terça-feira, 31 de agosto de 2010

A DISPOSIÇÃO PARA LUTAR IMPEROU NA AUDIÊNCIA PÚBLICA

Ontem na audiência pública, realizada para ouvir a população sobre o fechamento da escola Santa Rita, ficou nítida a disposição da comunidade escolar, professores e estudantes para lutar na defesa da escola.

O espaço foi pequeno para abrigar quase quinhentas pessoas, que em sua maioria manifestavam-se a favor da escola técnica, mas contra perder uma escola do município. O desespero da prefeitura é grande, pois está perdendo o debate e não é pra menos, quem é que apóia o fechamento de escolas. Esta situação ficou evidente em uma denúncia feita pela diretora da escola Santa Rita, que cobrou da secretária da educação porque outras escolas municipais receberam ônibus, para levar estudantes até a audiência, enquanto a escola Santa Rita não recebeu a mesma atenção, além disso, a audiência estava repleta de CCs e de cabos eleitorais dos candidatos do PT, que tentavam intimidar as pessoas em suas manifestações de apoio à escola Santa Rita.

As falas abertas ao público em sua maioria defenderam a escola e indicaram alternativas para resolver o impasse, as manifestações de apoio a prefeitura não tiveram boa recepção na audiência.

A única conclusão que se pode chegar do resultado da audiência pública é o que ficou sintetizado na fala de uma das professoras da escola, ou seja, a disposição de lutar para manter aberta a escola pública Santa Rita e o orgulho por poder dizer que fez parte desta luta.

O que fica é a necessidade da comunidade da COHAB e arredores de fazer uma grande manifestação pública, para demonstrar de vez o tamanho da sua indignação e de levar a sua revolta até a porta da prefeitura e chamar para o diálogo quem pode resolver este impasse logo, a prefeita e professora Rita Sanco.

Nós do PSTU estamos juntos com a comunidade da COHAB na defesa da escola. E acreditamos na moblização e ação direta da população. Estivemos na luta contra o governo corrupto da Yeda, realizamos em Gravataí um ato que movimentou a cidade, dirigido pelo 22° núcleo do CPERS, mas com a militância do PSTU presente na organização.
Precisamos repetir a dose, direcionar nossa reivindicação, envolver a comunidade e fazer o grito ultrapassar as barreiras do estado.
O governo Lula concedeu quase 700 milhões para GM, será que não tem três milhões para construir uma escola?

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

EM DEFESA DA ESCOLA SANTA RITA.Hoje 19 horas audiência pública na câmara de vereadores de Gravataí

No início da noite de hoje, teremos a audiência pública na câmara de vereadores de Gravataí. De um lado a intransigência da prefeitura e do o outro um clamor da sociedade que não quer perder a escola. 
A prefeita Rita Sanco tem que ouvir a comunidade escolar e resolver o impasse, não pode ser que uma conquista da cidade, que é a escola técnica, se torne um pesadelo para a população. 
O impasse está em construir um prédio novo, solicitação da comunidade ou abrigar a escola técnica na atual estrutura de escola Santa Rita que é a proposta da prefeitura. 
Mas o que está por trás da proposta da prefeitura?
Primeiro que a escola Santa Rita é a única do município que tem ensino médio, portanto ao federalizar a escola, termo pomposo para fechamento, a prefeita se desobrigará com o ensino médio, repassando a obrigação para o estado. Portanto se livraria deste investimento.
Outra situação é que ao fechar o Santa Rita, seria uma escola a menos para a prefeitura atender, permitindo mais economias, algo como a Yeda fez no estado e hoje usa na campanha como déficit zero, ou seja cortes nas áreas sociais.
Por último o uso da vinda da escola técnica na campanha eleitoral, os defensores da prefeitura na câmara, já afirmaram a paternidade ou maternidade desta conquista, deprimente.
Portanto, todos e todas à audiência pública hoje às 19 horas na câmara de vereadores de Gravataí, para defender a educação pública de qualidade.
Por um conselho gestor com a comunidade participando em todos os momentos do processo da escola técnica.
Em defesa da escola Santa Rita!

domingo, 29 de agosto de 2010

ATIVIDADE DA CAMPANHA COM CAMINHADA NA COHAB

Esta semana visitamos escolas e fábricas com nossos materiais e realizamos, no sábado, uma caminhada na COHAB, em Gravataí.




Entre as escolas que visitamos, na Anita Garibaldi e na Barbosa, reencontrei estudantes e colegas educadores que manifestaram apoio a nossas candidaturas. Recebi comentários sobre os programas na TV, que muito nos ajudarão a produzir novos.
No distrito industrial de Cachoeirinha, onde trabalhei, revi colegas de fábrica e conversamos com outros operários.

Finalizamos a semana fazendo uma caminhada, na COHAB, com a militância do PSTU e com nosso candidato ao governo Júlio Flores e a vice Vera Rosane e a Andréa nossa candidata a deputada estadual.

Finalizamos a caminhada na casa da Magda, colega educadora, que nos ofereceu um café.



sexta-feira, 27 de agosto de 2010

CPERS e os candidatos ao governo do estado


CARTA-COMPROMISSO É ENTREGUE AOS CANDIDATOS NO FINAL DO ENCONTRO

Nosso candidato Júlio Flores professor estadual iniciou sua fala resgatando a luta que se travou neste estado pelos educadores contra a Yeda, um governo corrupto que sucateou a educação e que mandou reprimir as atividades da categoria. Denunciou o bloqueio da mídia que apresenta sempre só os candidatos da burguesia e ressaltou que o PSTU está nas eleições para apresentar uma alternativa à classe trabalhadora com um programa socialista financiado pelos próprios trabalhadores. 
Falou do engôdo dos 1500 da Yeda e que o governo federal também ataca o piso, ao rebaixá-lo e que deixou de fora os funcionários e  exigiu o compromisso de pagamento imediato do piso como básico da categoria.

No bloco sabre plano de carreira , formação e meritocracia, o candidato do PT se enrolou e tentou justificar o injustificável, o sistema por mérito com premiação. Júlio disse o que a categoria vem defendendo, pois fez parte desta luta que é a valorização do plano e a qualificação da categoria.
Neste bloco ainda Júlio citou artigo da secretária do Bush que implementou a meritocracia nos EUA e que agora se deu conta de que esta fórmula é um equívoco e citou outra  reportagem onde os três candidatos mais bem pontuados na pesquisa defendem a meritocracia e conseqüentemente o ataque à carreira. Finalizando sua fala neste bloco com a convergência de Yeda com PDE de Tarso Genro.

