos: Cristiano Estrela

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Dia 18/11 Assembleia Geral do CPERS! A maioria dos 42 núcleos do sindicato já votaram pela greve a partir do dia 18 exigindo do Tarso o pagamento do Piso Salarial para professores e funcionários!

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

A 28ª CRE montou o circo para o secretário da educação atacar o CPERS

O governo Tarso quer alterar o ensino médio para atender aos empresários, o projeto já está pronto e para legitimá-lo promove reuniões com educadores e comunidade escolar.

Nas reuniões que aconteceram nos municípios que compõem a 28ª CRE as críticas ao projeto foram inúmeras, e vão desde o método como está sendo conduzido o projeto, pois as contribuições dos educadores não serão aceitas uma vez que o projeto não permite alterações, passando pela falta de estrutura das escolas e desvalorização dos educadores, até o conteúdo do projeto que além de reduzir de três para um ano e meio as aulas com os conteúdos curriculares atuais, retirando conhecimentos dos estudantes, o projeto só visa atender ao empresariado, que terá a sua disposição oferta de mão de obra semi qualificada.

Na reunião do dia 9/11 na câmara de vereadores, a 28ª CRE montou um circo para evitar contrariedades ao projeto. Levou para a câmara todos os CC’s da coordenadoria e convocou os colegas do partido para defender os projetos do Tarso.

Não bastasse isso, o secretário da educação, José Clóvis que vem tentando implementar a meritocracia através de decreto, tentou deslegitimar o sindicato. O ataque ao sindicato faz parte da estratégia adotada na reunião para desviar as atenções do principal debate, que os representantes do governo querem evitar, que o Tarso não cumpre a lei do piso e não investe em educação, mantendo ainda hoje as escolas de lata.

No CPERS discutimos questões pedagógicas, mas vamos além, o secretário sabe disso, só que hoje em dia o compromisso dele não é mais com esta entidade, que representa os anseios e as inquietações dos educadores, mas com um governo que não cumpre a lei, que não valoriza os educadores e que vem atacando direitos como foi com a privatização da previdência, o calote nos RPV’s, o aumento da contribuição da previdência, a tentativa de implantar a meritocracia e a implantação de projetos sem discussão com os educadores e a sociedade gaúcha.

O compromisso do CPERS é e sempre foi pela educação pública de qualidade. Se hoje ainda existe educação pública no Rio Grande do Sul, isso se deve a milhares de educadores e educadoras e a luta da categoria que, apesar dos ataques dos governos e que, infelizmente, Tarso tem se revelado como mais um governo a atacar a escola pública.

O compromisso do secretário é com um governo que dizia que não precisa da decisão do STF para pagar o piso e que depois recorre ao mesmo STF para ganhar tempo e enrolar os educadores. Este é de fundo o debate que os representantes do governo não querem encarar.

Se o governo estivesse de fato preocupado com a educação pública garantiria infra-estrutura necessária, com laboratórios, biblioteca, merenda de qualidade e remuneração justa aos trabalhadores em educação. Ao contrário o que o governo faz é, mais uma vez, não assumir suas responsabilidades jogando nas costas da categoria e da comunidade escolar o insucesso da escola pública.

Dia 18 de novembro vamos realizar nossa assembleia geral, debateremos nossa greve para exigir do Tarso o pagamento do piso salarial derrotar os ataques que vem promovendo na educação pública.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Estudantes da ANEL apoiam greve dos educadores!


ANEL - RS 






O quadro que encontra-se no Brasil nos mostra claramente o desmonte que se encaminha aos serviços públicos. Mortos nos corredores dos hospitais que aguardavam leitos tornam-se cada vez mais normais. Os pífios investimentos em segurança, servem bem somente ao grande capital, seja na implantação das aclamadas UPP's, seja na expulsão de famílias de baixa renda de locais estratégicos, mascarando a pobreza e miséria em que vivem os brasileiros, frente aos estrangeiros famintos pela copa do mundo.

Na educação a situação não é nada diferente, são cada vez mais intensos os ataques ao ensino público, como a reforma do ensino médio que o transformará num curso técnico, para a formação de mão de obra mais rápido e acessível, arrastando para mais longe da realidade dos jovens o ensino superior. Enquanto o ensino privado continuará, com seu currículo intacto e preparando os jovens para o vestibular.

Infelizmente tal reforma é apenas uma pequena amostra do novo PNE proposto pelo governo Dilma, que também cita a histórica bandeira do movimento estudantil, o investimento do PIB para a educação que, de acordo com o PNE, chegará a 7% - talvez - até 2020. A juventude não pode mais esperar! Queremos um ensino superior público e de acesso à todos! 10% do PIB já! Não aceitaremos mais as políticas conciliatórias como PROUNI e ENEM que não passam de cortinas de fumaça que canalizam dinheiro público para instituições privadas, garantindo a farra dos "tubarões" do ensino, ao invés de garantir o acesso a todos ao ensino superior público.

Nesse contexto, o governo Tarso segue, sem nenhuma polêmica,aplicando a mesma política para a educação do governo federal. Eleito com base em promessas aos educadores, como o pagamento imediato do piso e a retirada do processo aberto pela ex-governadora Yeda, logo no início do ano essas promessas já ruíram.

Porém, parecem ter esquecido que rivalizaram com um governo já desgastado por uma categoria que chamava incansavelmente o FORA YEDA! Categoria que, sem dúvida, não vai baixar a cabeça frente aos calotes aplicados pelo Tarso!

Dessa maneira, se faz imprescindível uma resistência mais dura contra tais ataques, dessa necessidade surgiu a proposta de uma greve dos servidores da educação para o próximo mês, pelo imediato pagamento do Piso Nacional dos Educadores e pro 10% do PIB para a educação!

Nós da Anel, que sempre estivemos lado a lado nas lutas com a classe trabalhadora, temos o dever de estarmos em cada escola e faculdade mostrando, a real necessidade da greve, como ferramenta em defesa da classe. Foi chamada para o dia 18/11 uma assembléia geral dos educadores no Gigantinho, para votar o início da greve. Pelo cumprimento imediato da lei que garante o pagamento do piso salarial dos educadores e pelos 10% do PIB para educação. Então, a IV Assembleia Estadual da ANEL – RS declara seu apoio a construção da greve dos educadores do RS, e chama todos os estudantes a apoiar!