segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Fechando para balanço... temporariamente.

Boas festas e boas lutas em 2011!

É preciso sonhar, mas com a condição de acreditar no nosso sonho, de observar com atenção a vida real, de confrontar a observação com nosso sonho, de realizar escrupulosamente nossas fantasias. Sonhos acreditem neles. (Lênin)

Excelente novo ano e que a alegria seja uma constante nas suas buscas! Lembrando que os problemas que não tem solução, já estão resolvidos! Os demais devem ser encarados como desafios que dão sabor à vida! Um 2011 cheio de realizações do lado dos seus e de quem é especial pra você! Fiquem bem, fraterno abraço!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Autoritarismo em Gravataí

Readmissão Já!

Inaceitável a demissão dos funcionários da escola Santa Rita, a prefeita de Gravataí, Rita Sanco, demitiu, sem motivação aparente, um funcionário e duas merendeiras da escola, justamente quem mais participou das mobilizações em defesa da escola.
Qual o crime cometido pelos trabalhadores da escola?

Os funcionários foram demitidos por lutar por aquilo que acreditam, punidos por defender a escola de seus filhos. Lembre-se prefeita das famílias destes trabalhadores, que passarão por apertos, além da dificuldade destas pessoas de encontrar novos empregos.

Os trabalhadores não podem ser punidos por suas ações políticas, estavam exercendo seu direito de manifestação. Atitudes punitivas não se enquadram com a política que o PT sempre defendeu, partido que se construiu da necessidade de impedir o autoritarismo dos coronéis.

Reveja estas punições prefeita Rita Sanco, recontrate os trabalhadores e deixe a escola Santa Rita em paz.

Encaminhe seu protesto para o gabinete da prefeita é gabgravatai@gmail.com

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Nenhum banco no Adelaide

O projeto do Unibanco/Itaú, de intervenção nas escolas públicas, foi rejeitado no Adelaide. A diretora da escola não consultou o grupo de professores, sobre sua intenção de trazer o projeto para escola. Só apresentou agora no fim do ano, pois o projeto começaria em 2011. Inclusive veio na escola a coordenadora estadual, a pedido dos professores, para apresentar o projeto.

Depois de duas reuniões o grupo decidiu e o conselho da escola votou contra o projeto. 
Mas a luta esta só começando porque o projeto vai se instalar em outras escolas da região, escolas com histórico de participação nas mobilizações da categoria.

Parabéns colegas do Adelaide, pois souberam dizer não a privatização da escola pública.


quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

PROJETO DO UNIBACO/ITAÚ = VERBAS DO ESTADO PARA EMPRESÁRIOS.

Projeto Jovem de Futuro = desobrigação do Estado com a escola pública.

O chamado Projeto Jovem de Futuro, que foi criado pelo Unibanco, consiste em colocar dinheiro nas escolas, de acordo com metas a serem atingidas, durante os três anos do ensino médio.

O projeto esta fechando o primeiro ciclo em 23 escolas, começou em 2008 em 25 escolas, mas duas foram desligadas por não atingir as metas. O Unibanco foi comprado pelo Itaú, mas o projeto se mantém com a mesma filosofia por que foi concebido, desobrigar o Estado do investimento nas escolas públicas, pois as escolas que desenvolvem o projeto, passam a se organizar como entidades privadas e não veem mais o Estado como mantenedor do funcionamento da escola.

Só lembrando que os recursos que vão para uma determinada escola é o mesmo que deveria ser pago em imposto de renda, assim ao invés de fortalecer os cofres públicos com o imposto devido, o Itaú, novo dono do Unibanco, aplica em uma escola só, diminuindo os recursos para as mais de três mil escolas públicas, portanto o dinheiro que vai para uma escola não é investimento e sim a destinação do imposto, que seria dividido, mas fica concentrado em uma só escola.

A lógica mercantil e empresarial é o norte do projeto, os estudantes são avaliados por uma única prova a cada seis meses, que servirá como referência para a continuidade do projeto ou não. Os educadores e os estudantes, que tiverem boas pontuações, serão premiados, mas os que não conseguirem se afirmar durante o projeto serão excluídos. É a mesma lógica, que permeou o projeto do governo quem vai embora, à meritocracia que foi derrotada.

O projeto agora vai instalar-se em outras 25 escolas, que durante três anos foram escolas de controle, uma espécie de contraste, e agora passam a ser de intervenção, ou seja, aplicarão o regime de metas e premiação. Entre as 25 novas escolas está à escola Adelaide Lima, o querido Polivalente, que vai ter que mudar sua filosofia para se adequar ao projeto. Depois de duas reuniões a grande maioria dos professores expressou rejeição ao projeto, por vários motivos, alguns já expressos no texto, mas uma situação em particular foi bastante lembrada nas reuniões: o projeto nem bem chegou e já provocou fissuras no bom ambiente de trabalho. Ambiente que foi construído ao longo de vários anos pelos educadores e estudantes.