Concurso, contrato e municipalização:
Júlio defendeu o concurso público como ingresso no estado e  denunciou a precariedade das relações de trabalho, com a  defesa do contratado e denúncia do assédio moral.

Sobre a liberação dos dirigentes sindicais, nosso candidato defendeu a  autonomia dos trabalhadores em definir a forma de suas organizações, que um governo dos trabalhadores deve respeitar e governar junto com as organizações dos trabalhadores.

No bloco que tratou da gestão democrática, Júlio ressaltou que o  discurso predominante na grande imprensa, nos fóruns empresariais (agenda 2020, Todos pela educação), e nas políticas dos governos federal e estadual é centrada na gestão, como se gerindo a escola a falta de verbas e os ataques à escola pública deixassem de existir. O modelo de gestão que defendem é o do contrato de gestão, onde há metas, inclusive financeiras a ser atingida, numa evidente política de tornar a educação uma mercadoria. Por isso, buscam implementar o ataque à democracia nas escolas. O debate central é que escola queremos, uma escola para os trabalhadores, não é a da padronização curricular (enem, lições do RS, provinha e prova Brasil). Uma escola para os trabalhadores deve ser definida e decidida pelos trabalhadores a partir da sua realidade, ou seja, é a comunidade escolar quem deve ter a prerrogativa de definir os rumos de sua própria escola. Defendemos ampla liberdade de organização (grêmios, conselho escolar autônomo, eleição para diretores, realizações possíveis plenamente em uma sociedade socialista.

As considerações finais de Júlio:

"Neste país que no ano passado sofreu com os reflexos da crise econômica mundial, pode perceber para quem o governo federal e estadual governam. Enquanto trabalhadores eram demitidos, repasse de milhões aos empresários e banqueiros. Por tanto, nos colocamos nesta eleição como alternativa para os trabalhadores e todos nós, lutadores, temos a tarefa de defender nossos direitos e avançar nas conquistas é à serviço da luta e do socialismo que apresentamos as nossas candidaturas. Neste sentido fizemos um chamado à que venham junto conosco construir a candidatura  que não aceita e um tostão de  empresários e o PSTU convida a todos para conhecer o seu programa e afirmar o compromisso de sempre estar ao lado dos trabalhadores."








CPERS REALIZA DEBATE COM CANDIDATOS AO GOVERNO

Conforme deliberação do VII congresso do CPERS, hoje a partir das nove da manhã, os candidatos ao governo debaterão as reivindicações dos educadores do estado.
O congresso também deliberou que a Yeda não seria convidada ao debate, por uma razão simples, para nós ela não é nem candidata, além do fato de já sabermos o que esperar de seu governo.
Esta atividade tem por objetivo envolver os candidatos com nossas demandas, ou seja, plano de carreira, piso salarial nacional, concurso público, IPE, financiamento das escolas, gestão escolar.
Os candidatos além de falar assinarão compromisso com essas demandas, obviamente não é só isso que garantirá a efetivação das promessas, mas já é um subsídio para as lutas futuras.
A escola pública vem sendo sucateada governo a governo, portanto, não é só elegendo um candidato que as condições de trabalho e salário se resolverão, nossa categoria precisa continuar sua moblização, envolver a sociedade nas suas demandas e arrancar seja de que governo for suas reivindicações.
Júlio Flores é o meu candidato e não só porque ele está nas lutas, mas porque defende uma concepção de sociedade que permitirá uma escola pública voltada a atender o interesse da nossa classe trabalhadora.
O Júlio é socialista e não só em dias de festa, mas no dia a dia, nas lutas. E a construção desta nova sociedade prescinde de uma organização que supera em muito o sindicato, uma organização política, um partido pollitico revolucionário.
O PSTU é esta organização, que reúne o melhor do ativismo, que debate os temas e direciona sua luta a partir das necessidades dos trabalhadores.
Venha conhecer melhor o PSTU!


quinta-feira, 26 de agosto de 2010

PSTU - Fim do fator previdenciário e reajuste para os aposentados

Reafirmamos FHC chamou sim os aposentados de vagabundos!

Zé Maria reafirma: FHC atacou os aposentados PSDB pede direito de resposta ao TSE porque PSTU mostrou na TV FHC chamando aposentados de vagabundos.

O candidato à presidência pelo PSTU, Zé Maria reafirma que Collor, FHC e Lula atacaram os aposentados em seus governos e não vê motivos para que a Justiça Eleitoral conceda direito de resposta ao PSDB.
No programa eleitoral do candidato, que foi ao ar na última terça-feira, dia 24, é exibida a famosa frase de FHC chamando os aposentados de vagabundos. Na manhã desta quarta-feira, dia 25, a coligação “O Brasil pode mais”, encabeçada pelo PSDB, ingressou com uma ação no TSE pedindo direito de resposta.
Zé Maria destaca que FHC realmente chamou os aposentados de vagabundos para justificar a reforma da Previdência. “Depois disso, ele (FHC) criou o Fator Previdenciário, o que tem prejudicado milhares de trabalhadores em todo o país”, disse o candidato.
“Os dois mandatos de FHC significaram perdas de direitos para o conjunto dos trabalhadores em geral, e para os aposentados em particular. Infelizmente, Lula continuou a mesma política. Agora que estamos denunciando isso, o PSDB quer calar o PSTU”, concluiu o candidato.

Sobre o programa

Na exibição, uma voz em off responsabiliza o governo Collor pela quebra do vínculo entre as aposentadorias e o salário mínimo, denuncia FHC por ter chamado os aposentados de vagabundos e ter criado o Fator Previdenciário, que aumenta o tempo para aquisição do benefício.
Logo após, aparece Zé Maria afirmando que o presidente Lula manteve as mesmas maldades contra os aposentados. O programa traz imagens de uma manifestação realizada em São José dos Campos, no interior do São Paulo, onde o candidato apresentou suas propostas para o setor: “Defendemos a recomposição das aposentadorias, sua vinculação ao salário mínimo e o fim do Fator Previdenciário”.

PELO FIM DO FATOR PREVIDENCIÁRIO VOTE 16

JULIO FLORES GOVERNADOR 16 - EDUCAÇÃO - P03

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Audiência Pública dia 30/08 em Defesa do Santa Rita

A prefeita continua insistindo em acabar com o Santa Rita, não deu até agora nenhum sinal contrário disso, portanto é decisiva a mobilização da comunidade para defender a escola.
No dia 30 deste mês acontecerá audiência pública, onde mais uma vez a população dirá que quer a escola técnica e a continuação da escola Santa Rita. Participei de uma sessão na câmara de vereadores onde ficou nítida a posição dos representantes da prefeita de que a escola Santa Rita já está federalizada e não tem mais o que fazer.
Está na hora de uma resposta nas ruas, mobilizando a comunidade e levando a reivindicação para quem tem que definir a professora e prefeita Rita Sanco.
O governo do PT que quer se diferenciar por ouvir a população nos "orçamentos participativos", dever ouvir em breve o grito nas ruas.
No estado a Yeda fechou escola e parece que está "fazendo escola" pois a Rita está seguindo esta lógica, o que é isso companheira?
O processo eleitoral torna os ouvidos dos candidatos e partidos mais sensíveis aos apelos sociais, portanto a hora é  de colocar o bloco na rua, dar dimensão ao problema e envolver toda a cidade nesta luta justa e necessária.
Dimensão que deve ultrapassar o estado e chegar até Lula, que ajudou banqueiros e empresários durante a crise econômica e que deve destinar recursos para construção do prédio para a escola técnica.
Em outras cidades as escolas técnicas receberam estruturas novas para funcionar, em Gravataí devemos exigir o mesmo e para, além disso, exigir cursos que formem a juventude para o trabalho de acordo com as necessidades da região.
Esta luta não é só da COHAB é de toda a cidade, pois é em defesa da educação pública.
Todos e todas a audiência pública dia 30 e depois decidirmos coletivamente outras mobilizações.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Dep. Federal Professor Manoel defende a redução da jornada de trabalho



Jornada de trabalho semanal na indústria

Países e jornada semanal (em horas):

Brasil  44,0

México 44,8

Uruguai  43,1

Chile 44,6

EUA 42,0

Japão 43,0

Suécia 37,8

Alemanha 38,0

França 38,6

Fonte: OIT. Anuário e Boletim de Estatísticas do Trabalho.

Elaboração: DIEESE.

Trabalhar menos e ganhar mais, para gerar mais e melhores empregos! Devemos somar ainda o tempo gasto no deslocamento até as empresas, que as vezes chega a mais de duas horas diárias!
A redução da jornada para 36 horas, sem redução de salários, é uma luta necessária e possível, faça parte desta luta!

domingo, 22 de agosto de 2010

Conheça melhor a Vera Guasso, candidata a senadora pelo PSTU

SIM À ESCOLA TÉCNICA! NÃO AO FECHAMENTO DO SANTA RITA!

A comunidade da Cohab de Gravataí quer a escola técnica!

O PT da Rita quer fechar a escola Santa Rita, sem discussão e contra a vontade da comunidade da COHAB, a atual prefeita se assemelha ao que a Yeda fez no estado, fechando escolas e passando por cima das reivindicações da população.

A comunidade quer a escola técnica, só não quer ver fechar a escola que recebe seus filhos. A professora Rita Sanco, atual prefeita ao fechar a escola coloca em risco os mais de trezentos estudantes do ensino fundamental que terão que atravessar a avenida principal da cidade para chegar à escola municipal mais próxima. Pois as escolas estaduais Frantz Charão, que as vésperas da eleição ganhou a promessa de um prédio novo e a José de Alencastro já tem sua capacidade de receber estudantes esgotada.

A solução para o impasse é o que a comunidade está dizendo, construção de um prédio novo no próprio terreno da escola. Foi assim nas outras escolas técnicas, inclusive em Canoas o custo da obra foi um pouco mais de 3 milhões, muito pouco para quem concedeu bilhões, como fez Lula,  para os banqueiros durante a crise econômica.

Os cursos das escolas técnicas, em teoria, devem atender a demanda profissional dos trabalhadores da cidade, no entanto a forma como a Rita está conduzindo o processo, dá mostra que mais esta discussão passará longe da comunidade.

A professora Rita, atual prefeita, deve ouvir a comunidade e não fazer como a Yeda, que não discutiu com os professores e a comunidade escolar e que retirou verbas da educação.

Se a arrecadação do município não é capaz de construir um prédio novo, exigimos de Lula, para banqueiro e empresário tem dinheiro e para educação não?

Queremos a escola técnica, mas não queremos o fechamento do Santa Rita.


Pela construção imediata de um prédio novo!

Mais dinheiro pra educação!

Por um conselho formado por professores, comunidade escolar e representantes do governo para construção do prédio e escolha dos cursos!

Em defesa da educação pública de qualidade!


PSTU -- Zé Maria, um operário que não mudou de lado

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

SER TROTSKISTA HOJE

Trotsky, revolucionário russo, assassinado a mando de Stálin, no México, 20/08/1940

Ser trotskista hoje


A propósito dos 70 anos da morte de Leon Trotsky, revolucionário renegado pelo estalinismo, apresentamos este texto de Nahuel Moreno, fundador da LIT – QI (Liga Internacional dos Trabalhadores – Quarta Internacional). O texto foi escrito em 1985, pelo que a análise política data da época, mas ainda assim, a sua pertinência acerca da política trotskista é elucidativa.



Ser trotskista hoje

Comecemos por entender o que significar ser verdadeiramente marxista. Não podemos fazer um culto, como se fez a Mao ou Estaline. Ser trotkista hoje em dia não significa estar de acordo com tudo o que escreveu Trotsky sem saber criticá-lo para superá-lo, assim como a Marx, Engels ou Lenine, porque o marxismo pretende ser científico e a ciência ensina que não há verdades absolutas. Isso é a primeira coisa, ser trotskista é ser crítico, inclusive do próprio trotskismo.

No aspecto positivo, ser trotskista é responder a três análises e posições pragmáticas claras. A primeira, a que se houver capitalismo no mundo ou num país, não há solução de fundo para absolutamente nenhum problema: começando pela educação, a arte e chegando aos maiores problemas, como a fome, a miséria crescente, etc.

Além disto, e apesar de não ser exactamente o mesmo, a posição de que é necessária uma luta sem piedade contra o capitalismo até à sua derrota, para impor uma nova ordem económica e social no mundo, que não pode ser outra que não a socialista.

Segundo problema: nos locais em que que se expropriou a burguesia (falo da URSS e de todos os países que se reclamam socialistas), não há saída se não se impõe a democracia operária. O grande mal, a sífilis do movimento operário mundial é a burocracia, os métodos totalitários que existem nestes países e nas organizações operárias, nos sindicatos, nos partidos que se dizem da classe operária e que foram corrompidos pela burocracia. E este é o grande acerto de Trotsky, que foi o primeiro a empregar esta terminologia, que hoje em dia é totalmente aceite. Todos falam de burocracia, às vezes até os próprios governantes destes estados a que chamamos operários. Enquanto não se construir a mais ampla das democracias não se começa a construir o socialismo. O socialismo não é só uma construção económica. Só o trotskismo fez esta análise e também só o trotskismo concluiu que era necessária uma revolução nestes estados e também nos sindicatos para se chegar à democracia operária.