Isso porque, como este projeto faz parte da lógica neoliberal, o estímulo ao individualismo e a competição são inerentes, portanto a construção coletiva da busca de resultados será substituída pela lógica do confronto e exclusão. É preciso também entender que estes projetos de parcerias com iniciativas privadas fazem parte de planos bem mais amplos, que buscam diminuir o papel de indutor de políticas públicas por parte do Estado, sobrando recursos para investir em setores empresariais.

Trabalhar no Polivalente sempre foi uma satisfação muito grande, a direção atual é muito acolhedora, profissional e democrática, pelo menos foi até este momento.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Brasília de todos, com salários de 26,7 mil reais.

Em poucas horas, em regime de urgência, os deputados acabaram aprovando um aumento bem generoso, óbvio, pra eles mesmos. Os salários passarão de míseros 16,5 mil para 26,7 mil reais, um aumento de 10 mil reais, tudo isso assegurado em um decreto legislativo, o que significa que não precisa ser sancionado, pois só precisava, como foi, ser aprovado no congresso e senado.

Mas não foram só os deputados que tiveram reajustes, os ministros e a presidente também, e bem mais generosos, pois enquanto os deputados terão 61,8% acrescidos em seus salários, a presidente, seu vice e os ministros ficarão com 130% de aumento. A jogada foi igualar todos os salários aos dos ministros do STF, assim todos em Brasília, menos quem levanta cedo e trabalha, receberão 26,7 mil reais.

Enquanto isso a sinalização é de que o salário mínimo ficará mesmo em R$ 540,00. Isto só demonstra o distanciamento destes senhores da realidade da população, que vive de salário mínimo ou que ganha pouco, salários que terminam na primeira quinzena de cada mês, o final de cada mês é garantido com empréstimos e tantas outras formas de endividamentos.

Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), somente em outubro deste ano, a cesta básica teve expressivo aumento em 16 das 17 capitais brasileiras pesquisadas. Em São Paulo, o aumento foi de 5,27%, elevando a cesta básica no Estado para R$ 253,79, o maior custo de produtos alimentícios do país. O maior aumento foi em Curitiba (PR), de 5,78%.

Por isso, a proposta que precisamos defender é dobrar de forma imediata o salário mínimo, em janeiro de 2011 para R$ 1.020, como um passo importante para se garantir realmente um salário mínimo digno. Afinal, o mesmo Dieese, calcula que o salário mínimo deveria ser de R$ 2.132, já em outubro de 2010, para se garantir minimamente os gastos dos trabalhadores com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. Este valor equivale a 4,18 vezes o valor do mínimo atual.

Nossa tarefa é lutar não só por um salário mínimo digno, já no ano que vem como também impedir ataques previsíveis do novo governo aos trabalhadores, que já estão sendo anunciados pela grande imprensa, como por exemplo, a proposta de uma nova reforma da Previdência que aumentaria ainda mais a idade mínima para a aposentadoria.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Novo ministro da Previdência admite nova reforma

André Freire

• Garibaldi Alves Filho, senador pelo PMDB do Rio Grande do Norte, após pressão do vice-Presidente da República e Presidente do PMDB, Deputado Michel Temer, foi confirmado pela Presidente eleita Dilma Rousseff para o comando do Ministério da Previdência Social.

Logo em suas primeiras declarações já fica explícito os objetivos do novo governo para esta importante área. O Portal Terra divulgou declarações do novo ministro repetindo o mesmo discurso de que o grande problema da Previdência Social é o seu déficit e admitindo a necessidade de uma nova Reforma da Previdência.

Questionado sobre a razão do ministério não ter se mostrado capaz de resolver os problemas do setor, apesar de avanços na redução das filas e na resolução dos problemas de aposentadoria, Garibaldi afirmou: “Esse é um grande desafio porque o Ministério não tem se revelado capaz de enfrentar o problema da Previdência”, disse e ainda completou: “Mas o problema grave mesmo é o déficit da Previdência”, afirmou.

Ao Portal, o futuro ministro admitiu fazer a reforma da Previdência. “A reforma da Previdência será uma decisão da presidente, mas com todo governo. Esse será um assunto de repercussão no governo todo”, disse.

Mentiras

O que o novo Ministro não fala é que a Previdência Social é superavitária, ao contrário do que é afirmado pelo governo. Se os sucessivos governos fossem proibidos de desviar dinheiro da Previdência Social para outras áreas, este problema já teria sido resolvido há muito tempo.

Todos os anos se desviam verbas da Previdência Social para se garantir as metas de superávit primário, mecanismo criado para economizar dinheiro que seria fundamental para garantir um salário digno para os aposentados e pensionistas, para pagar “religiosamente” os juros e amortizações da dívida pública. É isso mesmo, mais dinheiros para os banqueiros e menos dinheiros para se investir em educação, saúde, habitação e saneamento.