A terceira conclusão, decisiva, é que o trotskismo é a única resposta consequente na realidade económica e social mundial, quando um grupo de companhias multinacionais domina praticamente toda a economia mundial. A este fenómeno económico-social há que responder com uma organização e política internacionais.

Nesta era de movimentos nacionalistas que opinam que tudo se soluciona pelo próprio país, o trotskismo é o único movimento que diz que só há solução a nível da economia mundial inaugurando uma nova ordem, o socialismo. Para isto, é necessário retomar a tradição socialista da existência de uma internacional socialista, que encare a tarefa estratégica e táctica para conseguir a derrota das grandes multinacionais que dominam o mundo inteiro, para inaugurar o socialismo mundial, que ou será mundial ou não será.

Se a economia é mundial tem de haver uma política mundial e uma organização mundial dos trabalhadores para que todas as revoluções, para que todos os países que façam as suas revoluções, se estendam à escala mundial por um lado; e por outro lado, para que a classe trabalhadora tenha cada vez mais direitos democráticos, para que seja ela a tomar o seu destino nas suas mãos pela via da democracia.

O socialismo não pode ser senão mundial. Todas as intenções de iniciar um socialismo nacional fracassaram, porque a economia é mundial e porque não pode haver solução económico-social dos problemas dentro das estreitas fronteiras nacionais de um país. Há que derrotar as multinacionais à escala mundial para entrar na organização socialista mundial.

Por isso, a síntese do trotskismo hoje em dia é que os trotskistas são os únicos no mundo inteiro que têm uma organização mundial (pequena, débil, tudo o que se quiser), mas a única internacional existente, a Quarta Internacional, que retoma a tradição das internacionais anteriores e a actualiza frente aos novos fenómenos, mas com a visão marxista: que é necessária uma luta internacional.

Nahuel Moreno 1985

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Fator Previdenciário de FHC é mantido por Lula


O fator previdenciário foi instituído pela lei 9.876 de 1999. O objetivo do governo (FHC, na época) era estabelecer limite de idade para acesso à aposentadoria pelo Regime Geral de Previdência Social e, como não conseguiu aprovar no Congresso, propôs e aprovou o tal fator previdenciário. Como justificativa, a mesma mentira deslavada de sempre: equilibrar as contas da Previdência, com a redução dos gastos com as aposentadorias por tempo de contribuição. 

A lei
9.876 estabeleceu que o valor da aposentadoria dependeria da idade do trabalhador, do tempo de contribuição e da expectativa de sobrevida. A sobrevida é o tempo de vida que os brasileiros ainda terão, de acordo com estimativa do IBGE, depois de uma determinada idade. Essas três variáveis (tempo de contribuição, idade e sobrevida) foram ponderadas por meio de uma fórmula matemática e resultaram no chamado ``fator previdenciário``. Sempre que o fator for menor do que um, haverá desconto no valor da aposentadoria.

Lula veta o fim do fator previdenciário 


Anúncio foi dado pelo ministro Guido Mantega a poucas horas da estreia da seleção na Copa. Luta dos aposentados, porém, garante reajuste de 7,7%, maior que os 6,14% negociados pelas centrais sindicais com o governo
Por Diego Cruz




 
• Lula esperou até o último momento para anunciar a sua decisão sobre a MP dos aposentados aprovada pelo Congresso. Finalmente, divulgou o que faria poucas horas antes do primeiro jogo da seleção brasileira na Copa do mundo. E não surpreendeu. Mantendo aquilo o que já vem fazendo em seu governo, Lula vetou o fim do fator previdenciário, medida aprovada pela Câmara e pelo Senado após diversas mobilizações dos aposentados.

O fator havia sido imposto pelo governo FHC em 1999 e tem como objetivo postergar ao máximo as aposentadorias. Ele estabelece uma conta para o cálculo das aposentadorias que leva em conta a expectativa de vida, o tempo de contribuição e a idade do assegurado, fazendo com que o trabalhador receba menos quanto mais cedo ele se aposentar. Na prática, obriga os trabalhadores a trabalharem cada vez mais, sob o risco de terem seus benefícios reduzidos.

Reajuste
Se Lula vetou o fim do fator, por outro lado, mesmo a contragosto, o presidente foi obrigado a sancionar o reajuste de 7,7%. Mesmo insuficiente, ele é maior que os 6,14% que o governo havia combinado com as centrais sindicais como CUT e Força Sindical. No Congresso, a pressão dos aposentados fez com que esse índice subisse para 7,7%, mesmo com todas as ameaças e chantagens do governo. 

O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT), que integrou a tropa de choque contra os aposentados no Congresso, chegou a dizer que os aposentados “não tem o que reclamar”. Ele reafirmou que o índice havia sido um acordo com as centrais. “Os 6,14% foram um acordo entre as centrais e o governo federal. Não foi um número cabalístico”, disse, expondo o papel que CUT e Força Sindical cumpriram, de rebaixar o reajuste que até o governo estaria disposto a conceder.

Mesmo assim, o ministro da Fazenda Guido Mantega, afirmou que o governo vai compensar o reajuste aumentando o corte no Orçamento para além dos R$ 10 bilhões anunciados recentemente. Para isso, vai cortar mais R$ 1,6 bilhão. “O presidente Lula nos liberou para fazer os cortes necessários, que vão compensar os 7,7%”, disse Mantega.

A luta não terminou
O veto de Lula reafirma sua política para os aposentados. Só para lembrar, em 2003, logo em seu primeiro mandato, Lula impôs a reforma da Previdência no setor público. Já em 2006, vetou o reajuste de 16,6% aprovados pelo Congresso, como parte da recomposição das perdas desde o governo Collor. Agora, veta o fim do fator. Esse caso agora, expõe de forma mais clara o papel cumprido pela CUT que, além de não defender o fim do fator previdenciário, negociou um reajuste ultrarebaixado com o governo, que foi até mesmo rechaçado pelo Congresso. O índice negociado foi ainda utilizado pelo governo a toda hora para negar um reajuste maior.

A lição que fica, porém, é da força da mobilização dos aposentados. Foi a luta que desbloqueou a negociação rebaixada da CUT, impôs o fim do fator no Congresso e garantiu o reajuste de 7,7%. E, mesmo com o veto de Lula, a luta pelo fim do fator previdenciário não terminou. O Congresso pode ainda derrubar o veto. A mobilização dos aposentados agora tem que girar novamente do Planalto para o Congresso, obrigando os parlamentares a derrubarem o veto e pondo um fim em definitivo nesse famigerado fator. 





Deputados Federais do PSTU - Gaúcho - 2010 P01



PARA QUEM PERDEU O PROGRAMA ELEITORAL, QUINTA TEM MAIS!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Pesquisadora e ex-secretaria de Bush condena a avaliação de desempenho

Recebi um e-mail, onde a  pesquisadora que ajudou a criar e implementar, no governo Bush, a avaliação de desempenho  faz críticas a este sistema, aquele  mesmo que a Mariza tentou colar e aplicar aqui no estado  e que se encontra no PDE do  Tarso e Haddad.
Boa leitura:

A ênfase em responsabilização de professor é danosa para a educação, afirma Diane, uma das principais defensoras da reforma educacional americana - baseada em metas, testes padronizados, responsabilização do professor pelo desempenho do aluno e fechamento de escolas mal avaliadas - mudou de ideia. Após 20 anos defendendo um modelo que serviu de inspiração para outros países, entre eles o Brasil, Diane Ravitch diz que, em vez de melhorar a educação, o sistema em vigor nos Estados Unidos está formando apenas alunos treinados para fazer uma avaliação. 
Secretária-adjunta de Educação e conselheira do secretário de Educação na administração de George Bush, Diane foi indicada pelo ex-presidente Bill Clinton para assumir o National Assessment Governing Board, instituto responsável pelos testes federais. Ajudou a implementar os programas No Child Left Behind e Accountability, que tinham como proposta usar práticas corporativas, baseadas em medição e mérito, para melhorar a educação.
Suas revisão de conceitos foi apresentada no livro The Death and Life of the Great American School System (a morte e a vida do grande sistema escolar americano), lançado no mês passado nos EUA. O livro, sem previsão de edição no Brasil, tem provocado intensos debates entre especialistas e gestores americanos. Leia entrevista concedida por Diane ao Estado. 

Por que a senhora mudou de ideia sobre a reforma educacional americana?

Eu apoiei as avaliações, o sistema de accountability (responsabilização de professores e gestores pelo desempenho dos estudantes) e o programa de escolha por muitos anos, mas as evidências acumuladas nesse período sobre os efeitos de todas essas políticas me fizeram repensar. Não podia mais continuar apoiando essas abordagens. O ensino não melhorou e identificamos apenas muitas fraudes no processo.
Em sua opinião, o que deu errado com os programas No Child Left Behind e Accountability?
O No Child Left Behind não funcionou por muitos motivos. Primeiro, porque ele estabeleceu um objetivo utópico de ter 100% dos estudantes com proficiência até 2014. Qualquer professor poderia dizer que isso não aconteceria - e não aconteceu. Segundo, os Estados acabaram diminuindo suas exigências e rebaixando seus padrões para tentar atingir esse objetivo utópico. O terceiro ponto é que escolas estão sendo fechadas porque não atingiram a meta. Então, a legislação estava errada, porque apostou numa estratégia de avaliações e responsabilização, que levou a alguns tipos de trapaças, manobras para driblar o sistema e outros tipos de esforços duvidosos para alcançar um objetivo que jamais seria atingido. Isso também levou a uma redução do currículo, associado a recompensas e punições em avaliações de habilidades básicas em leitura e matemática. No fim, essa mistura resultou numa lei ruim, porque pune escolas, diretores e professores que não atingem as pontuações mínimas. 

Qual é o papel das avaliações na educação? Em que elas contribuem? Quais são as limitações?

Avaliações padronizadas dão uma fotografia instantânea do desempenho. Elas são úteis como informação, mas não devem ser usadas para recompensas e punições, porque, quando as metas são altas, educadores vão encontrar um jeito de aumentar artificialmente as pontuações. Muitos vão passar horas preparando seus alunos para responderem a esses testes, e os alunos não vão aprender os conteúdos exigidos nas disciplinas, eles vão apenas aprender a fazer essas avaliações. Testes devem ser usados com sabedoria, apenas para dar um retrato da educação, para dar uma informação. Qualquer medição fica corrompida quando se envolve outras coisas num teste. 

Na sua avaliação, professores também devem ser avaliados?

Professores devem ser testados quando ingressam na carreira, para o gestor saber se ele tem as habilidades e os conhecimentos necessários para ensinar o que deverá ensinar. Eles também devem ser periodicamente avaliados por seus supervisores para garantir que estão fazendo seu trabalho. 

E o que ajudaria a melhorar a qualidade dos professores?

Isso depende do tipo de professor. Escolas precisam de administradores experientes, que sejam professores também, mais qualificados. Esses profissionais devem ajudar professores com mais dificuldades. 

Com base nos resultados da política educacional americana, o que realmente ajuda a melhorar a educação? 

As melhores escolas têm alunos que nasceram em famílias que apoiam e estimulam a educação. Isso já ajuda muito a escola e o estudante. Toda escola precisa de um currículo muito sólido, bastante definido, em todas as disciplinas ensinadas, leitura, matemática, ciências, história, artes. Sem essa ênfase em um currículo básico e bem estruturado, todo o resto vai se resumir a desenvolver habilidades para realizar testes. Qualquer ênfase exagerada em processos de responsabilização é danosa para a educação. Isso leva apenas a um esforço grande em ensinar a responder testes, a diminuir as exigências e outras maneiras de melhorar a nota dos estudantes sem, necessariamente, melhorar a educação. 

O que se pode aprender da reforma educacional americana?

A reforma americana continua na direção errada. A administração do presidente Obama continua aceitando a abordagem punitiva que começamos no governo Bush. Privatizações de escolas afetam negativamente o sistema público de ensino, com poucos avanços de maneira geral. E a responsabilização dos professores está sendo usada de maneira a destruí-los. 

Quais são os conceitos que devem ser mantidos e quais devem ser revistos?

A lição mais importante que podemos tirar do que foi feito nos Estados Unidos é que o foco deve ser sempre em melhorar a educação e não simplesmente aumentar as pontuações nas provas de avaliação. Ficou claro para nós que elas não são necessariamente a mesma coisa. Precisamos de jovens que estudaram história, ciência, geografia, matemática, leitura, mas o que estamos formando é uma geração que aprendeu a responder testes de múltipla escolha. Para ter uma boa educação, precisamos saber o que é uma boa educação. E é muito mais que saber fazer uma prova. Precisamos nos preocupar com as necessidades dos estudantes, para que eles aproveitem a educação. 