Foi contra estas medidas anunciadas pela grande imprensa, que visam atacar ainda mais os direitos dos trabalhadores, que no último dia 25 de novembro se reuniram em Brasília várias entidades do movimento sindical e popular, como a CSP-Conlutas, FST, Cobap, MTL, MTST, Intersindical, entidades ligadas a outras centrais sindicais, entre outras, para começar a construir um plano de ação que resista aos ataques e defenda os direitos dos trabalhadores e do povo pobre.

No dia 27 de janeiro, este mesmo coletivo de entidades volta se reunir em Brasília para definir de forma mais concreta o calendário de atividades e mobilizações que ocorrerão já no primeiro semestre do ano que vem.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Wikileaks, Lula e os EUA Vazamento de documentos mostra tom conciliador de Lula diante do império

 Matéria do site do pstu.org.br


 


• O vazamento de documento da diplomacia norte-americana, publicados pelo site Wikileaks, não está produzindo apenas constrangimentos para os EUA.

Documentos relatando conversas entre representantes diplomáticos norte-americanos com o então staff do primeiro mandato do governo Lula, afirmam que o país estaria mais perto de Washington do que de Caracas e Havana.

Antes de assumir o primeiro mandato, em 2003, o então presidente eleito e seus assessores deram mostrar de que o futuro governo seria mais alinhado com os EUA, governado na época por George W. Bush.

O assunto de uma primeira reunião entre o então subsecretário de Estado para o Continente, Otto Reich, com Lula, José Dirceu (futuro ministro da casa Civil), Antonio Palocci (da Fazenda) e o senador eleito Aloizio Mercadante, realizada em novembro de 2002, discutiu, entre outros temas, as relações do PT com o Foro de São Paulo e com as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

Em seu relato do encontro, o diplomata norte-americano disse que não havia interesse do Brasil em se relacionar com as FARC, e que o plano era desempenhar uma diplomacia dura, inclusive com ameaças de retaliação à guerrilha caso atravessassem a fronteira. “As Farc precisam entender que, se cruzarem a fronteira e entrarem no território brasileiro, o governo Lula vai usar força militar e tratá-las como inimigas”, teria dito José Dirceu no encontro.

Já Mercadante teria dito que o Foro de São Paulo era composto por esquerdistas “ultrapassados” que poderiam “aprender com o modelo democrático do PT” . No entanto, logo após a reunião Merdadente teria dito outra coisa para a impensa. "Os americanos sempre jogaram duro, e agora vamos ter um governo que vai jogar tão duro como eles" , disse.

Naquele mesmo dia, Lula recebeu outros convidados, como William “Bill” Rhodes, vice-presidente do Citigroup. J[a na época ficou claro o objetivo do futuro governo: acabar com a as desconfianças dos setor financeiro e dos investidores estrangeiros sobre o futuro governo do PT.

Bill Rhodes, no final da reunião, a considerou como “muito positiva”."Mas não posso dizer por que foi muito positiva.", disse o banqueiro que ainda informou que o setor financeiro poderia ajudar Lula a cumprir seu programa de governo. Mas disse que não podia falar como ajudaria. Nem precisava. O tempo se encarregou de responder. Nunca da história desse país os banqueiros lucrariam tanto.

Nas próximas semanas, a presidente eleita Dilma Rousseff vai percorrer o mesmo caminho da equipe de Lula em 2002. Dilma já foi convidada a se reunir com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e também com empresários do país. Mas diferente do passado, não nenhum temor com o suposto “anti-imperialismo” do PT. É a vez de Dilma mostra que a confiança é total. 

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

AVANÇAR PARA FEDERAÇÃO

A unidade é o alicerce da nova organização.

O conjunto do funcionalismo público, representados em dez entidades, que organizaram a luta contra os ataques da Yeda, desde o inicio de 2009, esta buscando viabilizar a continuidade de um organismo comum de debate e de unidade para as lutas.

A continuidade da luta em torno da defesa de direitos tem que continuar, e agora voltar suas baterias para além das medidas mais imediatas, como salário e condições de trabalho, pois está em pauta a nova reforma da previdência, anunciada e exigida pela burguesia nacional e por organismos internacionais que gerenciam a economia mundial.

O FSPE, Fórum dos Servidores Públicos Estaduais, discute agora a possibilidade de se transformar em uma federação. O processo esta em curso, estatuto de funcionamento, ou seja, como serão as deliberações e sua organização, devem ser construídos coletivamente, pela base e com ampla democracia e respeito as diferenças metodológicas.

Um novo capítulo se abre na história da luta dos servidores públicos, a criação de uma entidade que permita o amplo debate e encaminhe a luta, contra os ataques dos governos de plantão, irá fortalecer a trincheira dos trabalhadores, todo avanço nas conquistas e na manutenção dos direitos ajudará de conjunto a luta da nossa classe trabalhadora.

A unidade que permitiu a criação do fórum é o alicerce para a constituição de uma federação.