QUEM É
É pesquisadora de educação da Universidade de Nova York. Autora de vários livros sobre sistemas educacionais, foi secretária-adjunta de Educação e conselheira do secretário de Educação entre 1991 e 1993, durante o governo de George Bush. Foi indicada pelo ex-presidente Bill Clinton para o National Assessment Governing Board, órgão responsável pela aplicação dos testes educacionais americanos.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Não deixe as grandes redes de TV decidirem em quem você vai votar



Zé Maria fala do bloqueio da mídia que não apresenta todos os candidatos à população. Exija seu direito à informação sem meias verdades e isenta.

A divisão antidemocrática do tempo de TV e as propostas de sempre.

Amanhã tem início a propaganda eleitoral no rádio e televisão. O tempo foi dividido entre os partidos obedecendo a um critério nada democrático, pois a maior parte do tempo ficará com os grandes partidos, os mesmos que governam e governaram o país e o estado e que são os responsáveis pelas dificuldades do cenário social atual, ou seja, por faltar dinheiro para educação, para saúde pública ser o que é hoje e um longo etcetéra... Já os demais partidos tem que dividir um tempo muito pequeno e são exatamente estes partidos que podem dizer algo diferente da mesmice de sempre. Candidaturas que não conseguem a mesma exposição, prejudicando a decisão das pessoas, que muitas vezes não ficarão sabendo que existe de fato alternativas dentro das eleições.


Essa divisão antidemocrática do tempo acaba beneficiando, ainda mais, os grandes partidos, os mesmos que já são financiados por empresas, onde o poder econômico permite contratar equipes profissionais para o processo eleitoral, desde marqueteiros até entregadores de panfletos, além de toneladas de material impresso e de comprar espaços para divulgar seus candidatos.


Nós do PSTU defenderemos, como sempre fazemos, nos segundos que nos sobraram os homens e mulheres que constroem este país, em nossos programas defenderemos mais e melhores empregos, salários decentes rumo ao mínimo do DIEESE, fim do fator previdenciário e aposentadorias dignas, luta por mais recursos para as áreas sociais. Contudo, isso só será possível rompendo com a lógica atual de submissão do país aos interesses imperialistas, a começar pelo não pagamento das dívidas externa e interna e destinar estes recursos para atender a população em geral, este é o caminho verdadeiro para as mudanças. Venha se somar nesta luta, apóie os candidatos do PSTU.


domingo, 15 de agosto de 2010

ATIVIDADE DE CAMPANHA

Esta semana realizamos, em Gravataí, panfletagens em escolas estaduais, fábricas, na ULBRA e nas agências dos correios.


Na escola José Maurício o ex-diretor, Paulo de Quadros, ajudou na distribuição do material. Durante a atividade um estudante me lançou um desafio, eu tinha que apresentar argumentos que o convencesse a votar em nossas candidaturas. Eu apresentei um pouco do meu histórico na defesa da educação e de nossa luta contra a Yeda. Mas é realmente difícil num primeiro contato conseguir apresentar toda nossa política, contudo cabem aqui dois argumentos básicos, que de longe nos diferenciam das demais candidaturas e partidos. O primeiro é o financiamento da campanha, nós do PSTU não aceitamos dinheiro de empresas nem de empresários, quem financia nossas campanhas é a militância e atividades específicas para este fim. O segundo é que, nós uma vez eleitos, continuaremos com o salário atual, assim mantemos as mesmas condições de vida, ou seja, idênticas a de um trabalhador, como ensina Marx a condição material condiciona a consciência política.

Levamos materiais no Ponche Verde, escola que já lecionei e na Dr. Luiz Bastos, onde fiz meu estágio probatório, onde recebi apoio dos colegas. Manifestações que fortalecem nossa disposição para esta tarefa.

Além das escolas, ainda em Gravataí, distribuímos material na fabrica DANA e no terminal de ônibus do distrito industrial.

Os estudantes da ULBRA também receberam nossos materiais, participaram desta atividade a militância de POA e nossos candidatos majoritários Julio Flores e Vera Guasso, além da nossa candidata a deputada estadual Andréia.

Os trabalhadores dos correios também receberam nossos materiais.

Finalizando a semana, neste domingo, realizamos atividade de divulgação de nossas candidaturas no brique da redação.

sábado, 14 de agosto de 2010

AMPLIAÇÃO DA GM

 Festa da ampliação da GM em Gravataí esconde os prejuízos aos cofres públicos e à população
Multinacional lucra com subsídios e isenções do governo, e superexploração dos operários



 Por Altemir Cozer

No último dia 9 de junho foi realizada a cerimônia oficial que anunciou a ampliação da planta da montadora norte-americana em Gravataí (RS). Estiveram presentes os diretores da empresa e políticos de todas as matizes, desde a governadora Yeda do PSDB à prefeita da cidade, Rita Sanco (PT).

A população foi “informada” pela imprensa, no dia 10, sobre os supostos grandes benefícios que esta ampliação trará para a cidade e o estado. Entre os benefícios, destacaram a geração de empregos. Esqueceram de dizer, porém, que os empregos gerados são muito poucos se fizermos um paralelo com o montante de dinheiro dados pelos cofres públicos e a quantidade de produção que querem realizar. O pequeno número de empregos se deve à automação da planta, que vai duplicar o número de robôs, com setores que chegarão há 90% de automação.

Se o mesmo dinheiro doado para a megamultinacional fosse investido em pequenas e médias empresas, ou então em planos de obras públicas, geraria muito mais empregos e traria benefícios diretos à população da cidade e do estado, em vez de produzir carros que muitos trabalhadores sequer conseguem comprar.

Durante os 10 anos (comemorados no dia da ampliação) que a GM está funcionando no Rio Grande do Sul, ela nunca pagou um centavo de imposto. Enquanto os trabalhadores pagam muitos impostos diretamente nos preços das mercadorias, serviços e na folha de pagamento, os grandes empresários continuarão sem pagar impostos por mais alguns anos.
Segundo uma reportagem local, se a GM pagasse imposto, só de ICMS o município arrecadaria R$ 40 milhões por ano. Se multiplicarmos estes valores atuais pela quantidade de anos que eles não pagam nada, chegaríamos ao montante de R$ 400 milhões que, além de não entrar nos cofres públicos, foram queimados na especulação financeira e na má administração mundial da empresa.

Trabalhadores são vítimas


Nos 10 anos em que a empresa está operando em Gravataí, ela seqüelou e vitimou milhares de trabalhadores. Em função do ritmo de trabalho exigido (produção de quase um carro por minuto), milhares de pais de família hoje não podem mais trabalhar e sequer ter uma vida normal. Pior de tudo é que a grande maioria destes trabalhadores acidentados ou vítimas de doenças ocupacionais não é reconhecida pela GM e briga na Justiça para ter seus direitos reconhecidos. Isso sem falar do INSS que dá alta para os funcionários mesmo doentes e ficam à mercê da postura desumana da montadora.

Ampliação faz parte do plano de recuperação

Da noite para o dia, a maior empresa do mundo ruiu e precisou ser socorrida pelo governo norte-americano com bilhões de dólares e a compra da banda podre da empresa pelo governo Obama (EUA). Junto com a ajuda bilionária, os planos da empresa e parceria com Obama levaram ao fechamento de dezenas de unidades da montadora nos EUA, a demissão de milhares de trabalhadores, além da redução drástica dos direitos dos que ficaram trabalhado.

Para completar o pacote, a empresa vai ampliar sua produção em regiões onde é possível produzir pagando salários miseráveis e usando recursos públicos através da isenção de impostos, empréstimos e doações.

O investimento de R$ 12 milhões nas plantas da GM no Brasil, boa parte destes recursos vem dos próprios governos e bancos públicos, são parte fundamental do plano da montadora para reverter sua crise e voltar a disputar o mercado para ser novamente a maior do mundo. E é evidente que o custo desta conta será pago pelos trabalhadores, que deverão trabalhar mais ganhando menos, e a população, que deixará de receber em serviços públicos o que a montadora vai receber de ajuda.


sexta-feira, 13 de agosto de 2010

NÃO DEIXE QUE AS GRANDES REDES DE TV DECIDAM POR VOCÊ

Leia a carta de Zé Maria




Companheiros e companheiras,

As eleições em nosso país já sofrem uma enorme interferência do poder econômico. Candidatos que gastam centenas de milhões de reais numa campanha que massacra a consciência das pessoas para tentar ganhar as eleições geram, obviamente, uma situação de desigualdade na disputa.

Este quadro está tremendamente agravado nestas eleições. As grandes redes de televisão (Globo, Bandeirantes etc.) estão se dando o direito de mostrar à população, em seus noticiários e entrevistas, apenas três candidaturas, e não as nove que estão regularmente inscritas no TSE. O mesmo acontece com grandes jornais, como a Folha de S. Paulo, O Globo e O Estado de S. Paulo.

Nem nos debates que estão sendo promovidos na TV está sendo permitida a participação de todos os candidatos. Não se trata de um impedimento legal, como alguns meios de comunicação argumentam. A lei é clara: os candidatos de partidos com representação parlamentar têm presença garantida. Aos demais é FACULTADO o direito de participar. Ou seja, a lei permite. São as empresas privadas, que controlam os meios de comunicação, que decidem não apresentar as demais candidaturas e impedir sua participação nos debates.

Assim, gera-se um vício insanável para qualquer eleição que se pretenda democrática: Uma parte muito grande da população brasileira vai votar, em 3 de outubro, sem sequer saber quais candidatos estão concorrendo. O programa eleitoral gratuito do TSE também reproduz esta desigualdade, pois poucos candidatos têm muito tempo enquanto a maioria tem um tempo muito pequeno. Assim, quando o eleitor chega a tomar conhecimento destas candidaturas não têm como saber quais são suas propostas.

As redes de TV e os grandes jornais desrespeitam dois direitos fundamentais no processo eleitoral: o direito do eleitor de saber quais são os candidatos e o que propõe cada um deles; e o direito dos candidatos inscritos junto à Justiça eleitoral do país, de expor aos eleitores as suas propostas.

Só assim seria possível o eleitor votar com consciência, escolhendo dentre todos os candidatos aquele que lhe pareceu melhor. Fora isso, a eleição se transforma em manipulação.

É isso que vem sendo feito pelas redes de TV e pelos grandes jornais. Infelizmente, até agora, a Justiça eleitoral não tomou medidas para coibir esta prática.

Esta carta que envio a todos e a todas é para conclamar os trabalhadores, os jovens e todos os que defendem a democracia a protestar contra essa situação. Exijamos que os candidatos tenham chances iguais de defenderem suas ideias. Apenas o eleitor, e ninguém mais, pode decidir qual é bom e qual é ruim para o país, não os donos das empresas de mídia. As TVs, em particular, que apesar de serem empresas privadas funcionam sob concessão pública, têm a obrigação de assegurar informação isenta aos eleitores.

Independentemente de concordar ou não com a nossa candidatura, cobremos todos por democracia no processo eleitoral. Protestemos contra a manipulação da grande mídia. Defendamos o nosso direito democrático a uma informação correta e sem manipulação por parte dos meios de comunicação de massa.

Proteste, repassando esta carta a todos os seus contatos e pedindo que repassem, nas redes sociais (Twitter, Orkut, Facebook, listas etc.). Envie cópia para as empresas de comunicação como forma de cobrança para que todas as candidaturas tenham espaço para expor suas ideias e para que a população possa decidir com consciência e conhecimento em quem votará nas eleições de outubro. Envie cópia também para o TSE como forma de pedir providências da Justiça eleitoral.

Desde já, agradeço sua atenção.

Zé Maria

Metalúrgico e candidato à Presidência da República pelo PSTU

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

DEBATE DA BAND EXCLUI ZÉ MARIA

Divulgado no site zémariapresidente.org.br

Mesmice impera em debate antidemocrático A palavra "socialismo" não foi citada em nenhum momento do debate.
O tom faraônico da abertura do debate da Band já era um prenúncio do tédio que dominaria o resto do programa. A emissora, prevendo a ausência de um real debate que empolgasse os telespectadores, parecia tentar compensar com uma superprodução, com direito a helicópteros pousando no prédio da Band trazendo os candidatos, além de uma orquestra ao vivo tocando a vinheta da abertura do programa.
E foi exatamente isso o que se viu durante aquelas duas horas. Os dois principais candidatos, Dilma e Serra, evitaram ao máximo se atacar e praticamente não se diferenciaram. Nem poderiam, já que na prática compartilham do mesmo programa de governo.
A candidata do governo ainda deixou transparecer muito nervosismo naquela sua primeira aparição pública sem Lula a tiracolo. Nos primeiros minutos de debate, o PT certamente lamentou mais uma vez o escândalo do mensalão, que derrubou os principais quadros do partido e deixou o governo sem alternativas à sucessão, sendo obrigado a engolir uma candidata sem o menor carisma e de trajetória burocrática.

Sem confrontos

O que se viu no confronto entre Dilma e Serra foi exatamente a ausência de qualquer confronto. Dilma se limitou a destacar os números do governo Lula, enquanto Serra se esforçava em argumentar que o governo do PT era uma continuação do governo FHC. ”Está aqui o principal assessor da Dilma, Antonio Palocci, que passou anos e anos elogiando a política econômica do governo FHC”, afirmou o tucano num dos raros momentos de maior rispidez entre os dois candidatos.
As duas principais candidaturas disputavam a posição de melhor continuador do atual governo. Em nenhum momento, por exemplo, Serra atacou qualquer aspecto mais geral da política econômica de Lula. Criticou apenas alguns problemas de infra-estrutura, como as estradas federais, os portos e aeroportos. Só quando apareceu o tema das privatizações, o tucano aproveitou para espetar a petista. ”Se eles não gostam de privatização, não sei como é que não reestatizaram nada, muito pelo contrário, Dilma elogiou várias vezes a privatização das telecomunicações”, destacou. A candidata apenas respondeu que não estava entre aqueles ” que reviam contratos”.
Os dois candidatos só expuseram suas verdadeiras opiniões em alguns poucos momentos. Questionada por Plínio sobre a redução da jornada e o limite da propriedade rural, Dilma desfilou não uma pérola, mas um verdadeiro colar. ”Não é papel do governo substituir o movimento social e dizer qual a jornada de trabalho que este ou aquele setor deve ter”, afirmou.
Sobre a proposta da CNBB, de limitar o tamanho da propriedade da terra, Dilma disse não ser “prudente estabelecer um limite à propriedade do Oiapoque ao Chuí”. Para a candidata petista, uma estrutura fundiária extremamente concentrada, que gera uma massa de sem-terras e uma explosiva violência no campo é o que deve ser “prudente”.
José Serra deu exatamente a mesma resposta a essas questões. ”Jornada de trabalho tem que ser definido sindicato por sindicato, região por região”, defendeu. Sobre a estrutura fundiária, o tucano disse não querer “mexer” com o latifúndio, já que ”o governo está cheio de terras que não distribui”. Só não disse se, uma vez eleito, iria distribuir as terras nas mãos da União aos sem-terras.
A candidata do PV, Marina Silva, foi uma das maiores frustrações a quem via nela uma possibilidade de terceira via frente à mesmice entre PT e PSDB. Tentando unir o discurso da sustentabilidade com a defesa dos lucros das empresas, Marina jogou seu discurso no descrédito ao evitar se posicionar contra a Usina de Belo Monte e a transposição do Rio São Francisco. No mais, não se diferenciou das duas principais candidaturas. Ao invés de se contrapor, Marina preferiu se juntar a elas.
Já o candidato do PSOL, Plínio de Arruda Sampaio, levantou temas importantes como a reforma agrária e a redução da jornada de trabalho. Infelizmente, o discurso de Plínio se limitou à oposição entre “igualdade e desigualdade”, atacando a má distribuição de renda, mas não denunciando o caráter intrinsecamente desigual do capitalismo. Nem mesmo o governo Lula foi frontalmente atacado pelo candidato, mesmo Plínio se colocando como o “candidato dos movimentos sociais”.

A falta de uma candidatura socialista

Ao finalizar o debate, o mediador Ricardo Boechat tentava conferir um aspecto histórico ao programa. “Assim se escreve mais um capítulo na historia do Grupo Bandeirantes, de encontros democráticos para que você decida o seu voto”, disse num tom portentoso. Mas na verdade o que se viu foi mais um triste capítulo dessa campanha eleitoral, já que apenas quatro dos nove candidatos à presidência puderam comparecer.
Perdeu, assim, a população, que não teve o direito de conhecer todos os candidatos e suas propostas, e perde também o próprio debate político, entregue à mesmice e a falta de discussão estratégica. Não foi por menos que, por exemplo, a palavra “socialismo” não tenha sido pronunciada uma só vez durante todo o debate. Não foi por menos também que questões fundamentais para o país, como a dominação das grandes multinacionais ou a crise internacional, não tenham sido tocadas.
Foi por isso que o PSTU, além de ativistas independentes e pessoas que simplesmente defendem a democracia na campanha eleitoral, vêm impulsionando uma ampla campanha para que Zé Maria participe dos debates eleitorais. Infelizmente Plínio, que poderia ter denunciado publicamente o caráter antidemocrático do debate, não só não o fez como classificou o debate como “democrático”, frustrando até mesmo militantes do próprio PSOL que se engajam nessa campanha.
O veto da emissora impediu a participação de Zé Maria, mesmo o candidato contando com 3% das intenções de voto na pesquisa espontânea da CNT/Sensus, divulgada no dia 5, mesmo dia do debate. Impediu também que outras candidaturas de esquerda se expressassem, como as do PCB e PCO.
Não se trata apenas de uma questão de justiça com o partido ou o candidato, mas principalmente, como demonstrou o debate da Band, de uma necessidade de se tocar em questões fundamentais e apontar uma estratégia claramente socialista nessas eleições.


terça-feira, 10 de agosto de 2010

ATIVIDADE DA CAMPANHA, AGORA É PSTU!

Levamos nossos materiais para escolas de Cachoeirinha, entre elas a escola Nossa Senhora de Fátima. 



Na panfletagem, uma estudante me questionou quais eram minhas promessas de campanha. Questionamento que permitiu dizer que quem faz promessas são os políticos tradicionais de partidos burgueses, que geralmente prometem um hospital, uma escola, trabalho pra os jovens, dizendo que para isso acontecer basta votar neles. 





Nós achamos que podemos sim ter melhores condições de saúde, educação e trabalho, mas para isso acontecer é fundamental a participação mais ativa da juventude nos processos de disputa dos rumos políticos, assim é importante votar nos candidatos do PSTU, porque representa um voto em candidatos e candidatas que estão sempre na organização das lutas de nossa classe, mas para, além disso, é necessário que a juventude se organizar em grêmios estudantis livres, DCEs e entidades que não sofrem influência de governos e patrões e em partidos políticos.
A única promessa que podemos fazer é que, independente do resultado das eleições, estaremos nas ruas e nas lutas construindo outra sociedade, que busque corrigir a exploração, exclusão e a opressão do capitalismo.